sábado, 28 de novembro de 2015

Bispo

                              Resultado de imagem para bispo xadrez



Dormi tarde. Li um pouco.
O sono demorou a chegar, e quando chegou, veio interrompido, quebrado, agoniado.
Dores, muitas dores. Cabeça, coluna e joelhos; Deus do Céu.
Tomei o remédio forte e adormeci; tive sonhos estranhos. Sonhei com um famoso bispo de uma famosa igreja, mas que diabos esse cara está fazendo no meu sonho?! Tá amarrado! Tá repreendido! Eu, hein!
Levanto meio molenga, vagarosa, sem pressa.
Vizinhos tocando e cantando junto músicas religiosas; não, não.
Já sonhei com o tal do bispo e acordo ao som de músicas afins?! Eita!
Vamos fazer uma limpeza no ambiente, uma sessão descarrego com boa música: Clara Nunes, Marisa Monte, Zé Ramalho, Limp Bizkit, Beastie Boys...
Café, gatos e música.
E o dia foi assim, devagar, sem pressa, em outra vibe (vaibi), como dizem os jovens.
É isso.


                                   Resultado de imagem para chuva bonita


                              

Relógio

                            Resultado de imagem para tempo



Não vi o tempo passar, não olhei as horas, ignorei o relógio...
Segui meu próprio tempo, que passou bem devagar, sem pressa, sem correrias, obrigações e cobranças.
Cuidei dos gatos, fiz meu café, comi meu mingau de aveia integral com leite de soja, delícia.
Tudo muito devagar, no seu próprio tempo, livre. Dei tempo ao tempo. Acho que o tempo pediu um tempo.
Ouvi música, o bom e velho Rock 'n' Roll e a boa e velha MPB com Branca Maria no colo.
Trovejou. Raios e trovões; chuva e gatos assustados.
Escureceu. Que horas deverão ser?
Acendi as luzes, liguei a TV, olhei as redes sociais, resolvi escrever.
Tomei banho, cuidei de mim. Gatos à porta do banheiro, esperando, observando, ouvindo broncas.
Estava, e ainda estou, em outro passo, em um caminhar não mais lento, mas sim livre e natural. Sem cobranças do tempo, sem o relógio a nos mostrar as horas e as nos lembrar que somos escravos do tempo: tempo de fazer isso, fazer aquilo...
Tempo.
Eu que corri tanto, que tive tanta pressa, que vivia na correria...
Ando devagar porque já tive pressa...
É isso.



                                  Resultado de imagem para tempo

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sábias Senhoras

                                 Resultado de imagem para árvores frutíferas pitanga



Tarde bonita e ensolarada, quintal cinza e verde.
Acho bonito o verde que invade o cimento cinza e quebrado do quintal.
Plantas crescendo, se recuperando e ficando lindas.
Gosto dos fins de tarde.
As horas da manhã passam muito rápido e é uma correria só; lembro de mamãe se desdobrando para lavar as roupas e aproveitar o sol e preparando a comida para a turma que viria ao meio dia almoçar.
A tarde vinha...
Descíamos para o intervalo e enquanto os colegas ficavam na imensa fila para tomar o lanche, eu observava a luz do sol sobre as árvores da escola, a poeira que levantava quando os carros passavam, o céu azul...
Eu achava tão lindo.
Gostava de ir à casa da tia Anália com mamãe, sentávamos lá fora, tomávamos café, colhíamos pitangas, cebolinha verde e coentro da pequena horta. Voltávamos para casa, caminhávamos pelas rua de terra, mamãe parava para cumprimentar algum conhecido e dizer que ia para casa para colher as roupas do varal; a chuva já estava lá no Corinthians.
Todo mundo já para o banho, antes que o seu pai chegue e comece a reclamar; Deus nos livre!
Era tudo tão simples, pobrezinho mesmo, mas tínhamos sonhos e esperança tão singelos. 
Já escrevi postagem semelhante, eu sei, mas as boas memórias fazem bem à essa minha alma angustiada, triste e inquieta.
Sonhei indo ao médico, o neurocirurgião, e levava exames para ele ver. Eu caminhava por ruas bonitas e arborizadas, passava por uma praça bem grande e com pés de manga, pinha e jaca carregadinhos. As frutas ainda eram novinhas e estavam verdes e eu dizia para mim mesma que chamaria meu irmão Rogério para me ajudar a colher as frutas quando estivessem maduras.
Eu andava com pressa, mas reduzia o passo quando caminhava por entre as árvores; era tão bom apreciar aquela beleza verde.
As árvores pareciam me cercar, me proteger, me dar forças e cuidar de mim. Eram velhas e sábias senhoras.
Queria ter um pedaço de chão para cuidar e deixá-lo coberto de verde e outras cores.
É isso.


