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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Produção

                                   


Já falei aqui sobre a rápida e descartável produção de celebridades atualmente.
Parece que basta a pessoa filmar qualquer coisa e lançar na Internet que em questão de tempo se transformará na mais nova sensação celebrativa. 
Semanas atrás um dos vizinhos fez uma festinha em sua casa; aliás, toda semana tem uma festinha com música pegajosa, churrasco e muito barulho.
Primeiro fui obrigada a ouvir, pelos menos umas três vezes seguidas, o inefável CD do Carrossel. 
Na boa, criança cantando é bonitinho só para os pais e familiares verem e ouvirem, já gravar discos...
Depois do Carrossel ouvi uma meia dúzia de vezes o tal do "Prepara..."
Não conhecia a dona da voz até que a vi em entrevista para Marília Gabriela. É uma moça bonita, jovem, carioca e funkeira e atende pelo nome artístico de Anitta com dois "tês".
Entendi.
Vi a entrevista e continuei ouvindo "prepara" por meio dos Gadgets dos alunos e pelo vizinho. 
Dias depois vejo a imagem dessa moça em quase todos os canais abertos e me surpreendeu vê-la na campanha do Criança Esperança.
Parece que até mesmo emissoras de TV tradicionais com a Rede Globo têm sede, fome e uma tremenda necessidade e interesse em mostrar gente que faz sucesso para aumentar os pontos de audiência.
Parece também que o padrão de qualidade dessas emissoras caiu bastante, pois basta alguém fazer sucesso na web e logo aparecerá em programas de TV.
Tive um dia estafante e muito estressante hoje e obviamente a cabeça dói. Volto para casa e ligo a TV; hoje tem CQC. Gosto do programa.
Mas eis que a ubíqua Anitta estava lá também!
Nada contra essa moça, mas me incomoda essa fome desesperada de se mostrar e ser visto e não importa o "talento" da pessoa, o que importa mesmo é que ela tenha bombado em algum veículo da mídia. 
Fama, sucesso, dinheiro, futilidade, pobreza intelectual e cultural e o povão aplaudindo.
Quando começarão a distribuir pão e vinho? O circo já está armado faz tempo!
É isso.


                                      


sábado, 6 de abril de 2013

Merenda Escolar

                              



