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sábado, 20 de dezembro de 2014

Confraternização

                              


Almoço de confraternização na escola; muito bom.
Cheguei cedo, trabalhei normalmente até o meio dia e ainda ajudei com as decorações e afins para o evento.
Fizemos um amigo secreto de caneca e foi muito divertido. É mais prático e seguro determinar um item, como a caneca, a ter que pensar em opções para presentear. Nem todo mundo acerta no que dá e nem todo mundo gosta do que recebe e eu nunca tive muita sorte com isso.
Em um amigo secreto da outra escola onde trabalhei ganhei um blusa azul, de tecido mole, com enormes letras prateadas e muitos rasgos nas costas. Para arrematar, ainda tinha um bendita de uma corrente enfiada em um desses rasgos!
Abri o pacote toda animada, fiz cara de alegria e... "Nossa, que linda!"
Mentira! Eu deveria ganhar um Oscar por minha brilhante atuação.
Poxa vida, pensei comigo, a gente observa as pessoas, seus modos, seu jeito de ser etc, e dá para perceber que eu sou mais tradicional e nunca fui afeita a roupas coloridas demais, rasgadas demais, cheias de frescuras demais; resumindo: aquilo era blusa de periguete. Na boa.
Só faltava ter vindo com uma legging e a sandália plataforma. Deus é mais!
Depois dessa e de outras experiências traumáticas, resolvi participar de amigos secretos apenas se for definido o tal do presente: livros, CDs, canecas...
Bom...
Tivemos um almoço delicioso regado a refrigerante e outras bebidas boas. Tomei um golinho de licor de jabuticaba, depois um golinho de espumante róseo e arrematei com um café ultra doce. Eita! Fiquei meio zonza com a doçura excessiva do café e não dos golinhos alcoólicos. Bebi muita água depois.
Tivemos sorteios, brincadeiras, discursos e tudo o que envolve essas festas de confraternização.
Observei as pessoas, claro. Observei o comportamento das "panelinhas", dessa gente metida que não dá bom dia a ninguém. Claro, ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas não custa cumprimentar as pessoas; custa?
É uma questão de educação. Tem gente lá com quem meu santo não cruza, mas sempre cumprimento quando chego pela manhã.
A única coisa chata foi eu não poder circular pelo local, fazer meu próprio prato, levantar para entregar e receber minha caneca secreta e ainda ser levada até o carro por dois professores. Estou muito entrevada e dolorida.
Algumas professoras se revezavam trazendo meu prato, perguntando se eu queria isso ou aquilo... Agradeci a simpatia, a boa vontade e a paciência delas.
Eu queria ter ido ver o que tinha naquela fartura toda; eu queria ter feito meu próprio prato e, na hora das frutas, eu queria ter provado de todas mais de uma vez!
Mas apesar de tudo eu fiquei feliz porque consegui ir até o fim. Meio aos trancos e barrancos, mas eu concluí mais uma etapa!
Está cada dia mais difícil e dolorido e sinto que minha saúde está definhando.
Vou apenas esperar essa semana do Natal feliz em família e depois vou encarar os doutores de casaca branca de novo, meu Deus.
Fiquei triste e não consegui segurar nem disfarçar as lágrimas de frustração, mas ouvi palavras de apoio e conforto.
Eu queria caminhar com minhas próprias pernas. Eu queria andar sem dores, sem entrevamento e sem bengala. Eu queria fazer minha caminhada nos belos e ensolarados fins de tarde. Eu só queria ter saúde.
Os professores me agradeceram pelo trabalho, pela ajuda e ainda ouvi de um professor, que já é um senhor de idade: "Você é uma grande mulher".
Poxa vida, ganhei o dia!
Voltei para casa com meus panettones, minha caneca secreta e com um belo par de brincos que ganhei de uma professora. Voltei também com alguns gramas a mais e com sangue no meu álcool.
Ontem fui à casa da minha irmã para ficar com meus sobrinhos, mas arriei no sofá e dormi. Uma babá imperfeita.
Voltei para casa ainda cansada e fui para a cama mais cedo. Levantei, arrumei uma coisa aqui e outra ali e tudo ao passo de tartaruga manca e com artrose; ferrou!
Cuidei das orquídeas, transplantei algumas e agora vou tomar banho para tirar toda a poeira e terra que estão espalhados pelo meu corpinho acromegálico.
Amanhã continuo com a arrumação. Se as plantas me deixarem. 
Estão lindíssimas, frescas e viçosas.
É isso.


