terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Ilha Comprida e Iguape

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Passei o Carnaval na casa do meu irmão caçula, em Ilha Comprida, adorei.
Precisava sair da "toca", respirar novos ares, ver outras pessoas e paisagens; vi e gostei.
Estava preocupadíssima com meus gatos, pois não gosto de ficar muito tempo longe de casa e deles, principalmente. Tinha algumas pessoas que poderiam cuidar da casa e dos gatos, mas eu queria alguém que realmente gosta de animais e que os trata bem. Deixar alguém só porque é de confiança não era o suficiente para mim.
Desconfio de pessoas que não gostam de animais e plantas, as considero frias e insensíveis, por mais boazinhas, honestas, direitas e corretas que sejam ou pareçam ser.
Lembrei da menina do vizinho, que é gateira apaixonada como eu e trata os animais com amor e respeito, mesmo não sendo muito fã do seu cachorro bobão e guloso que adora comer a ração dos meus gatos.
Falei com ela, entreguei-lhe as chaves, dei-lhe um agrado, tudo certo. Posso viajar e vou tranquila, graças a Deus.
Seguimos pela Rodovia Régis Bittencourt, que liga aos estados do Sul, e fizemos uma viagem tranquila, apesar das intermináveis obras de duplicação da estrada. Cansativo, mas a paisagem é linda. Pena que estejam devastando para botar mais cimento e asfalto; penso nos pobres animais que ali viviam.
Antes de chegar à Ilha Comprida passamos por uma estrada charmosa com muitas barracas de produtos à venda: jaca, abóbora, palmito, doces... Passamos por Iguape, uma charmosa cidade com prédios históricos abandonados, uma pena. Depois de Iguape, subimos a ponte que liga a ilha ao continente e estamos em Ilha Comprida.
Sol forte e pele branca não combinam, mas estava tão bom naquele rio de águas frias e escuras que vai de encontro ao mar de águas claras e mornas. Lindo.
Sentei-me no rio, abracei as águas e agradeci por estar ali. Queria entrar no mar, mas as águas são mais bravias e eu estava na cadeira de rodas. Mas o mar queria me ver tanto quanto eu queria vê-lo e ele veio ao meu encontro. Lindo.
As águas do mar invadiram o rio com força e aquela violência bela que me encanta; abracei o mar e agradeci pelo encontro.
Sou Maria das Águas, amo e respeito as coisas da Mãe Natureza.
Ficamos muito tempo brincando com as águas e voltamos para casa vermelhos e cansados. Valeu a longa viagem, os pés inchados e a saudade dos gatos.
Há tempos queria muito ver o mar e finalmente vi. Mar e rio, lindos, fortes e poderosos. Agradeci àqueles que ali habitam e dali nutrem suas forças. 
Passeamos por Iguape e pela ilha nos dias seguintes e depois voltamos para casa. Tudo em paz.
Uma leve tristeza e solidão habitavam a casa e me causaram dor e desespero. Vai passar. Passou, graças a Deus.
Pretendo voltar à Ilha Comprida e explorar os encantos da ilha e da cidade vizinha, Iguape.
Sem barulho, sem música alta na madrugada e ouve-se a música do mar ao amanhecer. Pertenço às águas. Pertenço ao mar.
Quero um dia voltar àquelas águas andando com minhas próprias pernas. Vou conseguir.
É isso.



                             

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