Na minha época de escola a merenda resumia-se a café com leite ou achocolatado com uma fatia de bolo, sopa de "Bonzo" e macarronada; todos em dias alternados.
As coisas mudaram e o governo paternalista melhorou a merenda escolar. São frutas frescas, deliciosas, maravilhosas, desperdiçadas e usadas em "guerrinhas" pelos alunos, crias de uma geração idiota, mal educada, que espera que tudo caia do céu, que espera que o governo resolva tudo e dê tudo.
Uma geração que transforma a escola em um depósito de filhos problemáticos, preguiçosos, vagabundos, mal educados... Para dizer o mínimo.
Acredito que a causa desse comodismo, dessa cara de pau, dessa preguiça e de outras coisas foi a mudança radical de um sistema político castrador para um sistema mais liberal; até demais, eu diria.
Passamos de um lutar para conseguir o que se quer para um cruzar os braços, chamar a mídia, fazer cara de vítima e culpar o governo pela falta de material escolar, uniforme, leite, pelos bueiros cheios de lixos que transbordam durante as enchentes.
Como já disse aqui, na minha época não ganhávamos uniforme ou material escolar, nossos pais compravam e tinham um prazo para isso.
Era difícil para meus pais comprarem todos os uniformes e todo o material para cada um de seus seis filhos e o jeito dado foi esperar pela saída do irmão para pegar com ele o estojo com lápis, borracha, lápis de cor etc...
O uniforme do mais velho ia para o mais novo, crescíamos muito rápido e mamãe brincava dizendo que nossas calças estavam curtas iguais às do Michael Jackson. 
Hoje a vagabundagem anda livre, leve  e solta. Se esforçar pra quê, se o governo dá tudo?
Alunos mal educados, grosseiros, que falam palavrões, que mandam os professores a lugares inimagináveis à minha época de estudante.
Pais e mães que reclamam quando são chamados à escola: "Mas vocês me chamaram só por isso?!".
"Isso" significa alunos levando celulares com fotos pornográficas, alunos que ameaçam professores, alunos que ameaçam colegas, alunos que destroem a escola. Só isso.
Estudar que é bom, nem pensar.
Sentam-se em grupinhos nos fundos da sala e mostram os aplicativos de seus celulares e porcarias afins. Fones nos ouvidos e celulares nas mãos digitando freneticamente.
Uns três ou quatro interessados em aprender, mas que são atrapalhados pelo vai e vem de alunos que desfilam pela sala, que saem sem pedir autorização, outros que são de outra sala e vêm chamar os coleguinhas. Simplesmente abrem a porta e chamam o fulaninho ou a ciclaninha, isso sem pedir licença ao professor que está em sala de aula.
Voltei ao trabalho essa semana e confesso que desanimei. É dar murro em ponta de faca, é jogar pérolas aos porcos.
Bate o sinal do recreio e desce a boiada. Se não tomarmos cuidado, somos levados pela turba, é melhor esperar.
O que tem de lanche hoje? Fruta. Que m...
Começam a fazer "guerrinha" de frutas e muitos voltam para a sala de aula com o corpo roxo pelas pancadas das frutas jogadas.
Termina o recreio e lá fica o pátio coberto por maçãs, peras, goiabas, caquis, mexericas... Frutas que poderiam alimentar a quem tem fome de verdade, mas que são desperdiçadas por projetos de bandidos. Alguns já o são.
Tivemos reunião hoje e houve muita discussão sobre como atrair o aluno para a sala de aula, como identificar se o desgraçado tem problema, o que fazer para ajudá-lo e blá, blá, blá...
Uma professora sabe-tudo-dona-da-verdade-esganiçada-histérica e chata defendia com unhas e dentes os pobrezinhos dos alunos que não têm para onde ir para se divertir ou não têm nada para fazer nas horas vagas. A mulher não parava de falar! E falava alto que até doíam a cabeça e os ouvidos da gente.
Peraí, Madre Tereza de Calcutá! Não é bem assim não!
O bairro tem um núcleo que oferece vários cursos de aprendizagem para inserir o indivíduo no mercado de trabalho.
O bairro tem praças e campinhos de futebol que são depredados por esses "pobrezinhos".
Tem uma praça que foi restaurada e ficou muito bonita, mas que em pouco tempo foi destruída por esses vândalos. Tem um laguinho com peixes que são pescados por essa gentalha.
Inúmeras garrafas PET são deixadas espalhadas pela praça por grupos que fazem picknick.
Muito lixo que poderia ser reciclado mas que vai para os bueiros a entupi-los e  causar enchentes.
E os problemas se estendem assim como o bate boca do bem.
Eu sempre quis ser professora, achava lindo ser professora e me espelhava nos meus professores que tanto me inspiravam. 
Mas ali eram outros tempos, havia respeito, trabalho e compromisso.
Hoje só há comodismo, preguiça, desperdício de tempo, de material, de boa vontade, de dinheiro público...
Desanimei e não vou gastar minha pouca saúde com quem não quer nada com a vida.
Queriam que eu ficasse no sobe e desce entre as salas de aulas, recusei. Isso vai diretamente contra o que lutei tanto para conseguir, a readaptação.
Subo as escadas para ficar na biblioteca e só desço na hora de ir embora; se ficar no sobe desce serei prejudicada e sentirei as dores nas pernas, no joelho e na coluna. Ando com dificuldade e me apoiando nas paredes ou no que servir de apoio e às vezes algum professor me ajuda.
Uso bengala, mas tenho receio de ir para a escola com ela, o perigo desses alunos a pegarem e algo de errado acontecer é muito grande.
Já senti que está difícil e não vou conseguir aguentar por muito tempo. Volto para casa dolorida, cansada e desanimada.
É como um grande amor que acaba e tentar retomá-lo só piora as coisas. Acabou, acabou... O melhor é seguir em frente sozinho/a ou procurar um novo amor. 
Não estou querendo fazer a "caveira" da escola ou dos alunos ou me fazer de vítima, mas estou cansada, muito cansada.
Estão transformado o Ensino em um grande circo e os professores em palhaços tristes.
Infelizmente.

