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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pipas

                                 


Antes chamávamos pipa de papagaio, mas hoje é só pipa mesmo.
Os fios dos postes da rua estão cheios de linha, rabiola, pipas quebrados e as malditas pedras amarradas em linha, o famoso "réo-réo". Acho que é assim que se escreve. Sei lá.
Semana passada escuto barulhinhos vindos das telhas e logo imagino quem possa ser o causador da chata sonoridade: o doce e inocente menino vizinho. Óbvio!
Abro a porta e ele corre e se encosta no portão do vizinho, quando não se esconde atrás do carro do pai. Moleque sem caráter!
Estavam ele e um moleque bobão jogando essas pedras presas à linha na tentativa de pegar pipas presos aos fios de alta tensão. Dei-lhe uma bronca, o pai omisso não gostou e ainda me olhou feio.
No dia seguinte escuto outro barulho e vejo o mesmo doce e inocente menino acompanhado de outro amigo endiabrado, só que dessa vez eles haviam amarrado uma casca de banana no lugar da pedra.
Ficam na rua, olhando para cima, correndo sem prestar atenção em volta, sem tomar cuidado com os carros e tudo isso por causa de um pipa. Um dia isso ainda vai dar m...
Sábado houve queda de energia, mas voltou alguns segundos depois, menos aqui em casa. Só tinha uma fase e só as lâmpadas acendiam, mas as tomadas não tinham corrente. Fiquei sem TV, chuveiro, geladeira por mais de vinte e quatro horas. 
Liguei para a AES Eletropaulo e os técnicos chegaram por voltas das três da tarde de ontem e se puseram a trabalhar. Sinalizaram a rua, isolaram a área de trabalho e pediram para os doces e inocentes moleques se afastarem dali, mas ignoraram e continuaram a empinar seus malditos pipas. Um choque seria bem vindo numa hora dessa, Deus me perdoe!
O trabalho dos técnicos terminou só às oito da noite e tiveram que derrubar o fio para consertá-lo; havia vários cortes feitos com o cerol das linhas de pipa.
No carro da AES Eletropaulo tinha os seguintes dizeres: "Não empine pipas perto da rede elétrica. Cuidado: A rede elétrica pode matar!"
Mas até agora nenhum desses moleques morreu, nem mesmo um choquinho básico só para assustar. Deus me perdoe.
Essa rua parece que tem doce e atrai moleques sabe-se lá de onde! Quando não é pipa é futebol. Bloqueiam a rua com cones, correm pela rua sem prestar atenção, xingam quando alguém passa de carro, falam palavrões, lançam olhares ameaçadores... É um terror!
Se falamos com os pais, são crianças. Se chamamos a polícia, são "de menor".
E agora, José?
Não temos nem o sagrado direito de tirar ou guardar o carro na garagem porque os infames xingam se interrompemos seu futebol ou se buzinamos para que saiam do meio da rua. Imagina só se alguém atropela um diabo desses!
Muitos motoristas passam em alta velocidade e os xingam, mas a molecada xinga muito mais. É um festival de palavrões cabeludos.
O vizinho reclamou e um deles o mandou...
Mas esse desassossego todo tem um causador, é o pequeno, franzino, mal criado, desrespeitador, cínico, cara de pau, super protegido moleque vizinho. Esse é o cão figurado em gente, como dizia mamãe. Ele atrai a molecada do bairro todo, que apronta das suas e depois volta para o aconchego de seus lares e nós, os pobres vizinhos que querem sossego é que arcamos com o prejuízo.
Bom...
O fio foi consertado e a energia elétrica foi restabelecida em minha humilde residência. Hoje pude ouvir o bom e velho Rock 'n' Roll e comemorar meio tardiamente o Dia Mundial do Rock, que foi sábado, dia treze de julho.
É isso.


