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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Cadeira

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Tarde bonita de sol; frio.
Noites mal dormidas, música alta madrugada adentro, vizinhos tagarelas e pressão alta. Combinação incômoda. 
Antes a pressão desembestava uma vez por semana ou a cada quinze dias, mas ultimamente tem estado alta todos os dias. Tontura, mal estar, o habitual soco na nuca e as luzes piscantes.
Fui para a cama ontem por volta das sete e meia da noite; sentia-me muito mal. Tomei os remédios e dormi pesadamente até as dez; acordei com a tagarelice do vizinho. Teve o dia todo para falar, tem que ser agora?!
Era quase uma manhã e esse homem não calava a boca de jeito nenhum!
Levantei, fui ao banheiro, coloquei mais ração para os gatos e voltei para a cama. Senti fome, mas tive receio de comer e depois passar mal de novo: tive dores fortes no estômago e doía mesmo!
No início da semana tive uma dor de cabeça meio estranha; me deitei e quando fui me levantar para pegar a garrafa d'água, senti uma dor absurda e brutal: era como se a pele, carne e músculos da minha cabeça e rosto fossem arrancados, deixando só os ossos. Que sensação horrível!
Medi a pressão e lá estava: 186x125 (18x12).
Duas horas da manhã: Funk de um lado, forró do outro; vizinho tagarelando e a cabeça explodindo. Na manhã seguinte, tocam música religiosa falando de amor, perdão, o cacete. "Si ferrá!".
Mas, para honra e glória do Senhor, um transformador explode e ficamos sem energia elétrica, graças a Deus. Uma trégua nas musiquinhas religiosas, infantis, sertanejo universitário, pagode, rap e afins. Silêncio!
Sentei-me lá fora com minha Rosinha no colo e um livro nas mãos; belíssima tarde dourada e fria.
Começa a escurecer e procuro velas e fósforos, mas a energia voltou e a vida barulhenta voltou ao normal.
É isso.



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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia dos Enamorados.

                                Resultado de imagem para dia dos namorado


Frio. Cinza. Garoa. A cara de São Paulo.
Levantei cedo; gosto de assistir aos telejornais matinais. O barulho da rua: carros, caminhões, pessoas...
Adormeci.
Acordo com o habitual "soco" na nuca: pressão alta. A cabeça latejava tanto.
Tomei os remédios, fiz café e pensei em fazer as pequenas coisas que faço pela casa, mas não deu. Os remédios me "derrubam" e achei melhor voltar para a cama. Voltei.
Adormeci e acordei com tanta fome. Tomei um banho antes; eu estava encharcada de suor.
Preparei algo para comer e depois liguei a TV. Dia dos namorados hoje e amanhã é dia de Santo Antonio. O santo sofre!
Acho que deveria ser o Dia dos Enamorados, combina mais.
Estou meio mole; efeito dos remédios, das noites mal dormidas, das preocupações, frustrações... coisas da vida.
Quero algo doce. Sempre quero, principalmente depois de comer algo salgado.
Dia dos enamorados...
É isso.



                             Resultado de imagem para enamorado



                            


                                       

