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sábado, 27 de abril de 2013

Clara Nunes

                                     

Mamãe gostava de Clara Nunes e eu também.
Gostava de suas músicas cheias de paixão, beleza e religiosidade.
Clara Nunes se dizia Espírita e cultuava as religiões afrodescendentes  como o Candomblé e a Umbanda. Belíssimas religiões.
Eu cantava as músicas de Clara Nunes para minha sobrinha Maria Julia quando ela era pequena e ela adorava.
Clara Nunes partiu muito cedo, pouco tempo antes de completar quarenta anos.
Assisti documentário homenageando Clara Nunes e adorei rever a bela cantora e sua música impregnada de elementos étnicos religiosos. Lindo.
Ela vestida de branco, cabelos enfeitados com flores e cantando em frente ao mar, meu doce mar. Muito lindo.
Cantando com Paulino da Viola, a Elegância do Samba.
Cantando ao som de atabaques, cantando É doce morrer no mar, de Dorival Caymmi. 
Foi bom ouvir boa música. Muito bom.


                                  




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Zé Pelintra

                                         


É um homem negro, alto, elegante e que traja terno e chapéu brancos com fita e gravata vermelhas. Sapatos bicolores: branco e vermelho.
Zé Pelintra é da Umbanda, do Catimbó e está presente em vários outros cultos brasileiros.
Conheci Zé Pelintra depois de adulta, pois quando era criança, achava que ele era um homem comum.
Mamãe chamava muito por Zé Pelintra e papai o chamava de Mestre Zé. Salve seu Zé Pelintra!
Mamãe chamava seu Zé Pelintra quando queria nos fazer medo e assim obedecê-la. Aprontávamos nossas artes e deixávamos mamãe louca com nossas teimosias e malcriações.
Mamãe já não tendo mais argumentos para nos fazer comportar, dizia ameaçadoramente: "Vou chamar Zé Pelintra para dar um jeito em vocês! Só assim vocês obedecem!".
Corríamos para o quarto e fechávamos a porta. Olhávamos por uma brecha para ver se tinha alguém se aproximando. Ninguém.
Naldão, Rogério e a pequena Rosi ficavam atrás de mim enquanto eu abria lentamente a porta e caminhava em direção aos outros cômodos da casa; cadê esse Zé Pelintra? Queria vê-lo, encará-lo, desafiá-lo. Dizia para mim mesma e para meus irmãos: "Mas quem esse Zé Pelintra pensa que é? Vir à nossa casa para dar ordem na gente?! Manda ele vir aqui que eu quero ver!"
Zé Pelintra. Sempre simpático, elegante e educado.
Salve Zé!