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terça-feira, 2 de junho de 2015

Homem da Cobra

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Quando alguém falava muito, mamãe dizia: "Eita que fulano fala mais que o homem da cobra". Achávamos engraçado.
Madrugada de domingo para segunda, uma hora da manhã, e o "telelei" não parava: era o vizinho tagarela falando pelos cotovelos em seu monólogo de sempre.
O cabra fala, fala e fala e por alguns minutos muda o rumo da conversa para reclamar com seus interlocutores: "Estou falando sozinho! Todo mundo finge que está me ouvindo, mas ninguém liga para o que eu estou falando!". Einstein!
Depois volta a falar, falar e falar.
Teve o dia todinho para conversar, mas prefere tagarelar de noite. Pelo amor de Deus!
E como dizia mamãe: "Bota um maxixe quente na boca desse homem!"
É isso.


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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pipas

                                 


Antes chamávamos pipa de papagaio, mas hoje é só pipa mesmo.
Os fios dos postes da rua estão cheios de linha, rabiola, pipas quebrados e as malditas pedras amarradas em linha, o famoso "réo-réo". Acho que é assim que se escreve. Sei lá.
Semana passada escuto barulhinhos vindos das telhas e logo imagino quem possa ser o causador da chata sonoridade: o doce e inocente menino vizinho. Óbvio!
Abro a porta e ele corre e se encosta no portão do vizinho, quando não se esconde atrás do carro do pai. Moleque sem caráter!
Estavam ele e um moleque bobão jogando essas pedras presas à linha na tentativa de pegar pipas presos aos fios de alta tensão. Dei-lhe uma bronca, o pai omisso não gostou e ainda me olhou feio.
No dia seguinte escuto outro barulho e vejo o mesmo doce e inocente menino acompanhado de outro amigo endiabrado, só que dessa vez eles haviam amarrado uma casca de banana no lugar da pedra.
Ficam na rua, olhando para cima, correndo sem prestar atenção em volta, sem tomar cuidado com os carros e tudo isso por causa de um pipa. Um dia isso ainda vai dar m...
Sábado houve queda de energia, mas voltou alguns segundos depois, menos aqui em casa. Só tinha uma fase e só as lâmpadas acendiam, mas as tomadas não tinham corrente. Fiquei sem TV, chuveiro, geladeira por mais de vinte e quatro horas. 
Liguei para a AES Eletropaulo e os técnicos chegaram por voltas das três da tarde de ontem e se puseram a trabalhar. Sinalizaram a rua, isolaram a área de trabalho e pediram para os doces e inocentes moleques se afastarem dali, mas ignoraram e continuaram a empinar seus malditos pipas. Um choque seria bem vindo numa hora dessa, Deus me perdoe!
O trabalho dos técnicos terminou só às oito da noite e tiveram que derrubar o fio para consertá-lo; havia vários cortes feitos com o cerol das linhas de pipa.
No carro da AES Eletropaulo tinha os seguintes dizeres: "Não empine pipas perto da rede elétrica. Cuidado: A rede elétrica pode matar!"
Mas até agora nenhum desses moleques morreu, nem mesmo um choquinho básico só para assustar. Deus me perdoe.
Essa rua parece que tem doce e atrai moleques sabe-se lá de onde! Quando não é pipa é futebol. Bloqueiam a rua com cones, correm pela rua sem prestar atenção, xingam quando alguém passa de carro, falam palavrões, lançam olhares ameaçadores... É um terror!
Se falamos com os pais, são crianças. Se chamamos a polícia, são "de menor".
E agora, José?
Não temos nem o sagrado direito de tirar ou guardar o carro na garagem porque os infames xingam se interrompemos seu futebol ou se buzinamos para que saiam do meio da rua. Imagina só se alguém atropela um diabo desses!
Muitos motoristas passam em alta velocidade e os xingam, mas a molecada xinga muito mais. É um festival de palavrões cabeludos.
O vizinho reclamou e um deles o mandou...
Mas esse desassossego todo tem um causador, é o pequeno, franzino, mal criado, desrespeitador, cínico, cara de pau, super protegido moleque vizinho. Esse é o cão figurado em gente, como dizia mamãe. Ele atrai a molecada do bairro todo, que apronta das suas e depois volta para o aconchego de seus lares e nós, os pobres vizinhos que querem sossego é que arcamos com o prejuízo.
Bom...
O fio foi consertado e a energia elétrica foi restabelecida em minha humilde residência. Hoje pude ouvir o bom e velho Rock 'n' Roll e comemorar meio tardiamente o Dia Mundial do Rock, que foi sábado, dia treze de julho.
É isso.