segunda-feira, 16 de março de 2015

Aconchego

                                  Resultado de imagem para na cama com chuva



Levantei bem animada ontem e fiz algumas coisas pela casa; fiz até bolo de chocolate. Delícia.
E como era de se esperar, fiquei moída e com os pés inchados e doloridos. Normal.
Fui para a cama e medi a pressão antes, sentia uma dor de cabeça bem chatinha. Tomei os remédios e me deitei. Acordei de madrugada com uma dor de cabeça absurda, meu Deus!
A pressão estava controlada, então o motivo era outro.
Levantei e tomei um remédio próprio para essas dores de cabeça mais fortes e que me incomodam desde que eu era pequena. Deram um tempo, mas agora parece que voltam aos poucos e bem terríveis.
Esperei o barulhão matinal passar: manobras dos caminhões, motores ligados, buzinaço da van que leva e traz o menino da vizinha, caminhão do lixo...
Adormeci com Branca e Ébano Nêgo Lindo ao meu lado; eles sabem quando eu não estou bem.
Acordei depois me sentindo melhor, graças a Deus. Liguei para a casa de ração e pedi o "de sempre": ração seca, areia sanitária e alguns sachês de ração molhada nos sabores carne e atum. Detestam frango; acho que aprenderam comigo.
O céu fica escuro e desaba um fortíssimo temporal. Junto com a chuva vem o entregador e o jeito foi esperar um pouco.
Gataiada alimentada, dor amenizada e uma vontade imensa de tomar café. Consegui o feito inédito de ficar mais de três dias sem tomar o precioso líquido.
Mais um dia chuvoso que finda. Será que essa chuva toda vai resolver o problema da falta d'água de São Paulo?
Alice deita-se toda molhada no meu colo e agora dorme. A cobri com o velho e puído cobertor azul que ela tanto gosta.
Gatos adoram caixas de papelão e paninhos; isso os fazem sentir aconchegados.
É isso.



                                    Resultado de imagem para deitar com gatos

                                         


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Hoje não

                                   


Fui para a cama mais cedo ontem; estava cansada e dolorida.
As dores vêm mais fortes horas depois do tombo, é sempre assim e com todo mundo. Não sentimos muito na hora, mas depois dói até a alma.
Desliguei a TV e estranhei o silêncio inesperado e misturado à uma certa solidão, melancolia e outros sentimentos.
Não tinha bebê se esgoelando para chamar a atenção da mãe fria; não tinha vizinho tagarela, não tinha molecada na rua... Que bom, meu Deus!
Tentei ler, já que ainda era cedo para dormir, mas o cansaço me derrubou.
Noite fria e a gataiada disputado o cantinho mais quente perto de mim. Adormecemos.
Fui acordada por volta das sete horas da manhã com barulho de martelos, máquinas de lavar carros, quintais... Com vizinhos discutindo, falando alto, reclamando um do outro e do que foi ou não foi feito. Humanos, demasiado humanos.
Acordei com a ubíqua dor na nuca e a pressão estava alta, como sempre. Tomei os remédios e dei uma cochilada, mas sou acordada pela campainha que toca, pelos gritos dos vizinhos que ainda discutem e pela cantoria desafinada da outra vizinha. A devota senhora cantava música religiosa. Só Jesus na causa!
Levantei, era o jeito.
Gataiada brincando de pega-pega e esconde-esconde e arranhando o sofá.
Telefone que toca, campainha também: mais um entregador.
Água que acaba e a roupa será lavada amanhã.
Vizinho tagarela falando, falando, falando... Fala mais que o homem da cobra, diria mamãe.
Não, hoje não dá. Dói-me até a alma.
Café, gatos, livros e Rock 'n' Roll.
É isso.



                                   


                                   


                                 



domingo, 30 de novembro de 2014

Desafio

                               


Domingo cinzento; nem calor nem frio.
Gatos alimentados e meu café tomado.
Trabalhei bastante pela casa ontem e o joelho direito doeu muito. Usei um forte produto de limpeza que contem muito cloro e agora estou espirrando bastante.
Fui ao bingo na casa da minha irmã e foi divertido, como sempre.
Voltei para casa e senti um enjoo e tontura: "Mas o que foi que comi?". Era a pressão que estava alta e dessa vez não senti o habitual "soco" na nuca; novos sintomas.
Falta pouco para o fim do ano letivo, vai até dia dezoito de dezembro, e depois vou voltar à rotina de médicos, exames, consultas etc...
Quero concluir esse ano, prometi a mim mesma, e vou conseguir. Auto desafio lançado, aceito e perto de ser concluído.
Bom...
Vou ficar de boa hoje, como dizem os alunos. Vou replantar a mudinha de cróton e o milho. Estavam tão verdinhas, mas Ébano Nêgo Lindo deitou-se sobre elas com seus mais de cinco quilos.
Melhor fazer um jardim suspenso.
É isso
.