                                   Resultado de imagem para árvores e flores



                                        


                                   

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Terra

                                  Resultado de imagem para pes de melao


Tenho dormido de três a quatro horas por noite e quando consigo dormir seis horas, comemoro.
Insônia habitual somada aos prolemas, preocupações e muita ansiedade.
Às vezes tento dormir durante o dia, mas tudo o que consigo são alguns cochilos interrompidos pelo telefone, campainha, gritaria de vizinhos e o barulho da rua.
Ligo a TV, mas vejo quase nada; ligo apenas para fazer companhia, é estranho, eu sei.
Ontem lavei roupas e lavei os panos de chão; a moça que me ajuda viria limpar a casa hoje e iria precisar de panos e tapetes limpos.
Quando trabalho ou faço alguma coisa pela casa, eu me sinto útil e viva. É tão bom e faz bem.
Estou cansada dessa vida trancada dentro de casa e só sair para ir aos médicos e laboratórios.
Estou cansada de depender da minha irmã e meu cunhado para fazer tudo para e por mim; incomoda e eu não gosto de incomodar.
Fui me deitar até que bem, mas sou acordada por uma fortíssima dor de cabeça; parecia que tinha dezenas de martelos saltitantes dentro da minha cabeça. Que dor!
Tomei os remédios e adormeci. Levantei cedo para esperar a moça chegar e fiz meu café. Liguei a TV e folheava uma revista, me deu uma tontura de repente.
Tentei me segurar, mas não deu, deitei e adormeci. 
Meu Deus, vou morrer agora?
A moça chegou, abri a porta pra ela e disse-lhe que não a ajudaria muito hoje com os afazeres, eu não estava bem.
Fim de tarde, ameaça chover, céu cinzento, nuvens carregadas. Joelhos que doem e estalam, a coluna também. Estou crocante.
Fui ao quintal pegar alguns tapetinhos e parei para ver as graciosas mudinhas de melão, milho e feijão; estão tão lindas. Eu gosto tanto.
Arrumei algumas plantinhas, apreciei e agradeci a paz que me trazem e o bem que me fazem.
Liguei para o IAMSPE e perguntei sobre a cirurgia, mas a moça disse que não tem acesso à essas informações e que aquele número é só para agendar consultas e exames; tem que esperar o médico/hospital ligar. Paciência.
Final de ano, estamos a um mês do Natal, deve acontecer ano que vem.
Vejo comerciais dos hipermercados e sinto falta da minha liberdade. Adorava fazer minhas compras, minhas frutas, muitas frutas.
Não sei que raios eu fiz em outras vidas, mas que estou pagando gostoso, ah, estou!
É isso.



                                  Resultado de imagem para pes de melao

sábado, 21 de novembro de 2015

Caminho de Luz

                                Resultado de imagem para mata com caminho de luz


Noite chuvosa, fortes dores e gatos briguentos. Essa foi a noite do barulho e os gatos se superaram no quesito briga-derruba-corre-corre-quebra coisas.
Tive que me levantar diversas vezes para dar broncas, ir ao banheiro e procurar algo para comer.
Não estava calor, mas eu transpirava em bicas. Sentia muita fome também.
Meu Deus, acalma esses gatos bagunceiros e alivia minhas dores. Amem.
Dia amanhecendo e eu sem conseguir dormir; que agonia.
Finalmente o cansaço vence e o sono vem. Sonhos.
Sonhei entrando em uma mata tão bonita, de um verde claro tão bonito. Eu seguia uma luz dourada que formava um caminho para dentro da mata; segurava um bebê em meus braços.Não sabia para onde esse caminho dourado me levaria, mas era bom e tinha paz.
Estou em uma casa simples e sinto muita dor na coluna; converso com algumas pessoas que aguardavam atendimento médico assim como eu. Um casal de negros, vestidos em roupas simples e brancas, fala comigo e me entrega umas caixas de remédio enquanto examina minhas costas: " Ih, minha filha, não vai ser fácil não. Mas nós já pegamos casos assim iguais ao seu e vencemos".
Fiquei triste e preocupada, mas o casal me assegurou que tudo vai ficar bem. Quem falava era o senhor negro e a senhora passava as mãos pelas minhas costas; ela estava muito concentrada.
Eu reparava que as caixas de remédio eram brancas com grandes letras pretas e o senhor me dizia que esses remédios eram mais fortes e iriam me ajudar com as dores.
Acordei com meu Nêgo Lindo fazendo massagem em mim enquanto os outros gatos se aninhavam ao meu redor. Sossegaram, graças a Deus. As dores também.
Fiquei mais um pouco na cama com eles e depois levantei mais leve e disposta. Fiz o meu café, cuidei deles, liguei o rádio, ouvi Rock, fiz algumas coisas pela casa. Minha irmã e meu cunhado vieram, trouxeram almoço, frutas e legumes e varais novos. Que bom, estava precisando mesmo.
Gente boa.
É isso.