                                    

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Como cães e gatos

                               


Meu vizinho tem uma cachorrinha estressada, invocadinha, antissocial e que late muito quando alguém passa em frente ao portão da casa onde mora.
A cachorrinha, de nome Sofia, late para pessoas, outros cachorros e principalmente gatos.
O vizinho, dono de Sofia, tem orgulho da brabeza de sua canina terrível e diz que se um gato ousar entrar no quintal dela, não sairá vivo de lá. Mesmo?
Meus gatos gostam de olhar o movimento da rua de dentro da garagem e debaixo do carro e quando o movimento está mais tranquilo, eles pulam para fora do portão e ficam na calçada.
Sofia também gosta de observar o movimento da rua e encontrou improváveis e perfeitos companheiros para isso: meus gatos.
Vou colocar o lixo para fora e minha gataiada me segue, abro o portão e já estão todos lá fora, exceto os pequenos Cássio Antônio e Boreal.
Sofia, de sua garagem, abana o rabinho para meus gatos que estão do outro lado da grade e, um a um, pulam para dentro com ela. Pensei que brigariam, mas não. Tudo na maior paz e amizade.
Outra cara de pau é minha terrível Aurora. Ela vai até a casa de uma senhorinha idosa que tem um simpático e estressado cachorrinho preto, o Negão. Aurora fez amizade com o cachorro e come junto com ele a ração canina.
Comecei a perceber que Aurora comia muito pouco em casa, mas estava bem e saudável, até descobrir o grande mistério.
Aí está, amigos como cães e gatos.
Aliás, quem disse que cães e gatos são inimigos naturais? Existem inimigos artificiais?!
É isso.


                                

                                  

sábado, 24 de novembro de 2012

Queijo Mineiro

                             

Estive em Pouso Alegre, Minas Gerais há muito tempo e adorei a linda cidade.
Minas Gerais é um estado muito bonito, e como já falei aqui, o Brasil é um país de muitas belezas naturais, culturais e outras.
Não entendo o povo que viaja longas horas para escalar montanha gelada no topo do mundo e acaba se lascando. Na boa.
Papai trabalhava na metalúrgica com um mineiro, que era nosso vizinho também. 
Certo dia, papai se arretou com o colega e vizinho mineiro e disse: "Tu é mineirinho mesmo! Só podia! Mineiro é que nem queijo, além de mole, fresco!"
Vixe!
Mas a paz entre ambos foi logo restabelecida, pois além de colegas e vizinhos, papai e o vizinho eram palmeirenses.
É isso.

                           


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Noite do Barulho

                              