                                    

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Antissocial

                              



É sabido, e bem sabido, que as aparências enganam, mas mesmo assim, somos sempre levados por elas.
Eu, desde pequena, sempre tive a "fama" de ser antissocial, tímida, bicho do mato e outras definições semelhantes. E vendo por essa óptica, tem-se a impressão que sou isolada, fechada, que não falo com ninguém, que não interajo etc e tal.
Mas eu não sou assim.
Todos estamos sujeitos a julgamentos errôneos, e como!
Acho que já falei sobre isso aqui, mas retomo, é necessário... para mim.
Eu não gosto de exageros, forçação de barra, fingir aquilo que não sou para parecer aquilo que não sou. 
Falo com todos os que estiverem à minha volta, cumprimento a todos educadamente, não falo palavrões à toa, não ofendo, não forço a barra, não faço barraco, não lavo roupa suja em público ou pela Internet. 
Na grande maioria das vezes me tranco em mim mesma e me afasto. Simples assim.
Acho que não sou tão antissocial assim, acho que sou educada.
As aparências enganam.
É isso.


                                  

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Programas de TV e Apresentadores

                               

Aguardava no consultório do gastroenterologista e a TV estava ligada no Programa da Tarde da Record.
Não podia fazer nada, eu não podia mudar de canal e o jeito foi assistir aquilo.
Um sujeito que atendia pela singela alcunha de "Cachaça" tinha que colocar a mão em recipientes com ratos, baratas, sapos e uma imitação plástica de cactus; o objetivo dessa brincadeira besta era a de adivinhar qual o animal tocado e ganhar prêmios.
A TV Record vive de celebridades de categoria e gosto duvidosos.
É claro que detestei essa estupidez, os animais estavam agoniados dentro daquele cubículo e os sapos pulavam desesperadamente tentando sair daquele sufoco.
Odeio brincadeiras, shows, pseudo esportes e outras tolices com animais. Odeio circos que usam animais, odeio rodeio, odeio rinhas, odeio humanos idiotas que acham essa violência descabida divertida e ainda têm a cara de pau de chamar isso de esporte.
Depois dessa brincadeira ridícula o "famoso quem" Cachaça encara outra prova pior ainda: passar algumas horas agradáveis com uma dupla sertaneja (não me perguntem o nome, para mim, são todos iguais). Jogam tênis, fazem churrasco e cantam. Jesus Maria José!
O detalhe sórdido é que esse rapaz com pseudônimo de bebida etílica está acompanhado por uma moça usando um micro vestido. Precisava mesmo?
Finalmente o médico me chama, graças a Deus, e não sei nem quero saber como a brincadeira/prova estúpida acabou.
Volto para casa, faço minhas coisas, assisto a Criminal Minds e lá pelas dez e meia da noite eu mudo de canal e coloco na Band. O programa anunciado seria ótimo se não fosse apresentado pelo super-hiper-ultra-mega-plus arrogante Danilo Gentili e o comportamento desrespeitoso e vulgar de alguns convidados. Esse moço, Danilo Gentili,  se acha O apresentador, O humorista, O cara. Precisa comer mais arroz com feijão e engrossar a voz para chegar ao nível de uma Marília Gabriela ou um Jô Soares. Desculpa aí.
A ideia original do programa era realmente muito boa e consistia em associar dicas e imagens para descobrir quais fatos que marcaram o ano estavam se referindo. 
Obviamente, havia duas mulheres seminuas e rebolativas. Acho que não precisava, mas estamos no Brasil e peitos e bundas dão IBOPE.
Houve muitos palavrões, ofensas e baixarias para um horário relativamente cedo. Nessa época de férias e festas de fim de ano as pessoas vão para a cama mais tarde e assistem aos especiais da TV.
O ex jogador Neto fala palavrões sem pensar, chamou o Denilson de burro e animal. É aquilo que eu já disse em outra postagem: dinheiro não faz a pessoa mais educada. Tem muito novo rico deslumbrado que só sabe do ó porque senta em cima, já diria meu linguarudo avô Paipreto.
Acho que estão abusando dos palavrões na programação da TV brasileira; até mesmo o CQC abusa, acredito eu em minha humilde opinião.
Mas de tudo isso o que mais me incomodou mesmo foi a situação dos animais no Programa da Tarde. Os bichos estavam agoniados. 
Por que não colocam o pai, a mãe, a avó, sogra, filhos e toda a parentada em cubículos sufocantes e pedem para um animal tocá-los, de preferência um porco espinho,  e pedir para adivinhar que espécie são.
Se fizessem isso, lá viria Os Direitos Humanos...
Está difícil assistir TV, não à toa os canais a cabo estão bombando, como dizem os jovens. Nem precisa perguntar por quê.
É isso.