segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Gris

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Dia quente e ensolarado ontem, dia cinzento hoje.
Não tive um bom domingo; foi um dia triste, chato, triste.
Levantei cedo, liguei a TV e assisti à programação matinal, gosto muito. Mas depois disso, não tinha mais nada que interessasse ou prestasse. Desliguei a TV, tudo chato demais.
Estava animada e pretendia cuidar das plantas, colocar roupas na máquina e fazer bolo de pão de queijo e bolo de chocolate, mas algo desagradável aconteceu e meu ânimo deu lugar à tristeza.
Tentei lutar contra, seguir em frente, mas não consegui. Meu corpo acromegálico, meu corpo grande e doente não tinha forças para prosseguir. Minha alma ansiosa, angustiada e triste não tinha forças para prosseguir.
Pode até parecer fraqueza, mas calcem meus sapatos e percorram meu caminho; entenderão.
Apenas cuidei dos gatos, fiz meu café e fui lá fora pegar o jornal.Li.
Deitei no sofá, estava cansada, dolorida e sonolenta, mas a cabeça que nunca desliga não me deixou dormir em paz.
Cochilos rápidos, sono e sonhos entrecortados, agoniados. Deus do Céu
Ouço o latido do cachorro grandão e bobão do vizinho, uma figura. Levei ração para o canino alegre.
Corpo doendo, pressão alta, remédios. Conseguir dormir por uma boa meia hora, graças a Deus. Escuto latidos, miados, a conversa das pessoas, mas continuo adormecida ou em um estado de semiconsciência. Viajo entre os mundos, dois senhores idosos vestindo calças de tecido cinza azulado sentam-se ao meu lado. Avô José e avô João, meu Paipreto.
Uma coisa boa, um sentimento bom, um alívio, meu Deus.
Chorei um choro bom, dolorido, doloroso, mas bom. Não sei dizer como é, só sei sentir.
Levantei, fui lá fora para ver a rua e lembrar com saudade dos bons tempos em que fazia minhas caminhadas pelo bairro e quase sempre voltava com uma plantinha. Chegava em casa, colocava a planta na água para hidratar, a deixava descansar e depois a plantava.
Vou plantar os caroços de milho e feijão que reservei, adoro pés de milho e feijão, trazem-me paz e serenidade. Sou da Terra, das Águas, das coisas da Mãe Natureza.
O vizinho simpático e dono do cachorro bobão puxa conversa, fala sobre a carestia, a crise no país, essas coisas. Ainda brinquei dizendo que se alguém resolver fazer um churrasco, tem que pedir para que cada convidado leve sua própria carne. É o jeito.
Fim de tarde, ventos frios, o tempo vai mudar.
Deus, quando isso tudo vai mudar? Acho que já passou da hora de o meu castigo terminar; já paguei tudo. Acho eu.
Vou bater beterraba com cenoura e fazer o bolo de pão de queijo. É só fazer a massa mais líquida e assar em forma untada e enfarinhada como se fosse um bolo comum.
É isso.



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