segunda-feira, 11 de maio de 2015

É isso

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Faz tempo que não escrevo.
Faz muito frio também.
Estive bem doente nessas duas semanas que passaram. Dores, vômitos, nada parava no estômago, dores incapacitantes e precisei ser levada ao hospital do Servidor Público Estadual.
Fui domingo passado e achando que tudo seria rápido por exatamente ser domingos, me enganei.
Estava muito cheio, enfermeiros grosseiros e em cada canto, um aparelho de TV. Todos ligados em volume muito alto e isso incomodava muito.
Pedi inúmeras para alguém tomar uma providência e só ouvi desculpas. A filha de uma senhorinha desligou o aparelho da tomada e assim tivemos algum sossego.
Fiquei na "sala dos esquecidos". Raramente alguém ia lá e precisávamos implorar para que nos atendessem e medicassem. Permita Deus eu nunca mais precisar voltar para aquele terror barulhento.
As coisas não estão bem e isso me incomoda, me revolta e me assusta.
Sempre problemas, sim, mas quem não os têm?
Todos nós temos.
Mas cada um sabe o peso da cruz que carrega e a minha está bem pesada.  
Tão pesada que minha coluna já está doente de novo e dói muito e entreva. Travou tudo e eu não podia me mexer sem gritar de dor.
Joelhos com artrose; inchados, doloridos, gorduchos.
Já passei por tanto. Quando isso tudo vai acabar? Quando poderei andar de novo com minhas próprias pernas? Quando poderei viver minha vida simples e sem frescuras cercada por aquilo e aqueles que mais gosto?
Um dia sem dor é uma dádiva, uma benção, uma raridade.
Remédios caros, muito caros, absurdamente caros. Acabou o dinheiro, graças a Deus.
Faltou pagar a conta de luz e o plano de saúde; e agora, José?
Quando a gente tem saúde é tudo mais fácil: vida, família, amigos...
Quando a gente fica doente a gente incomoda, sem querer, a todos. As pessoas têm suas próprias vidas, seus próprios problemas...
E eu prefiro ficar no meu canto, me juntar às pessoas nos momentos de alegria e diversão. Ir ao cinema em grupo é muito divertido. Ir às festas italianas que acontecem todo inverno também é muito bom.
Mas sem andar?
Nem todo mundo tem paciência para esperar, para perguntar se o local tem cadeira de rodas, acesso para cadeirantes etc... 
Nem todo mundo é igual a todo mundo.
Pensei que depois de tudo o que passei e de todos os procedimentos que fiz, estaria agora livre, leve, solta e saudável para viver bem pelo resto da minha vida... Mas não aconteceu, ainda.
Às vezes penso que teria sido melhor não ter resistido ao coma e todos esses problemas não estariam acontecendo agora, mas fugir à luta nunca fez parte do meu show.
Acho que é isso. Estou cansada de lutas e batalhas, quero descansar.
É isso.



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