                                 Resultado de imagem para casal de pretos velhos

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Jaula

                               Resultado de imagem para animal feroz



Tenho tido dias bons e outros nem tanto, mais para "nem tanto", infelizmente.
Dores articulares, coluna que dói e cabeça que lateja com as "marteladas" da pressão alta.
Separei mais livros, revistas, uma cadeira de rodas, um fogão e doei para a Casa André Luiz. Vieram cedo e depois que foram embora, deitei no sofá e esperei o remédio fazer efeito e controlar a pressão. O simpático funcionário queria levar meu Ébano Nêgo Lindo, mas de jeito maneira, jeito qualidade!
Quando estamos precisando de algum silêncio, aí é que o barulho vem com tudo: motores de caminhões, carros, pessoas falando e a vizinha que se diz maluca gritando a plenos pulmões.
Começava a cochilar e lá vinha o barulho me acordar. Um dia ruim, Deus do Céu.
Muito calor e os ventos anunciavam a chuva. Eu ia regar as plantas, mas os ventos esfriavam a terra para que as águas viessem e regassem tudo.
Era noite, fiz café e comi com bolachas; não estava com ânimo para preparar comida.
Choveu forte e a luz acabou. Acendi velas, os gatos medrosos sempre ao meu redor, resolvi ir para a cama.
Dorme e acorda, sono agoniado.
Sonhei com professores aqui em casa e todos nós analisávamos os livros que as editoras nos mandavam; a sala estava cheia de livros e colegas. Foi tão bom e bonito.
Um professor me perguntava que disciplina eu leciono e assim começou um pergunta-reposta interessante e engraçado: "Eu sou Matemática, Português, História..."
O professor de Matemática folheia um livro, diz que gostou muito e pensa em adotá-lo para o próximo ano letivo e os professores fazem comentários.
Pego um livro da minha área, Línguas, e ao abri-lo, vejo que está corroído por traças. Larvas saem pelos buracos feitos no papel. Por que meu livro está assim? Por que só o meu livro está assim?!
Acordei triste, dolorida e cansada. Levantei, liguei a TV, mas não vi nada. A mente fervilhante e inquieta procurava entender e interpretar esse sonho. Fiquei preocupada com meus preciosos livros nas estantes, mas estão todos bem, graças a Deus.
Esse livro corroído por larvas e traças representa meu corpo e minha saúde atuais. Tenho uma vontade brutal de voltar ao trabalho e à minha escola querida, mas meu corpo acromegálico não me permite. Artrose, coluna doente, joelhos doentes. Deus do Céu.
Queria tanto voltar para as turmas de quinta série e para o ensino de jovens e adultos (EJA); eu gostava tanto.
Sinto-me como um animal enjaulado que se joga contra as grades da jaula numa tentativa desesperada de se libertar, mas tudo o que consegue é só se machucar.
Minha mente é boa e saudável e às vezes não aceita esse corpo doente. Tem hora que dá uma vontade louca de sair por aí... 
É isso.




