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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Filmes Nacionais

                                 



Sábado frio, cinzento e chuvoso.
Corpo e cabeça doendo; cansaço, preocupações, angústia. Decidi não fazer nada. Não fiz.
Deitei-me no sofá e zapeei pelos canais da TV; sempre faço isso. 
Paro no Canal Brasil e passa o filme "Roberto Carlos em ritmo de aventura", de 1967. Vou assistir. 
Roberto Carlos novinho, simpático, fazendo um herói improvável e cantando suas músicas que eram bem agradáveis; vilã com visual futurista e um Rio de Janeiro mais verde. Legal.
Cresci ouvindo Roberto Carlos cantar músicas românticas sem cair no brega e no neurótico, como está hoje, infelizmente.
Gosto de assistir a filmes antigos e gosto de observar como eram as pessoas, as roupas, os carros, as cidades, os usos e costumes de épocas passadas.
Acabou o filme e fui para a cozinha fazer meu café forte, adoro. Voltei para a sala e vejo um filme que já havia começado; que pena.
Mas eu o assisti mesmo assim e foi ótimo. O filme consiste de quatro historietas contadas por Marieta Severa e tem a participação de Paulo José e o excelente Gero Camelo, que interpreta a hilária personagem de "Zé Burraldo".
Não era burro, era puro e inocente, penso eu.
O filme é o "Pequenas Histórias" e é um filme simples e muito gracioso.
Assisti e gostei muito do filme "O Palhaço", com Selton Mello, rapaz talentoso.
Acho que o palhaço é autista e demonstra isso em seus diálogos curtos e sua fixação por ventiladores.
Assim foi meu sábado de descanso e filmes nacionais.
É isso.



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cemitério Particular

                                    

Há tempos estou para escrever essa postagem, mas adiei inúmeras vezes achando que não deveria ou que era cisma minha, mas não é não.
Explico...
Uma de minhas qualidades e defeitos é o hábito de sentir tudo muito intensamente. Quando gosto, gosto pra valer, mas quando deixo de gostar não tem Cristo que me convença do contrário.
E o sentimento gostar não refere-se apenas às relações amorosas entre duas pessoas, refere-se também às relações familiares e de amizades.
Um hábito que tenho é o de "matar" as pessoas dentro de mim e enterrá-las em meu cemitério particular. Continuo a falar com a pessoa "falecida", continuo a manter um relacionamento educado, porém frio e distante e sem o mesmo bem querer de outrora.
Para mim é muito difícil "desenterrar" essas pessoas e voltar a gostar e a confiar da mesma forma que confiei e gostei antes. Como trata-se de um cemitério particular, posso enterrar e desenterrar as pessoas de acordo com meus sentimentos e vontade, mas nunca desenterro ninguém.
Visito seus túmulos, mas as mantenho enterradas, uma vez mortas, fica apenas a memória distante do que foi um dia.
Admito que sou de extremos, não gosto de delongas e embromações. Sou também de poucas amizades, não sou Roberto Carlos, não quero ter um milhão de amigos. Sou de poucos, porém bons amigos.
Cada pessoa tem seu modo próprio de lidar com sentimentos, emoções e com suas vidas; e eu não sou diferente. 
Eu também devo estar em algum cemitério particular de alguém.
Sempre nos perguntamos se as pessoas pensam o mesmo que pensamos, da mesma forma que pensamos. Escondemos essa dúvida dentro de nós e seguimos nossas vidas sem nos aperceber que todos nós, de uma maneira ou de outra, temos as mesmas dúvidas e nos fazemos as mesmas perguntas.
Será que além de mim outras pessoas também têm seus cemitérios particulares?
Creio que sim.
Somos humanos, demasiado humanos.
É isso.