                                      

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Borbulhante

                                


Uma semana de dor de cabeça.
Fui deitar mais cedo ontem e fui acordada pelo ubíquo "soco" na nuca. Parecia ter algo se mexendo e borbulhando dentro da minha cabeça. Era um pouco antes das quatro horas da manhã.
Levantei e medi a pressão: 18x12. Tomei os remédios e voltei a me deitar. O relógio despertou mas eu continuei na cama.
Adormeci sob o efeito dos remédios e acordei por volta das sete horas da manhã. Liguei para a escola e avisei que não iria hoje, não tinha condições.
Fui para a sala, liguei a TV e me deitei no sofá; adormeci mais uma vez ao som monótono e enfadonho da voz de Ana Maria Braga. Sempre funciona!
Adormeci pesadamente e acordei ao meio dia. Dormi tudo isso?!
Dormir intercalado, sono cortado e interrompido é minha rotina desde sempre.
Acordei cansada e com muita fome. Fiz café, comi bolacha e mamão. Adoro frutas.
Pretendia fazer algumas coisas pela casa, mas só cuidei dos gatos e coloquei o lixo lá fora. E me cansei ainda mais só com isso.
Pretendia lavar a roupa que não lavei sábado, mas a água acabou mais cedo hoje.
Continuo cansada e com a cabeça pululante, saltitante, borbulhante....
É isso.



                                        

sábado, 18 de outubro de 2014

De frente fria a sucos

                               


E o calor continua...
Dizem que vem uma frente fria e tomara que seja frente, atrás e todos os lados muito fria, Amem.
Dá vontade de dar uma porrada quando a pessoa fala que adora o Sol, o calor, quando está quente...Vai pro inferno então!
Calor demais me irrita; não consigo dormir direito, os pernilongos azucrinam com seu zunido chato, as pessoas ficam até mais tarde na rua fazendo barulho...É uma coisa linda!
Li até as duas horas da manhã e me levantei às cinco para tomar o remédio da pressão, que me acordou com seus "socos" habituais. O remédio dá um soninho e pensei que conseguiria dormir pelo menos por umas três horas, mas só que não!
Antes das oito horas da manhã sou acordada pelas músicas do Patati Patatá, Balão Mágico & Cia; que saco! O menino de pouco mais de um ano já domina, falei sobre isso aqui, e aprendeu a ligar e a aumentar o volume do aparelho de som. E os pais? O pai acha graça e mãe grita com o pai, com o filho, Espírito Santo, com a cachorra...
Impossível conciliar o sono antes da uma hora da manhã; os vizinhos do outro lado adoram conversar até altas horas. Ferrou!
Levantei e segui com minha rotina habitual de cuidar dos gatos, trocar areia, colocar ração... Pretendia fazer muitas coisas pela casa, mas me canso muito fácil e rapidamente e deitei um pouco, mas... A molecada do outro vizinho tocava Rap para todo mundo ouvir.
Assisti TV, depois me sentei lá fora com Rosinha no colo e apreciei os gatos brincando entre e com as plantas, são tão lindos.
Tomei suco e comi frutas o dia todo e agora estou com fome de alimento salgado. E por falar em suco, como são extremamente doces os sucos e refrigerantes! 
Gosto de doce, mas não exagerado. Coloquei bastante gelo para diluir porque estava doce e enjoativo demais. Quanto açúcar colocam nesses produtos?
Vou bater limão com gengibre e adoçar ao meu gosto.
É isso.



                                        


                                         

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Mas...