                             
                                  


                                       




terça-feira, 12 de março de 2013

Mágica

                           

Estava zapeando pelos canais da TV; há duas semanas que não assisto a novela das nove. 
Não é sempre que assisto, como já falei aqui, é só quando me da na veneta.
A novela está muito lenta, uma enrolação do caramba. Coisa chata!
A novela das sete é muito estereotipada, caótica, estranha. Tem ator e atriz inexperientes e ruins demais.
As da nove então! A personagem Theo, interpretado por Rodrigo Lombardi, está à altura de José Mayer: pega todas.
Uma hora é a loirinha desenxabida, outra hora é a insossa da Morena e futuramente é a vilã canastrona interpretada por Claudia Raia.
Aliás, Claudia Raia foi ótima em Ti Ti Ti, mas nessa novelinha besta de Gloria Perez...
Estreou a nova novela das seis e pelo jeito, é mais do mesmo: gente loira, bronzeada e de olhos claros que vive em um paraíso. As praias do Nordeste são de fato pedaços do paraíso.
O vilãozinho mequetrefe quer roubar a namorada do melhor amigo, interpretada pela caipira ruinzinha Grazie Massafera, que está muito magra e ossuda. Naturalmente, o vilão levará a melhor agora e lá no final da novela, o amigo enganado voltará e se vingará do amigo traíra. Óbvio demais.
O vilãozinho é interpretado por um "famoso quem?"; deve ser filho, namorado ou amigo de algum poderoso para estar "atuando" na novela. Só pode ser. Será mais um cigano Igor: "Dara, eu te amo". Entrou e saiu da novela falando a mesma coisa.
Mas eu falava sobre mágica...
Zapeava pelos canais e a maioria deles trazia mágicos e mágicas; coisa chata.
Não gosto de show de mágica, é sempre a mesma coisa e é tudo ilusão de óptica.
Circo, palhaço, mágico... nada disso nunca me apeteceu, principalmente se tiver shows bestas com animais.
Gosto não.
É isso.


Não gosto de palhaços, mas esse me parece mais real
                                  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Programas de TV e Apresentadores

                               

Aguardava no consultório do gastroenterologista e a TV estava ligada no Programa da Tarde da Record.
Não podia fazer nada, eu não podia mudar de canal e o jeito foi assistir aquilo.
Um sujeito que atendia pela singela alcunha de "Cachaça" tinha que colocar a mão em recipientes com ratos, baratas, sapos e uma imitação plástica de cactus; o objetivo dessa brincadeira besta era a de adivinhar qual o animal tocado e ganhar prêmios.
A TV Record vive de celebridades de categoria e gosto duvidosos.
É claro que detestei essa estupidez, os animais estavam agoniados dentro daquele cubículo e os sapos pulavam desesperadamente tentando sair daquele sufoco.
Odeio brincadeiras, shows, pseudo esportes e outras tolices com animais. Odeio circos que usam animais, odeio rodeio, odeio rinhas, odeio humanos idiotas que acham essa violência descabida divertida e ainda têm a cara de pau de chamar isso de esporte.
Depois dessa brincadeira ridícula o "famoso quem" Cachaça encara outra prova pior ainda: passar algumas horas agradáveis com uma dupla sertaneja (não me perguntem o nome, para mim, são todos iguais). Jogam tênis, fazem churrasco e cantam. Jesus Maria José!
O detalhe sórdido é que esse rapaz com pseudônimo de bebida etílica está acompanhado por uma moça usando um micro vestido. Precisava mesmo?
Finalmente o médico me chama, graças a Deus, e não sei nem quero saber como a brincadeira/prova estúpida acabou.
Volto para casa, faço minhas coisas, assisto a Criminal Minds e lá pelas dez e meia da noite eu mudo de canal e coloco na Band. O programa anunciado seria ótimo se não fosse apresentado pelo super-hiper-ultra-mega-plus arrogante Danilo Gentili e o comportamento desrespeitoso e vulgar de alguns convidados. Esse moço, Danilo Gentili,  se acha O apresentador, O humorista, O cara. Precisa comer mais arroz com feijão e engrossar a voz para chegar ao nível de uma Marília Gabriela ou um Jô Soares. Desculpa aí.
A ideia original do programa era realmente muito boa e consistia em associar dicas e imagens para descobrir quais fatos que marcaram o ano estavam se referindo. 
Obviamente, havia duas mulheres seminuas e rebolativas. Acho que não precisava, mas estamos no Brasil e peitos e bundas dão IBOPE.
Houve muitos palavrões, ofensas e baixarias para um horário relativamente cedo. Nessa época de férias e festas de fim de ano as pessoas vão para a cama mais tarde e assistem aos especiais da TV.
O ex jogador Neto fala palavrões sem pensar, chamou o Denilson de burro e animal. É aquilo que eu já disse em outra postagem: dinheiro não faz a pessoa mais educada. Tem muito novo rico deslumbrado que só sabe do ó porque senta em cima, já diria meu linguarudo avô Paipreto.
Acho que estão abusando dos palavrões na programação da TV brasileira; até mesmo o CQC abusa, acredito eu em minha humilde opinião.
Mas de tudo isso o que mais me incomodou mesmo foi a situação dos animais no Programa da Tarde. Os bichos estavam agoniados. 
Por que não colocam o pai, a mãe, a avó, sogra, filhos e toda a parentada em cubículos sufocantes e pedem para um animal tocá-los, de preferência um porco espinho,  e pedir para adivinhar que espécie são.
Se fizessem isso, lá viria Os Direitos Humanos...
Está difícil assistir TV, não à toa os canais a cabo estão bombando, como dizem os jovens. Nem precisa perguntar por quê.
É isso.