                                        Resultado de imagem para jaula

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Religar

                              Resultado de imagem para mudinhas de plantas


Essas minhas doenças estão tirando o melhor de mim. 
Frustração, raiva, revolta e muitos porquês.
Esperança, planos para um futuro com saúde também.
Estava muito triste ontem e lutei muito para não ficar hoje também.
Lembrei de mamãe: "Com tanta coisa pra fazer pela casa e tu de cara pra cima!".
Fiz meu café, sem ele o dia não começa bem. Acho que sou dependente de cafeína.
Escrevi, falei com minha irmã e minha sobrinha, duas inocentes que não sabem como jaca é uma fruta deliciosa.
Foram ao Zoológico de Guarulhos ontem e lá fotografaram uma linda jaqueira carregadinha. Por que não trouxeram pelo menos umas quatro jacas pra mim?
Beatriz diz que sou mundiçada e que jaca fede à gasolina. Fede coisa nenhuma! Jaca tem um perfume divino!
Depois desse diálogo frutífero com elas, resolvi não dar brecha para a tristeza e fiz algumas coisas pela casa e no meu ritmo de tartaruga manca. Fiz coisas que gosto: coloquei roupas na máquina, sentei na cadeira lá fora com os gatos em volta, plantei as sementes de feijão, milho e melão que preparei e reguei as plantas. Estão tão lindas.
Em uma brechinha entre o chão e o muro, brotou um limoeiro ou uma laranjeira, ainda não sei. Está lindo e cresce a cada dia.
Queria tirar de lá e colocar em um vaso maior e com mais terra, mas tenho medo de machucar a mudinha ou que ela não goste da mudança. 
Vou pedir ajuda aos Seres de Luz da Mãe Natureza.
Tenho minha Fé e não sigo determinada religião X ou Y; o mundo anda tão violento, intolerante, brutal, cruel.
Ataques terroristas em Paris na sexta-feira passada. Enxurrada de lama em Mariana, Minas Gerais, e muitas vidas perdidas; tanto humanas como animais.
Vivemos em um mundo intolerante onde grupos radicais querem dominar, impor e fazer valer sua vontade e suas crenças medievais.
Não podemos fazer isso ou aquilo, a verdade é só a que está escrita em determinado livro. E os outros livros? E a verdade dos outros? Por que impor a ferro e fogo aquilo que acreditam? Por que não trocar conhecimento?
Radicalismo, fanatismo, manipulação, ignorância.
Por esse Brasil varonil, chamaram a filósofa Simone de Beauvoir de "baranga" e boçais ditos religiosos alegaram que "querem doutrinar" os alunos, as pessoas, o país. Mas olha só quem fala em doutrinar!!!
Assisti ao filme "A Teoria de Tudo", sobre o brilhante cosmólogo Stephen Hawking, de quem sou fã de carteirinha. Gosto de cérebros pensantes e não apenas de carinhas bonitinhas, como está tão em voga.
É perguntado ao cosmólogo como e de onde ele tira forças para viver com uma doença debilitante, sendo ele um ateu, e ele responde: "Enquanto há Vida há Esperança".
Não sou ateia, mas não sigo religião alguma. Encontro Deus nas coisas simples que gosto, principalmente nas coisas da Mãe Natureza.
Tenho uma Fé muito forte, como já disse antes, e isso me basta.
O mundo anda tão complicado...
Bom...
Cuidei das plantas e isso me faz bem. Elas me religam com o Criador.
Religião =  do Latim Religare. Ligar Criador e Criatura.
É isso.