                                 


Ando muito cansada, dolorida e entrevada e como se não bastasse, a pressão estava alta hoje.
Não fui trabalhar; me levantei cedo, como de costume, mas me senti muito mal e voltei para a cama para um cochilo de uns dez minutos... adormeci.
Inventei de lavar a garagem com baldes com a água da máquina de lavar, OK. Salvo o planeta mas ferro meus ossos, coluna e joelhos.
Dores somadas à pressão alta derrubam qualquer um. Passei o dia medindo a pressão a cada hora até a bendita baixar a níveis toleráveis. 
Tomei os remédios e fiquei em casa. Cozinhei arroz e feijão e preparei uma saladinha de repolho com tomate; adoro legumes, verduras e frutas. Devorei um melão inteirinho! Estava tão doce e suculento.
Volto ao trabalho amanhã e decidi não me prejudicar em prol dos outros; não é justo. Tenho ficado nervosa e aí a pressão sobe e, como diziam meus antigos: "Tu morre e as coisas ficam".
Ficam coisas e pessoas. Pessoas folgadas, sonsas, cara de pau, que não aprendem algo novo não por burrice ou incompetência, mas por esperteza mesmo. Ninguém pedirá que façam algo que não sabem fazer. Essa é a lógica dessa gente que pensa assim.
Já cansei de me estressar com situações, coisas e pessoas que não estão preocupadas com nada nem ninguém. Já cansei de relatar os problemas, sugerir, opinar, mas...
Fica tudo no mas. Mas isso, mas aquilo...
Mas nem vou falar do sinal quebrado e do terreno tomado por ratos e mato.
É isso.


                                  

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ópio

                                 


Não estou me sentindo muito bem; pressão sempre alta e dores incapacitantes nos ossos e articulações.
Precisei tomar um opiáceo, remédio à base de ópio. Só tomo remédios fortes quando as dores estão insuportáveis.
Tive dois "pirepaquezinhos" essa semana enquanto trabalhava, mas ontem foi um "pirepaquezão". 
Não me dou muito bem com remédios fortes, sempre afetam meu estômago e que causam vômitos, mas ontem foi preciso.
Não fui trabalhar hoje, não tinha condições. Ainda pensei que, se as dores amenizassem, eu levantaria cedo e seguiria minha rotina, mas levantei para tomar remédio; ainda estou mole.
Liguei para avisar que não iria ao trabalho hoje e está mais do que na hora de colocar aquela mulherada saudável, robusta e cara de pau para trabalhar! Se eu aprendi, elas também podem aprender a fazer o trabalho que faço na secretaria, oras bolas! É uma com dorzinha aqui, outra com dorzinha ali, outra com medinho e frescurinha...Pelo amor de Deus! 
E eu trabalho mesmo com toda a dificuldade advinda de minhas dores grandes e entrevantes.
Bom...
Tomei café com bolo de mandioca que minha irmã me deu; Loretta e Blue adoraram o bolo. Gataiada zóiuda!
Acho que vou para a cama e permita Deus que eu me levante melhor. Amem.
É isso.


Papoula, de onde é extraído o ópio;
                                

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Uma casa no campo

                               



