segunda-feira, 30 de julho de 2012

Laboratório

                                              


Fui hoje cedo ao laboratório Nasa na unidade Tatuapé.
O prédio novo está bonito, as instalações modernas, mas o atendimento é o mesmo velho e ruim atendimento de sempre.
Fila para triagem; demora.
Senha nas mãos e aguardar ser chamada para abrir a ficha. Ficha aberta e aguardar na outra sala para ser chamada e aí sim fazer o exame; uma simples coleta de sangue.
Eu costumava ir ao laboratório CDB, também no Tatuapé, mas quando tentei agendar exames, fui informada que a Unimed havia descredenciado planos básicos-simples-de pobre como o meu. Eu fiz exames na CPA da Unimed também no Tatuapé, não gostei. Muita desorganização, muita atendente pendurada ao telefone fingindo tratar um assunto importante e deixando os pacientes plantados em frente ao balcão aguardando a boa vontade de alguém que viesse nos atender. 
Eu sempre utilizei os serviços do Nasa Laboratório até que meu endocrinologista sugeriu o CDB para exames de alta definição, como ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Agora não posso mais usar os serviços do CDB com esse meu planinho básico, mas é o que posso pagar, e entre o laboratório da CPA e o Nasa, fico com este último.
Mas a muvuca é triste!
Eu estava preocupada e disse à atendente que eu estava há muito tempo em jejum e isso poderia ser perigoso. Ela verificou que um dos exames pedidos era justamente o teste de glicemia e no final das contas, esperei "apenas" duas horas para levar uma picada de agulha que levou alguns segundos.
Terminado o procedimento saio do local e me dirijo ao elevador. Vou à garagem e entrego a notinha ao manobrista que calcula o valor; um carrão lindo, enorme, poderoso e assustador deixa a garagem e segue na contramão, eu perguntei ao manobrista: "Mas ali não é a entrada? Se vier um carro na mão certa poderá haver um acidente grave! Que irresponsável faria isso?".
"É o filho do dono".
"Claro! Ele não paga impostos como todos nós. Ele anda de carrão Mitsubishi e pode fazer o que bem quer só porque é rico e filhinho do dono. Belo exemplo!".
Voltei para casa com uma dor de cabeça de lascar e muita fome; tomei meu café e depois fui ao Carrefour da Vila Maria/Vila Guilherme para resolver umas coisinhas. Procuro vaga especial e estão todas ocupadas por pessoas sadias, normais e muito cara de pau. Chamei o segurança que por lá passava e perguntei se não havia fiscalização e ele disse: "Oh dona, nóis tenta falá mas os pessoal xinga nóis".
Tá certo.
É o país da sexta economia do mundo mas que está em último lugar em educação, civilidade e cidadania.
É o Brasil.


 


                                               

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