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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Pé de Galinha

                              


Tocam a campainha e vou ver quem é. Olho pela portinhola, ou janelinha, que tem na porta e que me dá certa segurança, pois não preciso abrir a porta para poder ver quem é.
Torço para que não seja os mesmos grupos religiosos que nos incomodam aos domingos pela manhã.
Respeito a tudo e a todos e tenho minha fé, mas não saio de porta em porta incomodando ninguém e tentando atrair as pessoas para aquilo que eu acho o mais correto (em termos religiosos). O que é correto para mim poder não ser para os outros. Na boa.
Bom...
Mas é dia de semana e vejo duas simpáticas moças com um carrinho da Yakult. Passarão aqui na rua e imediações todas as quintas-feiras; que bom!
Fiz a ficha cadastral e comprei alimentos à base de soja e/ou com baixa lactose. Não posso dizer que são deliciosos, mas são saudáveis.
Delicioso mesmo é o churrasco bem preparado pelo meu cunhado Pepê, uma farofinha com bacon e linguiça portuguesa e uma cerveja estupidamente gelada! Isso sem contar a sobremesa!
A gente não tem jeito não, diria mamãe.
As moças me oferecem um produto destinado a mulheres e que contêm suprimentos necessários à saúde feminina: cálcio para os ossos, ferro e outros. 
Comprei para experimentar e me interessou a parte que contem ferro; bem melhor tomar ferro dessa forma a tomar injeções na buzanfa.
Como é praxe e cultural, as moças me deram dicas de como amenizar as dores articulares, principalmente nos joelhos gordos, fofos e inchados: pés de galinha cozidos até o ponto de derreter e virar uma geleia. Nunca!
Esquentar folha de mamona e colocar sobre o joelho. Aí sim; papai fazia isso com outras ervas e as colocava sobre minha testa quando eu tinha as terríveis dores de cabeça.
Houve uma época em que mamãe comprava muita galinha viva e minha irmã Renata adorava comer os pés das penosas e dizia que era "a mão da galinha".
Agradeço e passo. Fico com os alimentos probióticos e o churrasco do meu cunhado.
Vou procurar a folha da mamona nesse meu Santo São Paulo de asfalto e cimento.
É isso.



                                     

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Andanças

Rafaela
                                         

Ontem bati os quatro cantos do mundo, andei mais que "tiradô de esprito", como dizia mamãe. Fui ao laboratório fazer exames, fui ao ortopedista, voltei ao laboratório para a segunda parte dos exames, fui à clínica veterinária para buscar o laudo médico de Aurora e depois fui ao Pet Center da Marginal para comprar a ração da gataiada. Ufa!
Aurora está se recuperando bem, graças a Deus.
Ainda passei na lojinha do meu irmão Fubá e beijei muito as pernas e os braços roliços de Rafaela, que está cada dia mais linda.
Adoro meus sobrinhos mas tenho queda maior pelas sobrinhas; meu cunhado Pepê havia notado isso. Acho que é porque eu quis tanto ter minha própria filha, Mariana, mas como ela não veio, eu "babo" nas sobrinhas. É uma forma de compensação.
Bom...
Saí de casa bem cedinho e a chuva que caíra no alvorecer dava um clima natalino ao dia. Sei explicar não, só sei sentir.
Subi pela Rua Tuiuti e admirei os eucaliptos do Parque do Piqueri molhados de chuva; lembrei do perfume exalado por eles. Borboletas coloridas passeavam pra lá e pra cá, um espetáculo de dança. 
Passo pela Melo Peixoto e observo a relva coberta de pequenas flores amarelas; lindo.
Jacarandás e Ipês floridos, lindos. O roxo das flores do jacarandá mimoso contrastava com o cinza do céu chuvoso. Das paineiras começam a brotar folhas novas e em breve teremos o espetáculo de suas flores róseas.
Então...
Fui ao ortopedista e levei exames pedidos pelos outros médicos; mudei de convênio, como já citei.
Cheguei ao local e de cara não gostei da desorganização das recepcionistas, era um "Toma lá da cá dos infernos"; cada uma que pegasse um documento, uma ficha; um caos. Pensei comigo: "Se eu não gostar do médico não volto mais aqui, muita bagunça".
Aguardo ser chamada e observo o teto decorado com gesso trabalhado em desenhos elegantes e antigos. O consultório fica em uma "casona" bonita no Tatuapé; casa antiga dos tempos em que prédio era coisa rara na região e só tinha no centro da cidade, mas hoje a ZL está invadida por prédios lindos e novinhos em folha. Prefiro casa.
O médico me chama e faço um breve relato do meu histórico: acromegalia, cirurgias, hipertensão, artrodese.... O doutor foi bem simpático, direto, sincero e papo reto, bem ao contrário do médico caminhoneiro e do médico galã. 
Ele leu os laudos dos exames e disse: "Palavras bonitas e difíceis mas que se resumem a um único problema: artrose". Gostei do cara, meu.
O doutor ortopedista foi muito claro e não usou de metáforas para explicar o caso; gosto assim. Ele disse que o remédio que atualmente tomo para controle da artrose está aumentando minha pressão; por isso que essa infame não sai do 17x11 de jeito nenhum! Os anti-inflamatórios aumentam a pressão.
Ele mudou para um medicamento mais leve e disse que devo fazer hidroginástica e fisioterapia pelo resto da vida. Já estou ficando "véinha" e com o avançar da idade o entrevamento das juntas só piora. A fisioterapia é processo longo e lento mas as melhorias são para sempre. 
O ortopedista ainda fez piadinha: "Evite chás e ervas do 'Tio João', se erva fosse boa, vaca não ficaria doente". Rimos.
O doutor tem pacientes mais idosas que adoram um chazinho e uma ervinha, no bom sentido, claro. Sabe essas pessoas que adoram simpatias, chazinhos e garrafadas e outras gororobas indicadas por "entendidos"? Tem sempre alguém que conhece alguém que tem problema igualzinho o nosso e que fez isso ou tomou aquilo e melhorou! Nossa!
Sou meio cética com essas e outras coisas, embora respeite.
É isso.
Voltarei.