Trabalhei a pulso hoje, como diria papai. Estou muito dolorida e entrevada e o jeito vai ser mesmo procurar os médicos e voltar à velha rotina de exames, remédios etc...
Trabalho na secretaria da escola e fico sozinha na parte da manhã; falta pessoal. Alguns funcionários pediram remoção para outras escolas e ninguém pediu remoção para a escola onde trabalho; está complicado.
O problema que é os colegas de trabalho confiaram a mim uma função que não é minha, mas que aprendi rapidamente. Têm gente que não sabe nem acessar o próprio e-mail! E é essa gente saudável, que anda muito bem pra lá e pra cá, que dá seus passeios pela escola, que enrola, que não sabe nem ligar o computador e fica enchendo a paciência quando o trabalho a fazer é muito. 
Tem gente que alega um problema para justificar sua impossibilidade de comparecer à escola nos horários da manhã, que chega às dez e sai às duas da tarde, que falta, que fica por isso mesmo, mas é essa mesma gente que dança, que bate os quatro cantos do mundo, que é bem esperta; até demais. E eu trabalhando com minha mobilidade reduzida e toda entrevada. Estou fazendo exatamente o contrário do que diz o laudo médico: evitar esforço repetitivo. Mas eu dei uma reduzida e chamo quem estiver por perto para abrir as gavetas pesadas do arquivo, para levar documentos para a direção assinar etc...
Não dá! Faço até mais do que minha capacidade física permite e quem está se prejudicando sou eu!
Não sei quais critérios os médicos peritos usam para negar ou conceder o benefício ao professor doente; já falei sobre isso aqui. Professores que tiram licença saúde porque estão com dor de cabeça, a pressão um pouco alta ou um simples resfriado! Aí eu vou à perícia com laudos, exames e o caramba e os médicos me olham como se eu fosse uma espertalhona que não quer trabalhar! É dose!
O professor que trabalharia comigo na sala de leitura teve um AVC (acidente vascular cerebral) e teve o benefício negado! Está recorrendo e aguardando o resultado. Ridículo! 
Por que professores com problemas sérios de saúde têm dificuldade para conseguir uma licença médica enquanto professores com um resfriadinho conseguem tão facilmente?!
Que porcaria de avaliação é essa que esses médicos peritos fazem?! Se baseiam em que, na aparência do periciado? Se for bonitinho, consegue, mas se for feinho, tá lascado.
Bom...
Eu pretendia faltar amanhã ao trabalho mas não será possível. O coordenador não virá porque tem um compromisso na DE (diretoria de ensino), esse cara trabalha de verdade, e a espertinha com supostos problemas de saúde não virá amanhã também porque tem médico. Ela tem médico quase todos os dias e nunca cumpre o horário. 
É muita proteção e muito passar de mão na cabeça e isso não é justo! Essa moça tem um leve retardamento, é infantil, mas é muito inteligente, aprende rápido e conhece muito bem a rotina da secretaria.
Na minha cabeça ninguém passa a mão.
Tive um mal estar semana passada e outro hoje; pressão desembestou e a glicemia também. Tomei muita água e esperei passar um pouco, pois não dava para dirigir desse jeito e mesmo morando no mesmo bairro da escola.
Irei amanhã, mas se não me sentir bem, voltarei para casa. Sou humana e não posso carregar o mundo nas costas, ainda mais um mundo cheio de gente esperta demais para meu gosto.
Não dá! E não sei até quando vou aguentar, mas minha saúde não está boa. Hipertensão que não baixa nunca, glicemia que sobe e desce igual a montanha russa, dores e entrevamento articulares.
Sou boa pessoa, sou profissional, respeito a todos, mas há situações em que excesso de bondade, profissionalismo e respeito nos tornam suscetíveis a espertos e expertos.
Fiz e faço minha parte: trabalho, trato a todos com educação, já falei e relatei problemas e possíveis soluções, mas me foram dados ouvidos moucos. É hábito nesse país reclamar, cruzar os braços, reclamar e nada fazer.
Cansei. 
A escola fica, os problemas ficam e se eu não me cuidar, quem não fica sou eu!
Sou de carne, osso e muitos parafusos. Sou humana, demasiado humada.
Eu quero uma casa no campo. Plantas, fores, livros e animais.
É isso.



