quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cidades

                                     



Mais um dia frio, cinzento e com a cara de São Paulo.
Li um artigo falando sobre as dez cidades mais feias do mundo e São Paulo estava nessa lista. Discordo!
São Paulo entrou na categoria de as cidades mais feias por ter muito cimento, muito cinza, muito trânsito...
São Paulo é a cidade que não para, que trabalha, que tem pressa, que faz! Desculpa aí.
O autor do artigo ainda disse que toda a beleza parou e ficou só no Rio de Janeiro.
Desculpa aí de novo!
Não conheço o Rio e não tenho nada contra o Rio, afinal de contas, São Paulo e Rio de Janeiro fazem parte do Brasil, mas dizer que toda a beleza ficou só no estado carioca/fluminense já é demais.
Esse autor conhece o Norte/Nordeste? O Centro-Oeste? O Sul do país?
Em cada região do Brasil há belezas imensuráveis!
O Rio é lindo sim, mas tem lá seus problemas também, como todos os outros locais têm.
Meu Santo São Paulo é lindo sim! Mesmo com seu cimento e asfalto em excesso, com seu cinza, seu frio, sua cara carrancuda de quem vive com pressa porque trabalha muito. Alguém tem que trabalhar!
O problema de São Paulo, ou um dos problemas, foi a construção/criação de alguns bairros que por sua vez cresceram de forma desordenada. 
São ruas de ladeira e estreitas demais que não permitem a passagem de veículos maiores, como é o caso do gigantesco bairro de Perus.
Acho bonitinha e romântica a história dos bairros da Casa Verde e do Limão.
Segundo li, é assim: Antigamente os grandes terrenos eram divididos em glebas e depois foram formando-se vilas e bairros. 
Havia um pé de limão que ficava entre duas glebas e a primeira ficou conhecida como o Bairro do Limão e a outra como Casa Verde. A casa do dono das terras era verde e as suas filhas, moças casadoiras, ficavam na janela olhando o movimento, principalmente dos jovens mancebos que lhes faziam a corte. Eram as moças da casa verde. Bonitinho isso.
Mas voltando aos problemas de São Paulo...
São córregos, riachos, arroios e outras fontes de água que antes pipocavam por qualquer cantinho com algum verde e terra em São Paulo, mas que foram canalizados por debaixo da terra e por cima colocaram cimento e asfalto para dar lugar e passagem aos carros.
A natureza aquática de São Paulo das Águas não foi respeitada e por isso, quando chega a época das chuvas, é aquele transtorno na vida dos paulistas e paulistanos.
Um dia me perguntaram como podia eu viver em uma cidade dura, fria e séria como São Paulo se venho de um dos mais belos estados do Nordeste e eu respondi: Para o estrangeiro a beleza do Nordeste resume-se às belas praias, à boa comida e ao fácil turismo sexual, infelizmente. A realidade do Sertão seco, sem trabalho e sem condições de vida não é mostrada ao turista. O povo que no Sertão tenta viver, um dia acaba
 saindo de lá para tentar a vida em São Paulo e por lá fica.
Mamãe dizia que quem bebe da água de São Paulo, de Santo São Paulo não sai mais.
E quem deixa o Nordeste o deixa apenas fisicamente, porque o Nordeste vai dentro da gente e fica lá para sempre.
E eu carrego em mim o orgulho de ser Nordestina, de viver em meu Santo São Paulo e de um dia conhecer as belezas do Rio de Janeiro e de todos os outros estados da nação.
E ao cabra que chamou a cidade do meu Santo São Paulo de feia, é o seguinte: Feio é o seu preconceito, cabra besta!
Me arretei. Pronto.
É isso.


                                   

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