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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Ouro Azul

                                 


Calorão de quarenta graus; insuportável.
Muita água, muito gelo.
Muita falta d'água também!
Ficamos mais de vinte e quatro horas sem água durante esse fim de semana. Por um lado até achei bom, explico: Assim os vizinhos sem noção e sem educação não desperdiçaram o precioso líquido lavando calçada e carro; hihihi.
E o problema da falta d'água não é novo; é algo que previu-se há muito tempo mas que atitude nenhuma foi tomada. Lembro que em 2004 trabalhei em uma escola particular e já trabalhávamos com os alunos essa questão: O Futuro da Água no Mundo. Água, o ouro azul.
Os alunos fizeram pesquisas e apresentaram propostas interessantes e até óbvias, considerando o presente que naquela época era futuro: Falta d'água, poluição, desmatamento, cidades super lotadas (é junto ou separado? ainda não me adaptei a esse maldito e inútil e besta novo acordo ortográfico!).
Se, há dez anos os problemas já eram apontados, por que nada foi feito? Até a nascente do belíssimo e majestoso Rio São Francisco, o Velho Chico, secou!
Quando a humanidade aprenderá a respeitar a Mãe Natureza?
Quando a humanidade aprenderá que dinheiro compra muitas coisas e traz poder, mas dinheiro não produz água, oxigênio, vida!
E por falar em água, dia oito de outubro foi Dia do Nordestino e li muito preconceito, intolerância, racismo e idiotices contra o Nordeste e o povo nordestino: "Bem que poderiam separar o Brasil do Nordeste... Nordestino não é gente... Tomara que não chova mais no Nordeste!".
Essa última frase só pode ter saído de uma mente estúpida, tacanha e burra, pois não chove há muito tempo aqui em São Paulo e já enfrentamos o racionamento! Pensa antes de falar qualquer porcaria, criatura burra e racista!
Outras tolices que li nas redes sociais são críticas ambíguas aos eleitores do Norte e Nordeste: "Têm orgulho de ser Nordestino mas votou na Dilma, ou, Têm orgulho de ser Nordestino mas apóia o Aécio".
Peraí! Nordestinos e Nortistas são criticados ou por votarem em um ou por apoiarem outro?! Não é preciso tomar uma decisão e escolher um?! Por acaso têm outros candidatos para o segundo turno?! Tem outra opção? Talvez sejamos a tal da margem de erro...
E seguimos em frente com eleições, calorão, falta d'água e gente besta. Arre égua!
É isso.


                                        


                                         

terça-feira, 15 de julho de 2014

Andorinha

                              




Minha avó Mãevelha dizia: "Mas eu dou um valor a gente safada, sem vergonha, cara lisa!"

Gente que se faz de morta para comer o cuscuz do coveiro; gente sonsa, que se faz de besta... Detesto gente assim.
Não sei se foi a educação rígida que tive na infância ou se é parte de mim ou os dois, mas sou séria, gosto das coisas certas e não gosto de abusar, "folgar", explorar ninguém.
Mas nem todo mundo pensa ou age assim.
Também penso que, se uma coisa tem que ser feita, que seja, pelo amor de Deus!
Detesto o "deixa que eu deixo", um dia, quem sabe, talvez, blá, blá, blá...
Volto ao trabalho depois de um mês de férias antecipadas por causa da Copa e ao voltar encontro tudo como era antes: sinal quebrado, computador sem acesso à PRODESP e gente cara de pau.
Isso aqui é Brasil, oh oh...
Desde a segunda quinzena de abril usamos só um computador com acesso à PRODESP para verificar informações sobre os alunos e dali preparar documentos, fazer matrículas etc...
Desde o início do ano letivo, em vinte e sete de janeiro, o sinal não funciona e já falei com Deus e o mundo a respeito.
Providências? Nenhuma!
Falei hoje de novo sobre os problemas da escola e preocupa-me mais a situação dos computadores. Fiquei só hoje na secretaria e formou-se uma fila grande no balcão: históricos, matrículas, declarações, situação de alunos...
Quero ver quando chegar o final do ano e começar a correria para lançar notas, faltas e outras informações tanto de alunos como de professores e outros funcionários. Vamos virar a noite trabalhando para dar conta do serviço? Não contem comigo!
Fico com raiva dessa moleza, desse esperar que o outro faça, de culpar o sistema, o governo e a Gaviões da Fiel pelos problemas e mazelas do mundo!
Já foi a Copa, depois têm eleições, depois vem o Natal, ano novo, carnaval, páscoa... e nada de se resolver o que é preciso.
Com quem mais falta falar? Com o papa?! O bispo?!
Detesto essa malemolência, essa preguiça nojenta, esse marasmo desgraçado que empaca tudo e atrapalha quem quer fazer alguma coisa.
Depois dizem que o país tem que mudar para ser melhor... Não!
Quem tem que mudar somos nós!
Canso de ver posts, comentários e piadinhas de pessoas reclamando da segunda-feira, reclamando que não tem feriado próximo, que isso que aquilo. 
As pessoas só querem festa, feriado, alegria... Parecem um bando de bobos alegres querendo só se dar bem sem fazer muito esforço.
É gente que não respeita fila, vagas especiais, que não respeita os outros e o sagrado direito ao silêncio, gente que quer impor sua vontade só porque quer se divertir...
Gente que bota filho no mundo e não sabe criar e nem quer aprender; dá trabalho.
Tem hora que essa cultura, alegre até demais para meu gosto, cansa!
Ninguém precisa virar Lady ou Lord inglês, bastaria cada um fazer sua parte.
Uma andorinha só não faz verão e eu não sou andorinha!
É isso.



