Mostrando postagens com marcador Senhor do Bonfim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Senhor do Bonfim. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Carne Moída de Soja

                                     



Estava na sala dos professores e a colega esquenta seu almoço trazido de casa. É mais saudável e mais barato que comer todos os dias as guloseimas vendidas na cantina da escola.
Eu achei bonita e bem soltinha a carne moída com legumes que a colega trouxe e soube que era carne moída de soja. Eu também uso essa carne, mas geralmente  a coloco no molho à bolonhesa para o macarrão, tortas salgadas e lasagna.
Na embalagem do produto dize-e para hidratar a "carne"; despejar água quente, tampar e aguardar uns dez minutos. Depois escorrer e apertar até tirar o excesso de líquido; preparar a gosto.
Tanto a carne de soja, como o leite e os outros produtos não têm um sabor propriamente gostoso, é preciso temperar bem, no caso da carne.
Cozinhei cenouras com temperos e usei cominho e pimenta do reino; gosto muito. Mamãe comprava na feira esses temperos e os usava sem moderação.
Escorri o caldo e reservei. Juntei a carne de soja diretamente da embalagem, sem hidratar, como me ensinou a colega natureba, e refoguei com azeite de oliva, molho de soja, temperos etc... Adicionei o caldo da cenoura aos poucos e só o suficiente para deixar a carne úmida, sem molhar demais. 
Cozinhei arroz branquinho, meu favorito, e fiz suco de melão com limão. Congelo pedaços de melão e depois bato no liquidificador com limão, fica parecendo aquele "smoothie" caro do "begui magui". O meu é mais barato e mais gostoso.
Jantei bem e estava tudo até que gostosinho. Não era lá uma picanha com alho, um tutu à mineira, um virado à paulista, um churrasco gaúcho, uma tapioca com queijo coalho lá de Olinda, uma acarajé da Bahia de Nosso Senhor do Bonfim... 
Pequenos excessos só aos finais de semana e eu estou doida por uma cerveja bem gelada, uma caipirinha bem docinha, uma carninha assada, uma linguicinha, uma farofinha...
É isso.






segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vatapá, Acarajé, Mungunzá, Caruru...

                                        


Além da criatividade, do drama e do exagero, outra característica marcante da minha família é a coragem.
Papai sempre dizia: "Duas coisas que eu não conheço é medo e preguiça". 
Deus tá vendo.
Bom...
Houve uma época em que Rogério saia com os amigos e voltava muito tarde da noite e nessa mesma época mamãe e a vizinhança começaram a sentir falta de peças de roupas deixadas no varal.
Ouvia-se muitos comentários e histórias sobre uma gangue liderada por uma senhora de meia idade que saía à noite para praticar pequenos delitos. 
Numa madrugada de sábado para domingo Rogério chega em casa e vai direto para ao banheiro tomar banho. Estranhamos, pois nosso irmão costumava chegar e ir direto para a cama.
Na manhã seguinte, uma tia nossa vai ao tanque de lavar de roupas e vê uma calça comprida coberta com água e estranha a cor amarelada da água e pequenos objetos não identificados a boiar em sua superfície. O cheiro também chama a atenção de nossa tia que pega a calça com as pontas dos dedos e diz: "Oxe! Isso é m...!"
A tia relata o fato ocorrido e são iniciadas investigações para identificar o misterioso cagão.
Lembramos que na noite anterior nosso irmão Rogério chegou em casa e foi direto para o banheiro tomar banho. Bingo! 
Rogério apresenta sua defesa: fora à casa de um amigo e a distinta mãe do tal amigo, que era baiana, lhe oferecera iguarias típicas da culinária regional e não habituado ao forte tempero da terra do Senhor do Bonfim, sofre um revertério estomacal. Não deu tempo para chegar ao banheiro. 
Isso nós já percebemos.
Perguntamos que comida baiana ele havia comido e não sabendo responder, enrolava dizendo: "Vatapá, acarajé, caruru, mungunzá..."
O amigo de Rogério vai à nossa casa e não deixamos escapar a oportunidade de lhe perguntar que comida baiana sua mãe dera ao nosso irmão e ele disse que não tinha comida baiana nenhuma e que comeram pizza.
Nossas investigações continuam.
Uma vizinha fofoqueira vai á nossa casa e conta à mamãe que na noite anterior a gangue da senhora contraventora fazia suas excursões pelos quintais da vizinhança quando dão de cara com um rapaz alto, magro e branquicelo. Param todos: o rapaz e a gangue.
O rapaz paralisa-se de medo e a gangue paralisada pelo elemento surpresa.
A gangue retirou-se.
O rapaz cagou-se.