                                    




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Compras de Natal

                                

Vejo pela TV lojas de rua e shoppings lotados com pessoas doidas para gastar o décimo terceiro salário. É uma empolgação só.
Compras, gastos em excesso, animação, empolgação, filas imensas, trânsito caótico, dificuldade para estacionar, stress...
Os preços dos produtos não estão tão baratinhos assim e depois que passa essa euforia consumista natalina, os preços caem pela metade ou até mais.
Os panettones estão caros; um panettone de meio quilo da marca Bauducco custa vinte e cinco reais, mas assim que passar essa fase, pode-se comprar cinco panettones pelo preço de um! É sempre assim.
Gosto das marcas Bauducco e Visconti, eram as duas marcas que existiam na minha infância e adorava o cheiro, as frutinhas, o sabor do bolo/pão italiano.
Hoje tem uma variedade enorme de marcas e sabores, mas como sou "conservativa", prefiro o original de frutas.
Então...
Todo mundo gastando e consumindo euforicamente e quando a fantasia acabar vêm os ipês: IPVA, IPTU, IR, escola, material escolar, uniforme e uma série de outros gastos.
Eu gosto das comemorações de Natal e Ano Novo, gosto do clima natalino, das luzes, da esperança, da alegria, dos sonhos, dos projetos, das resoluções de Ano Novo, só não gosto muito dessa mania de abraçar e beijar todo mundo. Em alguns casos, é uma falsidade só, principalmente no ambiente de trabalho.
Beijo e abraços são para as pessoas que gosto, conheço, minha família e meus sobrinhos, principalmente. 
E por falar em sobrinhos... Vamos passar o dia de Natal na casa do meu irmão Rogério e lá entregaremos os presentes do "parente secreto". Somos uma família grande e com muitos sobrinhos, irmãos, cunhados/as; é gente que não acaba mais, graças a Deus.
Fazemos brincadeiras dando as dicas sobre quem tiramos e dizemos que a pessoa é parente, é da família etc e tal. São dicas óbvias, só para fazer graça.
Disse a um conhecido que só vou dar presentes de Natal após o Natal; a grana é pouca e a família é muito grande. Dá não. E o legal é que ganharão mais um presente de mais um Natal, o Natal Ortodoxo, celebrado no dia sete de janeiro. Dia seis de janeiro é Dia de Reis, os Reis Magos.
Outra solução pensada foi fazer as compras nessas lojas com artigos "ching ling" ao preço módico e um real e noventa e nove centavos.
Está difícil.
Sou apenas uma moça Latina Americana sem dinheiro no banco...


                                 

                               

sábado, 25 de agosto de 2012

Mágoa

                                          

Estava relendo os bilhetes de amigo secreto que minha professora de português me mandou. Sempre releio esses bilhetes quando estou me sentindo mal, quando a alma pesa.
Em um dos bilhetinhos a professora, Dona Ana Letícia, escreve que já é tarde e que devo estar dormindo e que meus bilhetes a fazem sentir melhor, principalmente durante uma fase de muita mágoa.
Ela também escreve que logo ficará bem e que sou muito novinha para entender de assuntos e mágoas de adultos; eu tinha treze anos na época.
Hoje estou com quarenta e cinco anos e sei muito bem o que é mágoa. Infelizmente.
As fases ruins passam, as mágoas passam
Até uva passa.