                                  


                                      


sábado, 23 de agosto de 2014

Aves

                                



Sábado quente.
Dormi razoavelmente bem, aleluia! O "truque" é vestir calça de agasalho ou pijama de flanela, são quentinhos e aliviam as dores no joelho direito.
Acordei antes da cinco da manhã, como de costume, mas fiquei na cama com os gatos; eles adoram e eu também.
Levantei meio tarde ao som da Galinha Pintadinha; conheço todas as músicas de tanto ouvir os vizinhos tocarem para seus filhotes. E por falar em galinha, que por sua vez lembra aves, a situação continua "periquitante" e eu até arriscaria dizer "papagaiante" e até "urubuzante".
Vai-te, espírito sem Luz!
Mas pude e posso contar com a ajuda de minha irmã Rosi e meu cunhado Pepê, gente do bem.
Fui trabalhar ontem a pulso, como diria papai. As dores estão fortes e o entrevamento dificulta muito minha mobilidade. 
Estou preocupada, em dúvida e em dívida também, graças a Deus. Não sei se caso ou se compro uma bicicleta. Nenhum dos dois!
O ubíquo "soco na nuca", meço e a pressão está alta: 17x12. Tomei os remédios e vou fazer um café.
Aproveitarei para dar uma geral leve na casa; limpei o chão branco anteontem, mas a secura do tempo, a poeira e o vai e vem da gataiada já deixaram suas marcas.
Vou lá fora, no quintal, observar a beleza das minhas plantas e agradecer por mais uma dia.
Vi uma receita de mousse de chocolate bem diferente e muito fácil de fazer. Vou tentar. 
É isso.



                                   



                                      

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Anjos

                                


Estava exausta; muitas noites sem dormir direito.
Insônia, dores e barulho dos vizinhos mal educados.
Dormi apenas duas horas na noite de terça para ontem e fui para o trabalho me sentindo um caco. Para ajudar, tem que empurrar o portão do estacionamento para abrir e fechar e isso me custa.
Estou cansada, frustrada e desanimada com as situações, as pessoas, o país...
Nada funciona, nada dá certo e tudo precisa de assinatura, documentação, carimbo, boa vontade (difícil)...
Saí do trabalho e precisei ir ao banco e depois ao supermercado, minhas frutas tinham acabado. 
Voltei para casa, guardei as coisas e arriei no sofá. Estava exausta a extremo e dolorida; empurrar o carrinho de compras era o mesmo que empurrar um carro de verdade.
Tomei os remédios para controle da pressão alta que mantem-se altíssima há muito tempo. A cardiologista mudou a dosagem e acrescentou outra medicação, mas a pressão continua nas alturas.
A hipertensão é agravada pela Acromegalia.
Tomei banho e fui para a cama mais cedo.
Tive sonhos estranhos e simbólicos, como sempre.
Sonhei com mamãe e meus irmãos. Uma porta se abria e eu me encontrava deitada em uma mesa cirúrgica cercada por pessoas vestidas de branco. Me examinavam, conversavam em uma língua que eu não conhecia, mas entendia o significado. 
Sou colocada de pé, uma porta se abre, essas pessoas falam com mamãe e lhe entregam uma radiografia da minha coluna; tem uma formação óssea estranha, como se fossem asas.
Meus irmãos estão do outro lado da porta e eu aguardo mamãe terminar de conversar com essas pessoas. Podemos ir e vejo que essas pessoas vestidas de branco têm asas!
Anjos?!
Mas me pareceram sérios demais, "secos" demais, compenetrados demais e não tinham nada daquela imagem doce e meiga dos anjos barrocos gorduchinhos e com cabelos loiros e encaracolados.
Meu joelho e coluna têm doído bastante. Meu ombro direito e mãos também. É a tal da osteoartrite sistêmica que afeta todas as articulações.
Está frio hoje. Ontem fez um dia belíssimo.
Comprei uma baby rose vermelha exuberante. Vou comprar mais terra para cuidar das plantinhas.
Comprei ração molhada sabor frango, estava em oferta, mas Alice, Branca e Loretta não gostam de frango. Puxaram a mim.
Vou fazer um bolo, estou com vontade.
É isso.



