quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

De novo

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Tempos difíceis. Há quanto tempo venho dizendo, vendo e vivendo isso?
Um ano dentro de casa, só saindo para ir às consultas médicas, ao laboratório ou à casa da minha irmã.
Um ano sem dirigir, sem trabalhar, sem minha liberdade de ir e vir e fazer as coisas que gosto e preciso.
Há um ano estava na escola, atendendo aos pais que iam fazer a matrícula dos filhos para o ano letivo seguinte.
Há um ano participava do almoço de confraternização com os colegas professores, coordenadores, as meninas da cozinha e da limpeza.
Há um ano eu ia e vinha, mesmo com dores e dificuldades. Eu conseguia controlar e vencer essas dores e dificuldades, mas elas viraram o jogo e eu perdi.
Volto à batalha; acho que nunca a deixei.
O tempo tem passado tão rapidamente! 
Mais um Natal, mais um ano novo, mais um Carnaval, Páscoa, dia das mães, namorados, crianças... Natal de novo, ano novo de novo, tudo novo de novo.
Mas se o tempo passa e tudo fica novo de novo, por que os mesmos velhos problemas permanecem, perduram, ficam, insistem, machucam, assustam, preocupam? O que muda? O que é novo?
Reciclagem de problemas? É o que parece. Velhos problemas reciclados, maquiados, adaptados à um nova situação, mas sempre problemas; nunca deixam de ser problemas.
Sempre fui um ser pensante... nos outros.
Sempre fui um ser preocupado... com os outros.
Sempre fui honesta, trabalhadora, bom caráter... E o que ganhei com isso? Valeu a pena?
E o que o futuro me trouxe? Doenças, uma rara, outra "entrevante". Uma piora a outra, se completam, se alimentam. Perverso, isso.
Problemas, contas se acumulando, gastos extras com o tratamento...
Crise. O país está em crise e eu também.
Fiz o meu café, mas o gosto não foi tão bom como nos dias bons.
Um dia cinza, escuro, triste.
É isso.





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