sexta-feira, 27 de junho de 2014

Hibisco

                                




Tarde belíssima.
Sempre gostei da tarde e há um que de solidão, saudade e melancolia, mesmo que seja ensolarada, dourada e bela, como a de hoje.
Sinto como se tivesse outras pessoas sentindo e percebendo o mesmo. Outros seres solitários e melancólicos em outras dimensões e espaço-tempo apreciando tardes bonitas...
Reguei as plantas, varri as folhas secas e observei as cores do meu jardim: rosinha, amarelo, lilás, vermelho, verde... Muito verde.
Meu hibisco está cheio de botões a se abrir e a se transformar em uma exuberante flor vermelha, mas os gatos tiram os botões e os fazem de bola, brincando e os jogando para todos os lados.
Gatos danadinhos.
Deitei agora a pouco no sofá e Ébano Nêgo Lindo deitou comigo. Ele adora se aconchegar em mim e apoiar sua patinha fofa e peluda em minhas mãos.
Dormi mal a noite, para variar. Joelho direito dói muito. 
Ando meio cansada e sem muito ânimo.
Molecada barulhenta, falante, mal educada... A vizinha botou o bebê para dormir e mandou a molecada calar a boca! Taí, gostei; um pouco de um bem vindo sossego nessas paragens tão barulhentas.
Vontade de tomar um mingau de aveia ou amaranto com leite de coco.
Começa a esfriar...
É isso.



                                 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Esquentando Sol

                               



Levantei meio tarde hoje. 
Coluna e joelhos doem bastante e está difícil andar. 
Fiz apenas o essencial pela casa e por essencial entenda-se cuidar dos gatos. Fiz café e estou sem fome.
Ontem tive vontade de comer tapioca e havia feito, mas eis que chega o técnico da NET e tive que atendê-lo. Perdi a vontade.
Talvez eu faça tapioca hoje, mas nenhuma se compara à tapioca do Alto da Sé de Olinda. Queijo coalho assado ali na hora, coco fresco ralado ali na hora.
Gataiada friorenta e manhosa deitada e espalhada pelas camas, livros e sofá. Alguns estão "esquentando o sol" lá fora.
Achava graça quando ouvia isso da minha avó e tias velhas; como alguém pode esquentar o sol? Não é o sol que nos esquenta?
Estou meio mole hoje e pedindo a Deus que essa gripe não me "derrube" de novo.
Vou fazer companhia à Clara Blue que está enrolada nas cobertas
Minha dengosa, charmosa e inteligente Clarinha.
É isso.


                                   
Clara Blue e Léo Caramelo

Formatura

                             



Um dos médicos disse que talvez eu já tivesse a doença do crescimento durante a adolescência e, por algum motivo desconhecido, a doença estacionou e eu segui uma vida normal.
Décadas depois a doença resolve se manifestar e de doença do crescimento ela torna-se agora Acromegalia. 
Olhava algumas fotos antigas, são poucas, nunca fui afeita a fotografias minhas, e eu tinha a altura de adultos e era até mais alta que alguns deles.
Na minha época não era comum pessoas muito altas, principalmente meninas/mulheres, mas eu era a mais alta da escola e ficava lá no fim da fila e causava celeuma com as coleguinhas que sentavam atrás de mim na sala de aula. Eu atrapalhava a visão delas na hora de copiar as lições da lousa.
Hoje a molecada é bem mais alta que meus metro e setenta e cinco aos catorze anos em 1981.
Meus sobrinhos são altos, todos "pernudos" e os chamo de seriemas.
Uma parente minha enviou uma foto da minha formatura da oitava série, o antigo ginásio, e eu sou mais alta que a professora que me cumprimenta.
Minha avó Mãevelha achava graça quando eu usava shorts; ela dizia que eu parecia o Pernalonga com aquelas pernas compridas.
Estava sol e calorzinho agora a pouco e eu vesti uma bermuda, mas agora esfriou e isso me causa dores e desconforto nas pernas, principalmente joelhos.
É inverno e faz frio em São Paulo.
Vou me agasalhar.
É isso.