Dormi mal noite passada. Grande novidade.
Assisti à novela Gabriela e depois fui me deitar.
É a única novela que assisto com gosto e dou boas risadas, adoro as personagens de José Wilker e Marcelo Serrado. Detesto novelas-dramalhões cujos finais são sempre os mesmos: alguém é filho de alguém, alguém é amante secreto de alguém, alguém roubou/matou/enganou alguém, blá, blá, blá.
Sou e estou meio sem paciência.
Bom...
Deito-me e escuto um barulho estranho, como se algo fosse arrastado, abro a janelinha da porta e vejo o filho do vizinho andando de skate àquela hora da noite! Os pais não parecem muito preocupados com a segurança do menino, pois é público e notório a permanência do moleque na rua durante as altas horas da noite.
Mas para falar a verdade: enche o saco, meu!
Enquanto o pivete se divertia com seu skate, os pais quebravam o pau. Discutiam fervorosamente e só pelas duas e meia da manhã é que houve alguma paz. Me incomodam o olhar e o semblante tristes, melancólicos e carregados da mãe do menino; parece que ela carrega um peso enorme sobre os ombros, causa-me aflição sua figura triste e desesperada.
Consigo adormecer lá pelas três da manhã e às quatro e meia acordo com as vozes altas e esganiçadas dos outros vizinhos cuja casa fica "pareia de meia" com a minha. As casas são geminadas e as paredes muito finas, escuta-se tudo, tudo mesmo!
O casal fala alto, o bebê chora, o carro é ligado, o rádio toca música ruim e a noite do barulho segue madrugada adentro. Dali a pouco os caminhões das transportadoras vizinhas ligam seus motores e o som que sai deles parece vibrar dentro da minha cabeça; o apito da marcha à ré também incomoda bastante.
A gataiada levanta mas volta em seguida, todos com seus olhos pidões e miados agoniados, estão com fome. Levanto e coloco ração para eles, volto para a cama e ligo a TV; assisto Telecurso, Globo Rural e os jornais matinais.
Tomos meus remédios, a gataiada com o buchinho cheio volta para a cama e dali a pouco adormecemos todos juntos.
Dormi uns trinta minutos e me levanto de vez. 
Faço meu café, arrumo as coisas pela casa, separo as contas para pagar. Vou ao banco e uso o caixa eletrônico, pois os bancos não nos permite fazer pagamentos de contas na boca do caixa. Sacanagem! Pelo preço dos juros e tarifas que nos cobram, deveriam facilitar nossas vidas e não complicá-las.
Pago as contas uma a uma e em dado momento o leitor óptico não reconhece o código de barras e pede para digitá-lo. Tá bom. Não consigo enxergar e digitar aquele desembesto de números, principalmente aquela fila imensa de zeros. Chamei o rapazinho para digitar para mim e consegui pagar minhas contas. Só as que levei ao banco, ainda tem um monte aqui em casa. 
Voltei para casa e fiz um caldinho verde meio nordestino, coloquei carne seca no lugar da linguiça portuguesa, ficou bom.
Agora me deu fominha, o caldinho verde é light e não dá muita "sustança".
Acho que vou comer uma granola com leite de soja. Delícia!
Queria mesmo era uma pizza quatro queijos, uma lasanha, umas esfihas, uns kibes e umas tortas de limão. Só isso.
Mas haja colesterol!
Posso não.
O bicho já está pegando, imagina se eu abusar de mim?!
Chove lá fora, graças a Deus. Assim a praga do moleque não vai ficar na rua fazendo barulho. Assim seja.
É isso.

                              

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Geleia de Morango

                                

Comprei morangos e fui na conversa do simpático vendedor e comprei um "desembesto e um dizajero" de morangos.
Bati alguns com leite de soja e ficou muito bom.
Vou fazer geleia, assim conserva mais. Morangos são frutas delicadas que se estragam facilmente, assim como peras, caquis, uvas e bananas.

Para a geleia de morango:
500g de morangos,
1 xícara de açúcar; um pouco mais, se precisar.
suco de um limão.

Juntar tudo e levar ao fogo mexendo de vez em quando até o morango ficar macio e formar uma cada grossa. Deve-se esterilizar os potes com água fervente  onde será colocada a geleia e depois deixar esfriar naturalmente.
É tudo bem simples.
Cozinhar é um dos meus passatempos favoritos, gosto de música também, mas está difícil hoje. O simpático vizinho ouve suas musiquinhas horrendas.
Jesus tenha piedade. Amém.

                 
                                 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Cachorrada

Adoro animais e isso é público e notório.
Cuido bem dos meus bichos e eles não têm do que reclamar, graças a Deus.
Inclusive, li alguns artigos falando sobre o comportamento dos gatos e alguns detalhes me chamaram a atenção: gatos que "mamam" em cobertores e tecidos fofinhos, gatos que não aceitam outros na mesma casa, gatos que comem matinho e depois vomitam.
Entendi o porquê de Aurora "mamar" do velho e puído edredom; ela foi tirada brutalmente de sua mãe e foi alimentada com mamadeira, não teve a oportunidade de mamar naturalmente.
Ébano Nêgo Lindo tem ciúmes de Léo Caramelo e por isso o persegue. Alice come o matinho que cresce na calçada e depois vomita, isso é para limpar seu estômago das possíveis bolas de pelo que se formam com as lambidas que os gatos dão quando tomam seu "banho de língua".
E falando ainda sobre edredons, cada gato tem o seu cobertor, paninho, edredom ou equivalente favorito. Interessante como os bichos pensam e fazem suas escolhas.
Mas o pior bicho mesmo é o bicho gente. Explico.
A vizinhança tem cães e gatos e tenho um vizinho que passeia com seu cachorro logo cedo pela manhã e o problema é que o canino faz suas necessidades na minha calçada! Falta de educação e respeito!
Meus gatos têm suas caixas de areia e não sujam a calçada de ninguém!
Mamãe dizia que cocô é dinheiro, se for verdade, serei muito rica pois o que encontro de caquinha na calçada todas as manhãs.
Bom, já lavei a calçada, veremos amanhã.
É isso.
                                                      
                                         

