sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Setembro

                              Resultado de imagem para avô e neta



Falta pouco para o final do ano e hoje é o terceiro dia do mês de setembro. 
Gosto dos dias ensolarados e ventos frios ao entardecer; céu azul e um quê de melancolia no ar. Os dias de setembro.
Tem feito muito frio e isso afeta minhas articulações. Essa madrugada minha perna direita doeu muito e estava tão pesada.
Ontem fui me deitar mais cedo, eu estava exausta e muito dolorida, mas tentar dormir antes da meia noite ou uma da manhã nos dias de semana é perda de tempo. E tentar dormir antes das três ou quatro da manhã aos fins de semana e feriados também. Muita conversa dos vizinhos, que falam pelos cotovelos e resolvem discutir os problemas justo à noite.
Bom...
Fui para a cama antes das dez da noite e peguei pesado no sono, mas fui acordada pela musiquinha do Whatsapp e logo em seguida pela tagarelice dos vizinhos que tinham retornado de algum lugar.
Acho muito deselegante e muita falta de educação ligar ou enviar mensagens barulhentas para as pessoas antes das dez da manhã ou depois das oito da noite; a não ser que seja algo sério e urgente, claro. Mas as pessoas seguem com seus comportamentos "tô nem aí" e haja falta de educação e noção.
Dormi, acordei, dormi de novo e recebi um abraço fofo, macio e dengoso de Branca Maria. Dormi abraçada à ela e tive um sonho bom.
Papai e mamãe me ajudavam a cuidar de animais abandonados em uma ONG criada e dirigida por mim. Papai saía para comprar alguma coisa e mamãe voltava para casa enquanto eu ia à feira para comprar frutas e legumes.
Um feirante cortava pedaços finos de um melão que tinha um formato muito estranho e eu dizia que a fruta não tinha gosto de nada. Eu levava tomates, mamão e abacaxi. O que me chamava a atenção é que os tomates e o mamão estavam amassados.
Chegava em casa e mamãe estava lavando louça e pondo água para esquentar para fazer café e me dizia: "Seu avô está com sua irmã no quarto arrumando suas coisas". 
Que estranho!
Fui ao quarto e vi todas as minhas coisas, de livros a roupas e objetos pessoais, jogados em cima da cama enquanto minha irmã separava sob a supervisão do meu avô João, meu Paipreto. Ele dizia: "Esse pode botar pra doação, ela não vai precisar mais. Esse livro ela gosta, não bote pra doação não".
Minha sobrinha brincava enquanto minha irmã e meu avô separavam minhas coisas.
Antes de eu dizer qualquer coisa, meu avô dizia que era importante fazer mudanças, limpar os armários e gavetas e se livrar daquilo que eu não usaria ou precisaria mais. Abracei meu avô demoradamente e chorei. Aquele choro doloroso de saudade, de amor, de querer bem, de coisa boa.
Como são boas essas visitas e como são bons esses abraços!
Acordei soluçando, como sempre, e Branca Maria não estava mais comigo na cama. Acho que ela veio apenas abrir o portal; animais têm esse dom, principalmente gatos.
A perna ainda doía, mas eu me sentia bem e até mais disposta. 
Sentei-me na cama, agradeci ao Criador e aos Amigos de Luz por permitirem essas visitas tão queridas, esses abraços tão necessários e bons.
Minha saúde não está muito boa e creio que terei que tomar algumas decisões, me desfazer de algumas coisas, não sei. Tudo em prol da minha saúde e de tudo o que puder ser feito para melhorá-la.
Posso viver sem alguns livros, tomates ou mamões, mas o que está representado neles é o que me preocupa.
Vou para a cama, a tagarelice parece que parou, graças a Deus.
É isso.



                                      Resultado de imagem para flores

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem comentários, adoro saber o que pensam sobre o blog. Obrigada ;-)