                                   


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Reconfortante

                                


Melhorei um pouco da gripe mas a pressão alta teima em se manter altíssima!
Ainda tenho tosse e uma dorzinha chata nos ossos da face e crânio. Não é a dor de cabeça típica, essa mais parece com a dor de quando os parafusos foram tirados da minha cabeça após a Radiocirurgia.
Tenho tido sonhos significativos, alguns me deixam preocupada e outros me confortam.
Mamãe e minha avó Mãevelha ao meu lado e a sensação de carinho, amor e proteção é tão boa, tão grande, tão reconfortante.
Homens da roça, trabalhadores, gente simples e honesta. Estavam em uma plantação de banana e cortavam os cachos com muita rapidez e habilidade. Eu perguntava como sabiam quando era o momento certo de tirar as bananas e eles me explicavam gentilmente.
Entrava em uma antiga casa de fazenda; fogo de lenha em fogão de barro, senhoras negras trabalhando na cozinha, muita agitação. Estão sempre trabalhando. Observo tudo em um canto e uma delas me diz, enquanto lava a massa branquinha da mandioca (aipim, macaxeira): "Minha filha, tu tá perto dos cinquenta anos, num tá? Então se cuide, viu?"
Mas o sonho mais estranho, maluco e sem sentido foi o de naves espaciais invadindo o planeta e atirando contra tudo e contra todos. Eu, hein!
Nos filmes os marcianos sempre invadem os Estados Unidos, por que invadiriam um cortiço em um bairro simples de São Paulo?!
Eu corria, me escondia dentro de uma casa simples e via o raio de luz da nave a me procurar. Oxe!
Deve ser efeito dos remédios, da gripe e da pressão alta combinados.
Acordo com duas coisas fofas, uma atrás de mim com a patinha no meu pescoço e a outra encostada no meu peito e com os bracinhos esticados e tocando meu rosto.
Eram Branca e Bellatrix. Depois vieram Aldebarã, Ébano Nêgo Lindo, Pétala, Clara Blue, Morena Rosa...
Alice sobe em mim, me olha bem e mia: "Estou como fome".
Levantei, os alimentei, fiz meu café e liguei a TV e me deitei no sofá; era ainda seis horas da manhã. 
Uma manhã cinza e gélida em São Paulo.
É isso.



                                     

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Abraço Amigo

                            




Volto para casa e ao virar a esquina vejo a cachorrada na minha calçada.
Devem estar com fome, pensei.
Têm outras casas, mas só vão à minha, só procuram a mim.
Desci do carro para abrir o portão da garagem e recebi o abraço mais fraterno, verdadeiro e amoroso que pode existir: Fofão, o cachorro magrinho e peludo me envolve em um demorado abraço com suas patas magras e compridas. O abracei, nos abraçamos. 
Os vizinhos me olhavam como se eu fosse louca.
Guardei o carro, entrei e voltei em seguida com ração e água fresca.
Fofão, Nina, Ananias, Bonitão, Loirinho e Café...
Todos alimentados e felizes.
Peço a Deus que eu sempre tenha saúde.
Amem.



                                 
                                  

quarta-feira, 18 de junho de 2014

100 Mil

                         



Meu blog atingiu a marca de 100 (cem) mil visitas e fiquei feliz com isso, mas uma forte gripe me impediu de escrever e agradecer a todos aqueles que o leem e dele tiram alguma informação que lhes possa ser útil.
Como dizem os médicos, a gripe dura sete dias ou uma semana, não tem jeito. Já tive gripes antes, mas essa foi uma das mais fortes até então. Me derrubou legal: dores, cansaço, tosse, rinite, sinusite e outros "ites".
Me alimentei muito mal, pois não sentia fome e sempre que comia, tinha vômitos.
Fiz um chá de limão com alho em calda de açúcar queimado (calda pra pudim).
Levar ao fogo o açúcar com água, deixar se transformar em calda, depois adiciona mais água, o limão e o alho e deixa ferver por uns cinco minutos. Se tiver gengibre, melhor ainda.
Estou praticamente a uma semana sem sair de casa, mas hoje vou ter que sair para comprar ração e areia sanitária.
Não me sentia bem para dirigir por aí com esse bando de malucos no trânsito comemorando a vitória da seleção brasileira; de tão bêbados e animados, os caras comemoram qualquer coisa e isso é um perigo danado.
Fiquei em casa assistindo aos jogos, na verdade, mais observando os belos corpos dos atletas. Quanta saúde, benza Deus!
Mas voltando ao blog...
Agradeço à todas pessoas que leram e leem esse humilde blog.
Obrigada.