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Motivo, Sapatos, Arrumação

                                         


Arrumava a casa. 
Limpa daqui, lava ali, tira pó, esfrega chão...
Arrumava o guarda roupa e encontro dois pares de sapatos que um dia usei; os guardei de lembrança.
Sapatos lindos. 
Adoro sapatos. E que mulher não gosta?
Sapatos de salto alto, sem salto, mas elegantes. Nada desses tijolos presos à tiras a que dão o nome de plataforma, coisa mais horrenda.
Acho que fiquei com trauma a partir do dia em que fui para a escola calçada nas sandálias plataforma e vestindo um paletó doado por uma patroa de mamãe; a molecada falava: "Deixou seu pai sem paletó? Legal seu cavalo de aço". 
As sandálias faziam um "poc poc" danado em contato com o piso de madeira da nossa sala de aula. E justo naquele dia fui chamada à lousa! Tentei disfarçar, mas não teve jeito, e lá fui eu vestida no paletó e calçada nas sandálias plataforma e o "poc poc" ecoou pela sala. Vixe!. Fui motivo de gozação por um bom tempo. Isso que dá se meter a ser fashion!
Cavalo de aço eram sapatos com saltos grossos e altos, tipo plataforma, muito usados e fashion nos anos 70. Era a moda das calças com cintura muito alta, modelo "santropeito ou tomara que se enforque" e bocas de sino. Jesus!
Acho que é por esse motivo, ou motivos, que criei certa intolerância a sapatos/sandálias plataforma.
Arrumava, gosto de arrumar. Parece que arrumamos não apenas a casa, o guarda roupa, mas arrumamos a nós mesmos... por dentro.
Olhei velhas fotografias. Vi pessoas que já se foram. Pessoas que estão em outros lugares distantes, tanto geograficamente quanto emocionalmente, espiritualmente e outros "mentes".
Saudades, certa melancolia, certa revolta, lágrimas certas.
Papelada velha, amarelada pelo tempo. Rasguei, joguei fora. A gataiada corria atrás das bolas de papel; corriam, pulavam, traziam na boca, brincavam...
Eu sorria, falava com eles e jogava mais bolas de papel. Ficamos assim por alguns momentos e ouvíamos a boa e velha MPB do rádio do vizinho, que compartilhava com o restante da vizinhança seu bom gosto musical e a potência sonora de seu aparelho de som.
Muito boa, por sinal.
Mas eu falava sobre sapatos...
Guardei dois pares de sapatos que um dia serviram quando meus pés eram normais, pés grandes, mas normais. Hoje são suas bolotas gorduchas, largas, inchadas, grandes e de fazer inveja ao Incrível Hulk.
Fui à uma loja que vende calçados de numeração grande; provei alguns pares e ficaram horríveis. O problema dos meus pés não é o comprimento, mas sim a largura e a altura. Os pés transbordam para fora dos sapatos, parecem bolo quando cresce demais e transborda para fora da forma. Não é nada confortável. Mas o vendedor insistia dizendo "Ai, ficou lindo!". Para vender fazem qualquer negócio, até mentem!
Fiquei triste, só um pouco.
Eu adoro sapatos e quando vou às lojas de calçados é só para acompanhar alguém que vai comprar, porque para mim não dá. Acho lindos os calçados vendidos pela Avon, mas...
Enfio meus pezões acromegálicos em tênis pretos masculinos número 43, mas é chato. No inverno e em dias de chuva ainda passa, mas não dá para usar tênis com tudo, não combina.
O jeito vai ser mandar fazer, mas só me falta um pequeno detalhe: dinheiro.
Mas isso é só um detalhe.





                                            



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sustança

                                              