                                   

terça-feira, 20 de maio de 2014

Partícula

                            


O portão do estacionamento da escola agora é manual, temos empurrá-lo com as mãos tanto para abri-lo como para fecha-lo. Legal isso.
O controle, que paguei a bagatela de trinta e cinco reais, não funciona e somos obrigados a fazer exercício físico se quisermos entrar ou sair do estacionamento com nossos possantes. Legal mesmo.
Nada demais para pessoas com articulações, joelhos e coluna saudáveis. Não é o meu caso.
Já falei/perguntei a meio mundo sobre o problema, para quem tem que ligar, com quem tem que falar para vir arrumar esse bendito portão, mas...
Todo mundo é meio Lula: ninguém viu nada, ninguém ouviu nada, ninguém sabe de nada e assim caminha a humanidade. O mesmo ocorre com o relógio do sinal, que está quebrado desde o início das aulas! Já estamos indo para o segundo semestre e teremos Copa do Mundo, recesso escolar, eleições, Dia das Crianças, Natal... e nada de consertar o sinal e/ou o portão.
Parece que é hábito arraigado na cultura e no comportamento do povo brasileiro: o deixa pra depois, ninguém sabe, ninguém viu, tem que falar com fulano, sicrano e beltrano e aguardar e no fim das contas ninguém faz nada e nada se resolve!
Detesto esse comodismo, essa má vontade, esse empurra-empurra, esse "tem que estar falando com fulano, fazer o pedido e estar aguardando", inferno de incompetência e má vontade!
Detesto esse comportamento de "Lulas" preguiçosos, acomodados, cheios de má vontade e que só sabem enrolar e passar o problema para os outros!
Droga de cultura do "é assim mesmo; deixa assim mesmo", e assim mesmo ficará por todos os séculos e séculos. Amem.
Isso sem falar do enorme terreno largado ao mato e ratos que poderia ser bem melhor utilizado, principalmente com uma sala de leitura bem bacana; meu sonho.
Mas o que pode fazer uma minúscula e insignificante partícula em meio a um Universo gigantesco e infindável tomado por incompetentes?
Escrever.
É isso.



                                   

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Resposta

                                