                                

 
                               

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Pão e Bolo de Santo Antonio

                                   



Levanto cedo e ligo na TV nos telejornais. Reportagens direto da igreja de Santo Antonio no bairro do Pari, bairro tradicionalmente italiano.
Vasos com lírios brancos sobre mesa com pães e bolo de Santo Antonio, o santo casamenteiro. Tadinho.
As moças "véia do caritó", como dizia meu povo antigo, fazem tortura física e psicológica com o santo; colocam-no de ponta cabeça em copo com água, tiram-lhe o Menino Jesus e só o devolvem quando arrumarem um marido. Não é fácil ser santo casamenteiro. As encalhadas piram.
Missas a cada hora, hora e meia e as encalhadas participam da maioria e ainda pegam bolo e pão na esperança de terem seu pedido atendido.
Acho que Santo Antonio dever ter o apoio de um grupo de assessores para assuntos matrimoniais, porque sozinho o coitado do santo pira!
Lembro que uma conhecida chegou à nossa casa trazendo pão e bolo de Santo Antonio e mamãe pensou que ganharia as guloseimas, mas ledo engano, a conhecida foi lá com o intuito de vendê-los!
Mamãe arretou-se e disse que sabia fazer pão e bolo muito mais gostosos que aquele e, além do mais, pra que raios ela queria bolo do santo se ela já estava casada há décadas e tinha seus seis filhos?! Oxe!
Pelo menos dessa Santo Antonio estava livre. Ufa!
É isso.


                                    

Sexta-Feira Treze

Ébano Nêgo Lindo


Ontem foi dia dos namorados e hoje é dia de Santo Antonio e é também uma sexta-feira treze. Amanhã será sábado quatorze. Ainda bem.
Século XXI (21), alta tecnologia, comunicação rápida e pessoas do mundo todo trocando mensagens via redes sociais; moderno.
Sim, mas o preconceito continua. As pessoas não evoluem ao mesmo passo que a tecnologia.
Ainda há, e muito, preconceito contra animais pretos, principalmente gatos. As ONGs e pessoas, os protetores, que cuidam e protegem animais pedem que não doem bichos pretos numa sexta-feira treze.
Tem gente que usa os bichinhos para fazer rituais religiosos. Sou contra. Acho que há outras maneiras de agradar o santo, deuses, orixás e todo o mundo superior ao nosso. Com todo respeito.
Por que não plantar árvores, fazer mutirão para retirar o lixo de áreas verdes, fazer trabalho voluntário, ajudar animais de rua etc?
Já não bastasse o barulho assustador dos fogos de artifício, a bicharada ainda sofre com o preconceito pelo puro e simples motivo de terem os pelos negros. Ridículo, boçal, cruel, estúpido!
Vou ficar em casa hoje; vou proteger meus negros lindos: Aldebarã e Ébano Nêgo Lindo.
Quanto ainda falta para a humanidade evoluir?
É isso.


                                
Ébano Nêgo Lindo abençoando Aldebarã. Que todos os animais sejam amados e respeitados, independente da cor de seu pelo. Amém





Galinha Pintadinha

                              




Recesso escolar antecipado devido à Copa do Mundo.
Época de pipas nos céus, molecada de cara pra cima, carros no chão e motoristas a buzinar e a gritar: "Sai da rua, moleque!".
Abertura da Copa bonitinha, mas ordinária. Muito insossa, repetitiva, sem muita graça.
Mas o pior mesmo foi o trio parada dura de engolir: Claudia Leite, Jeniffer Lopes e o cantorzinho vira lata com alcunha de Pit Bull.
Três branquelos sem graça que, ainda por cima, não cantaram, dublaram.
Se dizem latinos. 
Bom...
Temos artistas bons, que somam talento à brasilidade e latinidade natas, não precisava chamar dois gringos sem graça para fingir que cantavam e fingir que estavam animados ao lado de Claudia Leite, que, com seu maiô azul, mais parecia a Galinha Pintadinha. Na boa.
Não gosto das músicas de Ivete Sangalo e Gaby Amarantos, mas ambas sabem cantar e tem a tal da brasilidade e latinidade morenas que tanto representam esse país mestiço. Mas parece que insistem em um branqueamento do país, haja vista o casal de galegos que participou do sorteio dos times da Copa, Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert. 
Bom...
Fizemos um bolão, apostei 3x2, mas foi 3x1 no Brasil x Croácia.
Torcemos, comemos e bebemos. Tomei guaraná e água de coco.
Eu não estava muito bem, as dores articulares e os movimentos reduzidos e dolorosos roubam meu dia, e noite também.
Tomei café com queijadinha, receita que peguei com o professor coordenador do Ensino Médio.
A princípio fiquei com medo de não dar certo, pois a massa fica bem líquida, mas ficou bonito e gostoso.
Reguei as plantas. Besouros e borboletas sobrevoando minhas pequenas flores e a gataiada doida para pegá-los.
Como dizem os alunos: "Vou ficar de boa hoje".
É isso.