                           

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Rodeio

                                           

Odeio rodeio.
Que me perdoem aqueles que vestem calças justíssimas, cintos com fivelas enormes, botas de couro de jacaré, camisa xadrez e chapéu. Até aí tudo bem, ou quase.
Se o cabra quiser amassar as coisinhas vestindo calças tão justas que se ele soltar um pum, a calça pode explodir, problema dele.
Se o camarada quiser usar visual cowboy, tudo bem.
Só não concordo em matar animais para fazer roupas, calçados e acessórios.
Não concordo em abusar, maltratar, ferir e matar animais em nome de diversão. Qual é a graça em ver um bicho inocente sofrer?!
E ainda chamam isso de esporte?!
Rinhas (brigas) de galo, cães e outros animais. Isso é divertido?
Animais brigando até a morte. Pelo amor de Deus, qual é a graça nisso?!
Vou radicalizar: então coloquem para brigar até a morte os parentes dos abestados que promovem essa bestialidade a que chamam de esporte ou diversão. Que tal?
Coloquem um abestado de quatro, amarrem seus testículos e o soltem na arena com outro abestado montado. Que tal?
Os defensores dessa barbaridade chamada rodeio alegam que o boi (touro?) não sofre. Não?
Mas por que o bicho pula tanto? É de alegria por participar do rodeio e fazer alegria de abestados que vão lá para exibir suas roupinhas caras de cowboy e cowgirl da cidade?
Também não gosto de circo e não gosto de shows feitos por animais. 
Não vejo graça em fazer um bicho pular por um aro de fogo, andar em duas patas, pular, saltar, fazer gracinhas sem graça. Imagine o estresse e a agonia do pobre animal.
O pior de todos os animais é o bicho homem, oh raça!
Essa porcaria de rodeio movimenta milhões e atrai babacas ricos de todos os cantos. É gente vestida em roupas caras e iguais e cantando e dançando ao som de música de duplas sertanojo que também faturam milhões. E o boi (touro) do rodeio, fatura quanto?
Rodeio, circo, touradas, rinhas... Tudo criado pelo bicho mais besta que é o homem.
Eu sempre assisto ao programa A Liga, mas hoje não assistirei. Hoje irão falar sobre rodeio. Não dá.
Vou ler.
É isso.

É isso que eu gostaria de ver os animais fazendo com humanos que os maltratam