                                     

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Chance

                             



Fiquei em casa aguardando o entregador de ração que já é reconhecido pelos gatos.
Ele trouxe ração seca e molhada mas se esqueceu de trazer o fardo de areia, cinco pacotes de quatro quilos cada. A parte boa é que o entregador descarrega tudo e bota dentro de casa para mim; facilita a vida.
Cismei de fazer muita coisa ao mesmo tempo, mas acabei me cansando e me entrevando. Parei.
A cabeça começou a doer de forma diferente da dor da sinusite, é a pressão alta: 18x10.
Tomei os remédios que cada vez mais parecem fazer menos efeito.
Estava pensando comigo e falando com Deus e o Povo lá de cima: "Pobre e doente, meu? Não dá para ser ou um ou outro? Assim fica difícil!"
Estou com vontade de fazer bolo mas me faltam alguns ingredientes, principalmente ovos.
Vou ver se consigo comprar amanhã. O mais importante foi resolvido hoje, a ração da gataiada.
Amanhã será outro dia e será melhor. Se estamos vivos e se a cada manhã levantamos da cama, é porque uma nova chance nos foi dada. Acredito nisso.
Sonhei de novo com uma casa cheia de gente barulhenta e feliz e eu comia bolo de macaxeira e queijo coalho.
A cabeça dói e fervilha.
Boa noite a todos.
É isso.


                                

domingo, 8 de junho de 2014

Acordar

                               



Ventos que anunciam chuva.
Domingo morno, nem parece outono.
Podei minha rosinha amarela, minha baby rose, fiz meu café forte e adoçado na medida e estou por aqui.
Gosto de ser, estar, ficar só.
Li um post dizendo que o motivo da infelicidade das pessoas, ou de algumas pessoas, é a sua incapacidade de serem felizes sozinhas e de depender desesperadamente e totalmente de outra pessoa para essa tal felicidade.
Isso cria uma dependência doentia, possessiva e até abusiva.
Acho que foi um texto de Flavio Gikovate, se não me engano, e transcrevo aqui com minhas próprias palavras baseadas em minha própria interpretação.
Sei lá...
Cada um com seu cada qual e cada qual com seu cada um... Meu povo antigo dizia isso e eu não entendia muito bem; achava os mais velhos meio estranhos, complicados, esquisitos...
Ser criança era mais fácil, mesmo com todas as adversidades, com a fome, a seca, as cobranças, obrigações e funções de quem ainda nem entendia direito o que estava acontecendo.
Fiquei meio triste ontem. Demorei a dormir, isso não é novidade. 
Barulho na rua, o maldito do Funk semanal, molecada conversando, rindo, brincando em plena madrugada. Bem que podia chover, acabar a luz e quebrar todos os CDs, pen drives e o tudo o que armazena as malditas e horrendas músicas tocadas nos fluxos.
Gataiada agora dorme para de noite aprontar de suas artes: correr, pular, saltar sobre os móveis, derrubar livros, objetos, rasgar o papel toalha e as sacolinhas plásticas do mercado e espalhar tudo pela casa.
Bom...
Estou na contagem regressiva para a Copa do Mundo e não é porque estou aguardando ansiosamente por isso, mas é para poder descansar e não ter que levantar tão cedo nesse tempo de frio e com juntas duras e doloridas. É só por isso. Não estou nem aí para o evento, falando honestamente.
Gosto de levantar cedo e ir para a sala assistir à programação matinal sempre, claro, acompanhada da gataiada que disputa um lugar quentinho junto a mim.
Vou medir a pressão novamente; os sintomas da hipertensão já se manifestam: dor na nuca, luzes piscantes, vermelhidão pelo rosto, pescoço, orelhas...
Tive uma semana inteira de pressão muito alta e em determinados momentos fiquei com medo e dúvida: Será que vou morrer? De novo?
Não, não.
Tomo os remédios cuja dosagem foi aumentada pela cardiologista e vou lentamente "apagando"; adormeço, tenho sonhos estranhos e até curiosos, acordo.
Acordarei todas as manhãs, por mais quarenta e sete anos saudáveis. Assim espero.
E assim será. Amem.
É isso.