Queijadinha
                                     


domingo, 8 de junho de 2014

Acordar

                               



Ventos que anunciam chuva.
Domingo morno, nem parece outono.
Podei minha rosinha amarela, minha baby rose, fiz meu café forte e adoçado na medida e estou por aqui.
Gosto de ser, estar, ficar só.
Li um post dizendo que o motivo da infelicidade das pessoas, ou de algumas pessoas, é a sua incapacidade de serem felizes sozinhas e de depender desesperadamente e totalmente de outra pessoa para essa tal felicidade.
Isso cria uma dependência doentia, possessiva e até abusiva.
Acho que foi um texto de Flavio Gikovate, se não me engano, e transcrevo aqui com minhas próprias palavras baseadas em minha própria interpretação.
Sei lá...
Cada um com seu cada qual e cada qual com seu cada um... Meu povo antigo dizia isso e eu não entendia muito bem; achava os mais velhos meio estranhos, complicados, esquisitos...
Ser criança era mais fácil, mesmo com todas as adversidades, com a fome, a seca, as cobranças, obrigações e funções de quem ainda nem entendia direito o que estava acontecendo.
Fiquei meio triste ontem. Demorei a dormir, isso não é novidade. 
Barulho na rua, o maldito do Funk semanal, molecada conversando, rindo, brincando em plena madrugada. Bem que podia chover, acabar a luz e quebrar todos os CDs, pen drives e o tudo o que armazena as malditas e horrendas músicas tocadas nos fluxos.
Gataiada agora dorme para de noite aprontar de suas artes: correr, pular, saltar sobre os móveis, derrubar livros, objetos, rasgar o papel toalha e as sacolinhas plásticas do mercado e espalhar tudo pela casa.
Bom...
Estou na contagem regressiva para a Copa do Mundo e não é porque estou aguardando ansiosamente por isso, mas é para poder descansar e não ter que levantar tão cedo nesse tempo de frio e com juntas duras e doloridas. É só por isso. Não estou nem aí para o evento, falando honestamente.
Gosto de levantar cedo e ir para a sala assistir à programação matinal sempre, claro, acompanhada da gataiada que disputa um lugar quentinho junto a mim.
Vou medir a pressão novamente; os sintomas da hipertensão já se manifestam: dor na nuca, luzes piscantes, vermelhidão pelo rosto, pescoço, orelhas...
Tive uma semana inteira de pressão muito alta e em determinados momentos fiquei com medo e dúvida: Será que vou morrer? De novo?
Não, não.
Tomo os remédios cuja dosagem foi aumentada pela cardiologista e vou lentamente "apagando"; adormeço, tenho sonhos estranhos e até curiosos, acordo.
Acordarei todas as manhãs, por mais quarenta e sete anos saudáveis. Assim espero.
E assim será. Amem.
É isso.


              
                                      



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Morno

                              




Faz algum tempo que não escrevo e não é por falta de assunto, mas por não me sentir apta para isso em determinados momentos da vida.
Amo escrever mas às vezes esse amor é sufocado por outros sentimentos que me tiram o prazer de ler, escrever e fazer as coisas que mais gosto.
É uma coisa boba e chata, mas acontece com as melhores pessoas e com as piores também!
São preocupações, e quem não as tem?
São mágoas, e quem não as sofre?
São tantas coisas...
Eu torço, peço para que as pessoas fiquem bem, se deem bem e sigam suas vidas em paz e sejam felizes. Gente feliz não incomoda!
Está menos frio hoje; o céu está azul e sol deixa o dia luminoso e morno.
Preciso cuidar do meu jardim.
É isso.