                                 Resultado de imagem para mudinhas de plantas

Gris

                                  Resultado de imagem para gris



Dia quente e ensolarado ontem, dia cinzento hoje.
Não tive um bom domingo; foi um dia triste, chato, triste.
Levantei cedo, liguei a TV e assisti à programação matinal, gosto muito. Mas depois disso, não tinha mais nada que interessasse ou prestasse. Desliguei a TV, tudo chato demais.
Estava animada e pretendia cuidar das plantas, colocar roupas na máquina e fazer bolo de pão de queijo e bolo de chocolate, mas algo desagradável aconteceu e meu ânimo deu lugar à tristeza.
Tentei lutar contra, seguir em frente, mas não consegui. Meu corpo acromegálico, meu corpo grande e doente não tinha forças para prosseguir. Minha alma ansiosa, angustiada e triste não tinha forças para prosseguir.
Pode até parecer fraqueza, mas calcem meus sapatos e percorram meu caminho; entenderão.
Apenas cuidei dos gatos, fiz meu café e fui lá fora pegar o jornal.Li.
Deitei no sofá, estava cansada, dolorida e sonolenta, mas a cabeça que nunca desliga não me deixou dormir em paz.
Cochilos rápidos, sono e sonhos entrecortados, agoniados. Deus do Céu
Ouço o latido do cachorro grandão e bobão do vizinho, uma figura. Levei ração para o canino alegre.
Corpo doendo, pressão alta, remédios. Conseguir dormir por uma boa meia hora, graças a Deus. Escuto latidos, miados, a conversa das pessoas, mas continuo adormecida ou em um estado de semiconsciência. Viajo entre os mundos, dois senhores idosos vestindo calças de tecido cinza azulado sentam-se ao meu lado. Avô José e avô João, meu Paipreto.
Uma coisa boa, um sentimento bom, um alívio, meu Deus.
Chorei um choro bom, dolorido, doloroso, mas bom. Não sei dizer como é, só sei sentir.
Levantei, fui lá fora para ver a rua e lembrar com saudade dos bons tempos em que fazia minhas caminhadas pelo bairro e quase sempre voltava com uma plantinha. Chegava em casa, colocava a planta na água para hidratar, a deixava descansar e depois a plantava.
Vou plantar os caroços de milho e feijão que reservei, adoro pés de milho e feijão, trazem-me paz e serenidade. Sou da Terra, das Águas, das coisas da Mãe Natureza.
O vizinho simpático e dono do cachorro bobão puxa conversa, fala sobre a carestia, a crise no país, essas coisas. Ainda brinquei dizendo que se alguém resolver fazer um churrasco, tem que pedir para que cada convidado leve sua própria carne. É o jeito.
Fim de tarde, ventos frios, o tempo vai mudar.
Deus, quando isso tudo vai mudar? Acho que já passou da hora de o meu castigo terminar; já paguei tudo. Acho eu.
Vou bater beterraba com cenoura e fazer o bolo de pão de queijo. É só fazer a massa mais líquida e assar em forma untada e enfarinhada como se fosse um bolo comum.
É isso.



                                   Resultado de imagem para pés de feijao e milho


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Desejo

                              Resultado de imagem para desejar



Acho que pela primeira vez na vida desejei ser internada para que a cirurgia na coluna fosse logo realizada. Desejei que o hospital ligasse e dissesse para eu comparecer para a internação porque a equipe médica já havia marcado a cirurgia.
Desejei e pedi a Deus que os médicos tenham chegado a um consenso e decidido sobre qual o melhor modo de retirar o cisto que comprime a medula. Tudo feito com segurança, sem problemas e sem complicações para minha saúde.
O tempo está passando tão rápido; parece que voa.
Um ano em casa, sem dirigir e saindo basicamente para ir às consultas médicas e aos laboratórios. Um ano dependendo da minha irmã para ir à feira e ao supermercado e fazer as compras que preciso. Um ano contando com a ajuda bondosa da minha irmã e meu cunhado.
Essa semana não começou bem para mim, muita inquietude, raiva, frustração, desespero, preocupações, ansiedade, tristeza... Deus do Céu.
Hoje fez calor e eu detesto! A pressão sobe ainda mais, eu me irrito ainda mais. Como pode alguém gostar dessa sensação de estar dentro de um forno?!
Não sei se minha coluna está piorando, mas sei que as dores estão mais intensas e sinto a região lombar doer muito e "borbulhar". 
Virei para um lado, para o outro e decidi levantar e andar pela casa; assim "engana" a dor um pouco.
Orelhas, pescoço e olhos vermelhos: pressão alta.
Tomei os remédios e voltei para a cama, adormeci. Acordo sempre muito molenga e lenta. Só fiz as obrigações diárias e depois me deitei no sofá.
Senti-me furiosa, irritadiça e querendo fazer uma revolução, me rebelar contra algo ou alguém. 
Essa situação me incomoda, me irrita, me frustra e tira minha liberdade e é motivo suficiente para uma rebelião.
Acho que vou sair às ruas protestando contra a mudança feita nas escolas de São Paulo, contra a violência sofrida por crianças, mulheres, idosos e animais, me rebelar contra a destruição massiva da Natureza e coisas assim.
Eu que sempre fui tão ativa, tão viva e cheia de planos para o futuro: voltar a estudar, mais uma faculdade ou um mestrado, quem sabe.
Dedicar meu tempo, minha vida e minha saúde às coisas simples que eu gosto tanto e que são tão caras para mim.
Tenho andado impaciente, furiosa, revoltada, ansiosa, cansada...
Vejo esses comerciais de café e fico com vontade.
É isso.



                               Resultado de imagem para mãe natureza