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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sobre Livros

Ganhei de minha irmã Rosi uma tigela com esses dizeres. Amo livros, flores e gatos também!
                                 

Amo livros. É público e notório.
Estava na escola e me deparei com maravilhosos livros largados sobre a mesa de uma sala destinada à leitura. Lá se encontram também revistas e jornais, mas os "inguinórantes" pegam o jornal para usar na casinha do gato ou do cachorro e outros levam apenas a parte que contem as tirinhas e o horóscopo.
Achei interessante um livro infanto-juvenil de uma autora portuguesa, lembrou-me os livros Pollyana. Um detalhe chamou-me a atenção: foi mantido o Português de Portugal, assim como fazia José Saramago, não sendo o texto adaptado para o Português falado no Brasil.
Achei a leitura difícil e imaginei que a leitura seria ainda mais difícil para uma criança ou adolescente brasileiro. São termos e expressões usados e conhecidos em Portugal, não no Brasil. Havia palavras desconhecidas e estranhas para mim e outras palavras que têm uma conotação diferente em determinada região do Brasil.
Um outro livro parece-me bem interessante e inicio a leitura ali mesmo; é um livro sobre o papel da mulher na machista, preconceituosa e supersticiosa Idade Média. Fala sobre a primeira e única mulher papa (papisa) da História e da igreja católica.
Naturalmente a igreja católica nega a existência dessa mulher e se mantem até hoje com seus dogmas tolos, sem sentido e fora de contexto para o moderníssimo século XXI (21).
O livro a que me refiro é "Papisa Joana" de Donna Woolfolk Cross, uma autora americana.
Outros dois livros estão na fila de espera para serem lidos e também os encontrei juntos com o livro sobre a papisa. São: "A bela senhora Seidenman" do autor polonês Andrzej Szczypiorski, tradução de Henryk Siewierski, e "O Português da Gente" de Renato Basso e Rodolfo Ilari.
Ambos tratam de assuntos dos quais gosto muito, os horrores sofridos pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial e a variedade linguística no Brasil.
Tenho tantos livros para ler; tantos aguardando sua vez, mas fica difícil seguir uma certa "ordem de leitura". 
Amo livros.
Fiquei até com raiva de uma mulher que convenceu/obrigou seu marido a se desfazer de boa parte de seus amados livros. Explico.
Assistia a um programa sobre casais em crise e enquanto a maioria dos casais briga por ciúmes ou dinheiro, esse brigava por livros.
Os pombinhos se casaram e foram morar em um apartamento pequeno e, segundo a esposa, os livros não caberiam no lar doce lar deles e assim ela o fez desfazer de sua paixão maior.
Acho que não conseguiria me desfazer de meus livros, principalmente meus grandes clássicos da Literatura. Deus me livre e guarde!
E acho que se alguém gosta mesmo de alguém deve estar preparado/a para conviver/entender/respeitar os gostos e manias do outro. A não ser, claro, que essas manias sejam nocivas e aí sim requere diálogo e pensar bem antes de tomar qualquer decisão. Ou fazer besteira mesmo.
Mas no caso dos livros...
Minha moradia tem que caber meus livros... Eles entraram na minha vida primeiro.
Desculpem os mais românticos.
É isso.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Resposta

                                


