sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Até mais

                               



Chove muito, ainda bem, mas tem muito lugar alagado pela cidade. Penso nas pessoas que perdem o pouco que têm e que foi adquirido com muito trabalho.
Não fui trabalhar hoje; ainda levantei cedo, tomei banho e me preparei para sair, mas tropecei e a perna doeu muito.
Voltei para dentro de casa, sentei no sofá e esperei um pouco, para ver se a dor reduziria, mas não.
Junto com a dor senti tontura, mal estar e uma fraqueza; hipoglicemia.
Fiz café e comi bolacha integral; melhorei um pouco.
Voltei para a cama, mas foi impossível dormir com o barulho dos motores dos caminhões e a molecada na rua berrando por causa de pipas.
Escuto um barulho no telhado e escuto a molecada orientando a quem manipulava o tal do "réurreu", uma pedra amarrada em linha usada para alcançar os pipas que caem sobre os telhados e nos fios de eletricidade.
Levantei e andei com a ajuda do andador. Fui até a garagem e dei uma bronca no santo moleque do vizinho. Moleque desbocado, mal caráter, dissimulado e cínico, mas um doce de menino, para o pai. 
Lembro de uma personagem de Chico Anysio que dizia: "Tem pai que é cego".
Cuidei da gataiada, apreciei a beleza e o frescor de minhas plantas e li bastante; coisas simples, que gosto muito e me fazem bem. Cada louco com sua mania.
Começo a me organizar e a organizar as coisas por aqui pois em breve vou encarar médicos, consultas, exames e até mais. Esse "até mais" é o que me assusta, incomoda e entristece.
Mas se tem que encarar... Quem está na chuva é para se queimar, já disse Vicente Matheus. 
Vai Curinthia!
É isso.



                                                     


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