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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bolsos

                             

Mais uma das minhas implicâncias...
Já falei aqui sobre moda e modismos e amo odiar certas bizarrices a que se chamam de moda, fashion, in e última moda em Paris.
Fazia minha andanças e observava as pessoas no seu vai e vem. Observo suas roupas e me chama a atenção os bolsos das calças jeans: no meio da bunda.
Fica muito estranho e parece que a calça está pesada e dá a impressão que a calça e as pernas foram encolhidas.
O cós das calças fica bem abaixo do umbigo e os bolsos traseiros ficam praticamente em cima das pernas, mostrando o cofrinho peludo dos rapazes e as banhas das moças.
Estava no consultório médico aguardando ser chamada e em "apenas" quarenta e cinco minutos de espera, pude observar os modelitos de calças com os malditos bolsos no meio da bunda. Quem inventou essa moda?
É cada coisa que inventam...
E eu continuo implicando. Sempre. Graças a Deus.
É isso.


É um belo e saudável exemplo de bolso nas pernas
                              

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

As moças e os rapazes de antigamente

                                      

Lia "Antigamente", poema de Carlos Drummond de Andrade.
Pensei comigo: "Como as coisas e as pessoas estão tão diferentes!".
Antigamente as moças andavam vestidas e o sonho dos rapazes era poder ver o tornozelo das donzelas quando elas levantavam as saias para subir escadas, entrar no carro ou dar pulinhos para evitar poças d'água.
Mostrar o braço era coisa rara e sinônimo de sedução, como no conto "A Missa do Galo" de Machado de Assis.
Hoje as moças mostram os braços, os tornozelos, a bunda, os peitos e tudo com muita personalidade! Tem que ter personalidade, é o lema atual. 
Antigamente sabia-se quem era moça solteira e quem era mulher casada, hoje está difícil saber a idade da mulherada, pois meninas impúberes vestem-se e comportam-se como mulheres e as mulheres vestem-se e comportam-se como meninas.
Assistia ao "Café Filosófico" da TV Cultura e o convidado do dia, não me lembro quem, disse algo sobre o fato de mulheres de quarenta anos se parecerem com moças de vinte anos.
Ótimo programa.
Via fotografias de São Paulo antiga e era encantadora a moda da época; homens de terno e chapéu. O jeans ainda não fazia parte do nosso vestuário.
Hoje os rapazes usam calças cujos fundilhos batem nos joelhos e o cós não fica na cintura, mas no meio da bunda. Somos obrigados a ver cofrinhos peludos e nada atraentes.
Os bolsos das calças são enormes e começam no cós e vão até quase perto das pernas, isso sem contar as malditas e horrendas calças saruel, que parecem que a pessoa usa fraldas e lembram muito os pijamas (mijões) antigos.
Bonés, tênis coloridíssimos e enormes, relógios de pulso que parecem o relógio do Faustão, correntes de fechar portão e prender pit bull são usadas no pescoço como adereço.
Isso é moda?
E os cabelos então?
São cabelos milimetricamente desarrumados. Cabelos arrepiados que parecem que o cabra ou viu fantasma ou enfiou o dedo na tomada.
Essa moda é muito difundida entre os novos artistas e cantores da atualidade: cabelos arrepiados e roupas justíssimas do tipo "mamãe tô forte".
Essas roupas tão justas não prendem a circulação? Não incomodam? Acho estranho, fica parecendo um frango vestido, sabe? Começa fininho na parte de baixo e vai alargando. 
Eu hein!
A mim incomoda só de ver!
Eu nunca vi um frango vestido, mas que parece, parece.
Acho que estou ficando velha e vendo a inocência e um certo romantismo darem lugar à malícia, à pressa, ao exibicionismo e competição.
Eu gostava mais dos tempos de antigamente.






quinta-feira, 14 de junho de 2012

Xodó

                                             


"Que falta eu sinto de um bem
que falta me faz um xodó
mas como eu não tenho ninguém
eu levo a vida assim tão só..."


Meu Paipreto cantarolava essa música que tocava no inseparável rádio de pilha; era uma composição de Dominguinhos e Anastácia cantada por Gilberto Gil.
Mãvelha lavando roupas no quintal, meu Paipreto sentado no alpendre da casa ao mesmo tempo cantarolando e observando nossas artes, mamãe trabalhando e papai em "Sum Paulo".
Curiosamente, naquela época, homens que tocassem violão e/ou usassem camisas coloridas eram tidos como vagabundos, preguiçosos, malandros.
Tio Nelson gostava de cantar, tocar violão e usar camisas coloridas, tinha uma bela voz também. Mas Paipreto achava que isso não estava certo, não combinava com um homem adulto e pai de família como era o tio e além do mais, não pegaria bem para ele ter um filho malandro e ficar falado pela cidade.
Se Paipreto visse os jovens de hoje com cabelos espetados, calças justas, coloridas e o cofrinho de fora... Vixe! 
Eram outros tempos aqueles.
Tio Nelson cantava uma música de Caymmi que sua mãe, a tia Anália, adorava:


"Eu vou pra Maracangalha eu vou
eu vou de liforme branco eu vou
eu vou de chapéu de palha eu vou
eu vou convidar Anália eu vou
se Anália não quiser ir eu vou só
eu vou só sem Anália 
mas eu vou"


Mamãe gostava de uma música do cantor Evaldo Braga que hoje é tema do comercial do carro Renault Duster e era assim:


"Sorria meu bem, 
sorria,
você hoje chora
por alguém que nunca te amou..."


E o rádio e a boa música popular brasileira sempre presentes em nossas vidas. Era uma época simples em que não existiam Internet, Redes Sociais, e-mails, Ipod, celulares e toda essa parafernália cibernética que faz com que as pessoas tenham um milhão de amigos virtuais e vivam numa solidão real.
É isso.

                                    


                                      
                                    


                                          


                                       





quarta-feira, 4 de abril de 2012

Defesa

                                              


Beatriz pegou seus dois cofres para me mostrar, mas ela me corrigiu dizendo que um cofrinho é dela e o outra é de sua mãe.
Beatriz pega as moedas do cofre da mãe junta às moedas do seu cofrinho e com a mãozinha cheia de moedas, pergunta: "Isso aqui dá para ir ao Shopping Penha comprar ovo de Páscoa?"
"Dá e sobra!".
Nos preparamos para ir ao adorado Shopping Penha de Beatriz e ela faz uma arte e eu dou-lhe um bronca; ela dá de ombros, retruca e fala que eu sou chata.
Eu falo que ela é terrível e a resposta é: "Viu? Eu sei se defender!".


                                                 
                                             















domingo, 27 de novembro de 2011

Matemática de Beatriz

                                  




Beatriz abre seu cofre para nos mostrar suas economias.
Beatriz ainda não sabe calcular valores, tem apenas 5 anos, mas sabe que a moeda de um real vale mais dos que as moedas pequenas de cinco ou dez centavos.
Ela separa as moedas de um real e diz: "Eu tenho cinco moedas de um real".
Fubá diz: "Então você tem cinco reais".
"Não, tio Fubá. Eu tenho cinco moedas de um real. Eu não tenho cinco reais"