Recebi e-mail com o seguinte comentário sobre postagem cujo título é "Paula Fernandes"; escrita hoje mesmo: 
"Foram atos individuais e de "crianças". E devem ser tratados como tal. Não expressam o modo de agir da Religião em questão, que é neutra em qualquer assunto referente a política e assuntos públicos".
Primeiro agradeço ao distinto leitor ou leitora pelo comentário e, segundo, discordo de seu ponto de vista; explico sob minha óptica e sempre com respeito aos que pensam diferente de mim.
Se foram atos individuais, sim, claro. De "crianças", não sei, talvez adultos infantilizados com mentalidade fraca e manipulada por quem detém o poder.
Dizer que não expressam o modo de agir da Religião? Desculpe, discordo mais uma vez.
Pois é exatamente esse o modo de agir da Religião; vociferar contra aquilo ou aqueles que são diferentes daquilo que pensam e vivem como se somente seu modo de agir fosse o correto.
Esse modo de agir não aceita e muitas vezes não respeita outras formas de religião ou crenças e investe violentamente contra elas.
Desculpe mais uma vez, mas discordo quando diz que é neutra em qualquer assunto referente à política e assuntos públicos.
A bancada evangélica é muito grande e forte em Brasília; são deputados, vereadores, senadores e afins. Nas eleições para prefeito de São Paulo havia propaganda política sendo paga e apoiada pelo Senhor Valdemiro, que apoiava um pastor de sua congregação. Isso é política.
Vejo igrejas evangélicas, seus pastores e fieis querendo curar e se dizendo capazes de "curar" gays. Desde quando homossexualismo é doença?!
Isso é assunto público, ou não?
Se a Religião, qualquer Religião, se dedicasse exclusivamente ao seu papel primordial, que é fazer o bem e ajudar o próximo, entre outros, não haveria tantos problemas e intolerância.
Mas a Religião tem se metido em assuntos públicos e se envolvido com a política desde que o mundo é mundo, haja vista a ligação entre o poderoso Clero e a Nobreza na Idade Média e a supra citada bancada evangélica em Brasília nos tempos atuais.
Não me estenderei mais, quero apenas responder ao comentário deixado e agradecer mais uma vez.
Obrigada.


                              














segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pastores, Religiões, Cura Gay... Respeito e Tolerância

Esse é pastor de verdade
                                                    

Muita chuva.
Semana que vem é Natal e em mais uma semana é Ano Novo; isso se o mundo não acabar daqui a quatro dias.
Tem maluco pra tudo.
Respeito o misticismo e até me considero uma pessoa bastante mística. Acredito na comunicação entre as pessoas e as coisas da Natureza, falo com meus gatos e acho que eles me entendem assim como os entendo. Cada miado é um dizer, um pedir, um querer.
Dou bom dia às minhas plantas e elas estão cada dia mais lindas.
Um pouco de maluquez dentro da normalidade é normal e saudável mas não me juntaria a pessoas extremamente místicas, malucas, doidas e nem me juntaria a convertedores radicais que querem fazer todo mundo seguir sua cartilha.  Na boa.
Me pergunto como pessoas com certa cultura e nível intelectual largam tudo para seguirem a um determinado pastor, guru, vidente ou seja lá o que for.
Entregam suas coisas, desfazem de seus pertences e entregam a uma suposta organização religiosa. Deus precisa de dinheiro?
Lembro com horror e preocupação os atos cometidos em nome de uma dita fé por seguidores de Jim Jones em 1978. Eu tinha onze anos quando vi pela TV reportagem sobre as ideias religiosas, a tortura física e psicológica e o suicídio coletivo incentivado por Jim Jones.
Outra tragédia semelhante aconteceu em Waco, no estado americano do Texas em 1993. 
Uma outra tragédia foi o suicídio coletivo dos integrantes do grupo Heaven´s Gate (Portão do Céu) em 1997. As pessoas diziam que esperavam um cometa e nele viajariam para um outro planeta ou galáxia.
O que leva pessoas educadas, formadas, profissionais tradicionais a largar tudo e seguir um grupo e/ou um líder? 
O que as fazem desfazer de seus bens materiais e entregar para uma igreja, associação religiosa, templo etc...?
Desde que o mundo é mundo é sabido que há charlatães, vigaristas, picaretas e outros criminosos se passando por religiosos fervorosos, mensageiros de Cristo e aplicando golpes nas pessoas. 
Por que abusam da fé alheia? Por que fieis seguem esses vigaristas e acreditam em suas palavras? O que tem por trás dessa lábia toda? Como esses vigaristas conseguem atrair e convencer os incautos de que são mensageiros de Deus na Terra e que Deus fala através dele? Por que Deus escolheria justamente esses criminosos sem vergonha para transmitir Sua mensagem?
O que torna as pessoas tão cegas a ponto de confiar, acreditar, seguir e a fazer tudo o que esses falsos profetas dizem?
A Idade Média parece repetir-se no moderno século XXI (21). O que vemos são igrejas pipocando por todos os lados e seduzindo as pessoas numa lavagem cerebral descarada. São gerados um ódio e uma intolerância contra as outras fés e religiões e aquele que pertencer a essas outras fés e religiões está devidamente condenado ao fogo eterno do inferno. Haja madeira pra queimar esse povo todo! Será necessário desmatar a Floresta Amazônica inteira! E isso é crime!
Um absurdo sem tamanho, na minha opinião, é a tal da cura gay. Desde quando ser gay é doença?!
Acredito que os curadores de gays desconhecem a História antes de Cristo. Bom, duvido que os caras tenham estudado; ler a bíblia, deturpar e manipular em benefício próprio o que está ali é bem mais fácil e lucrativo.
O Cristianismo tem 2012 anos e antes de seu surgimento haviam outras religiões, crenças e fés. Era comum na Grécia Antiga relacionamentos homossexuais e isso não era errado ou pecado. Aliás, o pecado nem existe, ele foi criado pela igreja para ameaçar, assustar e dominar os fieis.
Acredito que todo mundo tem o direito de amar quem quiser e se isso é certo ou errado não cabe a uma minoria radical e arrogante decidir!
Sou heterossexual e respeito os homossexuais assim como respeito a todas as diferenças.
Será que o povo não consegue viver sua própria vida e deixar os outros em paz vivendo suas próprias vidas também?!
Bom...
Não pretendo converter ou desconverter ninguém, pretendo apenas seguir minha fé sempre respeitando os outros e sendo igualmente respeitada.
Desconfio de algo ou alguém que se julgue certo e dono da verdade e que impões sua verdade sobre os outros. 
Temos o direito de escolher e de sermos respeitados.
O mundo seria bem melhor se o respeito e a tolerância andassem de mãos dadas com a fé. Tenhamos nossa fé, mas sem exageros.
É isso.