Recebi e-mail com o seguinte comentário sobre postagem cujo título é "Paula Fernandes"; escrita hoje mesmo: 
"Foram atos individuais e de "crianças". E devem ser tratados como tal. Não expressam o modo de agir da Religião em questão, que é neutra em qualquer assunto referente a política e assuntos públicos".
Primeiro agradeço ao distinto leitor ou leitora pelo comentário e, segundo, discordo de seu ponto de vista; explico sob minha óptica e sempre com respeito aos que pensam diferente de mim.
Se foram atos individuais, sim, claro. De "crianças", não sei, talvez adultos infantilizados com mentalidade fraca e manipulada por quem detém o poder.
Dizer que não expressam o modo de agir da Religião? Desculpe, discordo mais uma vez.
Pois é exatamente esse o modo de agir da Religião; vociferar contra aquilo ou aqueles que são diferentes daquilo que pensam e vivem como se somente seu modo de agir fosse o correto.
Esse modo de agir não aceita e muitas vezes não respeita outras formas de religião ou crenças e investe violentamente contra elas.
Desculpe mais uma vez, mas discordo quando diz que é neutra em qualquer assunto referente à política e assuntos públicos.
A bancada evangélica é muito grande e forte em Brasília; são deputados, vereadores, senadores e afins. Nas eleições para prefeito de São Paulo havia propaganda política sendo paga e apoiada pelo Senhor Valdemiro, que apoiava um pastor de sua congregação. Isso é política.
Vejo igrejas evangélicas, seus pastores e fieis querendo curar e se dizendo capazes de "curar" gays. Desde quando homossexualismo é doença?!
Isso é assunto público, ou não?
Se a Religião, qualquer Religião, se dedicasse exclusivamente ao seu papel primordial, que é fazer o bem e ajudar o próximo, entre outros, não haveria tantos problemas e intolerância.
Mas a Religião tem se metido em assuntos públicos e se envolvido com a política desde que o mundo é mundo, haja vista a ligação entre o poderoso Clero e a Nobreza na Idade Média e a supra citada bancada evangélica em Brasília nos tempos atuais.
Não me estenderei mais, quero apenas responder ao comentário deixado e agradecer mais uma vez.
Obrigada.


                              














domingo, 28 de outubro de 2012

Pertencer

                                


Domingo muito quente, temperatura acima dos trinta graus, dá não.
Segundo turno das eleições para prefeito e fui votar. No primeiro turno minha seção ficou no térreo, mas nesse segundo turno tive que subir escadas.
Eu pensei que nada mudaria e eu poderia votar no mesmo lugar de antes, mas como diz meu irmão Naldão: "Si ferrei!".
Subi degrau por degrau e me apoiei na parede, não havia corrimão. A coluna e os joelhos reclamaram, doeram.
Votei e voltei para o carro e saí à procura de um lugar para almoçar, cheguei aos restaurantes lá pelas dezesseis horas mas fui informada que o local acabara de fechar e só abriria de noite, que falta de sorte. Nesse ínterim desaba uma chuva forte com ventos poderosos e furiosos. Lindo espetáculo da Natureza.
Aguardei a chuva passar para eu poder sair à procura de um lugar aberto para poder almoçar. Tenho o péssimo hábito de não comer de manhã, só tomo café preto, puro e forte.
Observei a chuva, os ventos balançando as árvores, o céu cinzento e lindo. A chuva despede-se e um sol tímido esconde-se atrás das nuvens ainda cinzentas e carregadas; que coisa linda!
Às vezes acho que não sou desse planeta, não pertenço a esse mundo. Acho que sou de outra dimensão, outro plano, outra galáxia... sei lá.
Sou sempre incompreendida, quero dizer uma coisa e tento explicar mas algumas pessoas não entendem e pensam que as estou desmerecendo ou duvidando de sua inteligência. Não é isso não.
Tenho esse hábito de explicar, acho que é pelo fato de ser professora, não tenho a intenção de chamar, pensar ou dizer que as pessoas são burras, longe disso.
Às vezes acho que caí de paraquedas nesse mundo, fui jogada aqui por acaso e à própria sorte e sempre acompanhada pela minha fiel companheira, a solidão.
Sempre fui muito responsável por coisas, pessoas e situações que não deveriam ser jogadas nos ombros de uma criança; nasci uma criança velha.
As cobranças, críticas e defeitos. Nada nunca estava bom.
As responsabilidades...
Fiz e faço quase tudo sozinha, vou pra lá e pra cá sozinha, não tenho um/a personal acompanheitor sempre à disposição... Não gosto de incomodar, atrapalhar, sou muito na minha.
Bom...
Mas eu falava da chuva, do céu e dos ventos...
Acho que não sou daqui, não pertenço a esse lugar.
Um dia irei caminhar pelas terras frias do sol da meia noite, vou com os ventos anunciar chuvas e tempestades, vou andar pelo meu Sertão, vou caminhar pela praia de mar azul, vou voltar a conviver com as coisas da Natureza, de onde devo ter saído meio sem querer e sem saber.
Acho que é isso, não sou daqui e por isso sou incompreendida.
Afasto-me e aguardo o dia de voltar para onde pertenço.
Sou normal, embora possa não parecer. 
Só estou cansada.
E a vida segue.
É isso.