Mais um dia...

                                       

Mais um dia com dor, meu Deus.

Lá se vão mais um dia, mais uma semana, mais um mês...

Quando penso que estou ficando "uma noiva" (boa), como dizia minha avó Mãevelha, aí me aparece mais uma dor.

A dor da vez é de uma inflamação no nervo ciático. Dói tanto que tenho a impressão de estar sendo atravessada (aqui o gerundismo é aceitável) por um objeto cortante e bem afiado.

Dormir é um problema, viro pra lá e viro pra cá, mas a dor encontra meios de atrapalhar meu sono.

Ontem fui ao centro médico. Supostamente o atendimento lá é mais rápido que no hospital. Me engana que eu gosto.

Cheguei ao local às 14 hs e saí às 18hs. Isso para pegar senha, aguardar chamar a senha, fazer ficha, passar pela triagem, aguardar o médico chamar, ficar dois minutos na sala do médico, voltar para a sala de espera e aguardar chamar de novo para realizar exames, aguardar os exames ficarem prontos, aguardar o médico chamar de novo; necessariamente nessa ordem.

Ufa! Só isso já deixa o camarada mais doente ainda.

A princípio o clínico geral pensou que o problema estivesse nos rins, mas não estava; me encaminhou ao ortopedista que por sua vez me deu uma receita e me aconselhou a procurar meu médico.

Irei segunda-feira levar a ressonância magnética do meu joelho direito para iniciar tratamento.

E por falar em ressonância, lembrei que no dia marcado para realizar o exame, cheguei ao laboratório uma hora antes da hora marcada. A atendente pediu-me para chegar 40 minutos antes. Adiantei na esperança de fazer o exame mais cedo e ir embora mais cedo. Ledo engano.

Faço a ficha, respondo a um questionário e entrego exames anteriores. Aguardo e finalmente meu nome é chamado e também descubro o motivo da demora. Uma moça (nem tão moça assim, estou sendo legal pra caramba) chorava e tremia com medo de fazer o exame. Foi necessária retirá-la da sala de exame, acalmá-la e esperar o remédio fazer efeito para poder finalmente realizar o procedimento.

Eu queria um dia sem dor, sem a cabeça "ferver", sem o joelho estalar e dobrar à toa, sem a coluna doer de novo e sem a alma doer...também.