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pagão

                                   


Tenho lido nas redes sociais comentários de pessoas que atacam e/ou defendem as comemorações do Halloween. Os críticos e fanáticos religiosos de plantão dizem que isso é coisa do demo, que isso que aquilo.
Ignorância e intolerância são mais demoníacas.
Bom...
Dizem ainda que é um feriado estrangeiro e que deveríamos apenas divulgar, apreciar, adorar e blá, blá, blá o que é nosso. Tá. 
Quanto patriotismo. Comovente.
Esqueceram-se das relações humanas e da Aldeia Global e o quanto é interessante conhecer outras culturas?
O que me chamou a atenção foi o patriotismo desmedido e sem fundamento, pois essas mesmas pessoas que criticam o estrangeiro não percebem que usam produtos e serviços estrangeiros!
Carros, eletrodomésticos, roupas, calçados, alimentos e tantas outras coisas produzidas no estrangeiro e importadas de lá. Haja vista a Rua 25 de Março com seus produtos baratos, disputados e de qualidade duvidosa Made in China. 
Essas pessoas xenófobas disseram também que o feriado estrangeiro de Halloween é americano e é coisa de pagão. Não, não é bem assim.
O Halloween vem das antigas terras celtas que hoje compreendem a Grã Bretanha e o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e as duas Irlandas). O Halloween foi introduzido nos Estados Unidos pelos imigrantes irlandeses e é muito apreciado pelas crianças.
O termo pagão tem carga e significado pejorativos para os muito fervorosos, mas na verdade pagão ou pagã é apenas aquele que não segue a religião cristã. Ohhhhhhhh.
Há outras religiões, crenças e fés além do cristianismo, é preciso dizer para os esquecidos.
Ouvia muito dizer entre os adultos quando eu era pequena: "Tem que batizar esse menino, não pode deixar pagão. Ave Maria!"
Geralmente as crianças eram batizadas após o sétimo dia de vida e se por acaso morresse durante esse período por conta do "mal de sete dias", chamava-se o padre e batizava o anjinho, como eram chamados os bebês falecidos, para que pudessem entrar no reino dos céus.
Quem negaria abrigo a um inocente só por que não fora batizado?
Bom...
Às vezes acho perigosa essa crescente onda religiosa e me remete à Idade das Trevas na Idade Média onde tudo era pecado, proibido e do demo. O que era diferente não tinha vez nem direitos e só os detentores da verdade, sabedoria, fé e razão é que determinavam como deveria ser a vida. Ninguém ousasse a andar fora da linha ou a fogueira seria o caminho certo.
É preocupante e assustador quando uma coisa cresce muito e se espalha rapidamente como um câncer.
Sei lá, procuro respeitar a tudo e a todos, como sempre digo, mas nem todos pensam como eu.
Na boa.
Ia me esquecendo... Pagão também é o nome dado às roupinhas dos recém- nascidos.
É isso.