terça-feira, 10 de novembro de 2015

Irmã

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Tive um dia pesado, chato e triste ontem. Toda segunda-feira é assim, dizem, mas eu nunca me atrelei a esses hábitos e manias; acho bobagem.
Têm dias bons e ruins, alegres e tristes e isso pode ser na segunda-feira, na terça, quarta...
A tristeza, os problemas, as preocupações e a solidão não escolhem qual o melhor dia para atacar, eles apenas atacam.
Acordei cedo, como sempre, mas não tinha o mesmo ânimo e disposição diários para fazer minhas sagradas obrigações: cuidar dos gatos e fazer meu café, ligar a TV e assistir aos telejornais matinais.
Fui até o banheiro e voltei para a cama; meu corpo pesava, minhas pernas mais entrevadas que o habitual; que peso é esse, meu Deus?
Deitei-me e os gatos, que a tudo percebem, deitaram-se ao meu lado. Fiquei até as dez e meia aproximadamente. Levantei mal humorada, "carregada", pesada. Deus do Céu.
Liguei a TV e me irritei com a presença já quase ubíqua desse cantorzinho que consegue gritar mais que Zezé de Camargo; Deus me livre!
O que a Rede Globo viu nesse cara? A criatura está em tudo o que programa da emissora!
Grita demais, aquela voz horrorosa e esganiçada e só canta dor de corno; presta não.
E o dia se arrastou.
Quando a gente está bem mal emocionalmente e psicologicamente, começa a pensar, a analisar e a fazer uma retrospectiva da vida vivida até então. Soma-se tudo, junta-se tudo e chega-se à conclusão de que só temos valor e somos lembrados quando estamos bem. 
Sempre lembro das palavras do meu avô João, meu querido Paipreto: "Quer ser bom? Morra ou se mude!".
Ingratidão, esquecimento, caráter dúbio, maldade mesmo. Parece que as pessoas pensam e agem assim: "Se pode me servir ou ser-me útil em algo, lembro que a pessoa existe. Se não pode me servir nem ser-me útil em nada, nem lembro que existe". É o que tenho visto e sentido, muito, ultimamente.
Ando muito triste, chateada e magoada e perdi quase que totalmente a fé na humanidade.
Mamãe dizia que "é o sangue que mata o corpo", e eu achava que se referia a alguma doença, mas depois entendi o que ela queria dizer.
Bom...
Vou fazer minha janta; minha irmã trouxe legumes, verduras e sardinha; tudo o que mais gosto.
Essa é irmã de verdade.
É isso.



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