Consegui dormir bem ontem. 
O cansaço e a sonolência causados pelo remédio permitiram-me uma boa noite de sono.
Acho que foi para compensar o que viria depois: dor de cabeça e mal estar.
Acordei bem, mas alguns minutos depois a cabeça começou a doer e me incomodou o dia todo. 
Mas o incômodo maior estava por vir e ainda continua: vizinho celebrando aniversário com churrasco e música alta, claro. O detalhe sórdido fica pelo fato de a festa acontecer no meio da rua, literalmente. O simpático e barulhento vizinho colocou o som na garagem, a churrasqueira na calçada e os convidados circulam livremente enquanto se servem. Legal, né?
Pessoas sentadas na minha calçada, crianças tentando pegar meus gatos pelas grades do portão, a fumaça do churrasco adentrando minha humilde residência e a horrenda música a tocar. Agora a pouco cantaram parabéns para o infame; será que significa que a festa está perto do fim?!
Não, não acredito. Esse povo é barulhento e exagerado e a festa vai noite adentro. Veremos...
O rega bofe começou às 14hs e continua firme e forte até agora, 20h30.
Bom...
Tentei descansar, dormir um pouco, mas não foi possível.
Meu irmão Fubá, Preta e a bela adormecida Rafaela passaram por aqui.
Como não consegui descansar, decidi cuidar das minhas plantas. Troquei algumas de vasos, podei outras e reguei a todas.
Fiquei com fominha e cozinhei jerimum (abóbora), fiz cuscuz nordestino (fubá, farinha, água e sal e cozinha no vapor) e fiz leite em pó.  Depois de pronto, comi. 
Coisa boa. Dá a maior sustança (substância).
O camarada come um bom cuscuz com jerimum, ou macaxeira, ou batata doce e com um bom xicrão de café e terá sustança para aguentar o dia todinho. Graças a Deus.
Se tiver um queijo coalho assado na brasa e uma tapioca feitinha na hora, aí é que a coisa fica muito mais melhor de boa. Ave Maria.
Sinto que vou precisar de muita sustança para aguentar o barulho que pelo jeito vai longe.


                                              

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Léo Caramelo & Morena Rosa

Léo Caramelo 
                                         


É público e notório meu amor por animais e pela Natureza.
Alguns desses meus amores ilustram as humildes páginas desse meu humilde blog.
Mas o problema é que as pessoas perceberam esse meu amor e fazem proveito disso. Explico.
Domingo de Natal retorno da casa de meu irmão e o vizinho me chama: "Olha, alguém largou quatro gatinhos aqui na rua; minha irmã pegou um, eu peguei outro e joguei os outros dois no seu quintal. Beleza?"
Beleza.
Entro e vejo dois gatinhos magrinhos, pequeninos e desprovidos temporariamente de beleza física. Mas eles têm atitude e personalidade!
Alimento, trato, cuido e faço uma caminha confortável e aconchegante para eles.
Meus gatos não gostam muito dos novos visitantes e possíveis membros da minha humilde residência. Olham desconfiados, ficam enciumados e manhosos.
Hoje Ébano conseguiu se aproximar de Morena Rosa e ela está aos poucos permitindo a aproximação.
Morena Rosa é siamesa mas ainda se parece com um ratinho. Ficará linda quando crescer mais um pouco. Ela manca da pata traseira, mas já está se recuperando bem.
Léo Caramelo é tigrado e dourado e se parece com um leãozinho.
E para não dizer que quero ficar com todos os gatos só para mim, perguntei a todas as pessoas que conheço se elas queriam ficar com os gatinhos ou se conheciam alguém que quisessem. A maioria das pessoas disse que preferiam cães a gatos. Acho que diriam o contrário se eu oferecesse cãezinhos. Tudo bem.
E aqui estou eu com seis felinos adoráveis, mimados, manhosos; porém fiéis companheiros de maluquez.


Morena Rosa
                                       

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Juventina

                                          


Morávamos em um quintal com três casas. Cortiço mesmo.
Na casa da frente morava a dona do imóvel; na parte de trás do quintal havia duas casas, a nossa e a do irmão da dona.
A dona do imóvel tinha um sobrinho casado e que morava com os pais. A esposa desse rapaz atendia pelo simpático nome de Evanilda, mas papai insistia em chamá-la de Juventina.
Certa vez, papai tinha pedido emprestado uma ferramenta do marido de Evanilda e ao vê-la chegando em casa chama minha irmã Renata e diz: "Leva isso aqui para a Juventina".
Renata sem saber de quem papai estava falando, pergunta: "Mas quem é Juventina, pai?"
Papai fica nervoso e diz: "Tu tá se fazendo de besta, é? Não sabe que Juventina é a vizinha?!".
Renata entendendo a troca de nomes, diz: "Não é Juventina, pai. É Evanilda!"
"Oxe. E não foi o que eu disse?".


                                             

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Barulho, Educação & Maracujá

Tentava dormir e não conseguia. Levantei e preparei um suco de maracujá; com a fruta mesmo,não gosto muito de sucos químicos.
Enquanto aguardava o efeito calmante do maracujá, concluía a leitura de "Relato de um náufrago" de Gabriel Garcia Marquez.
O sono se aproxima e quando finalmente começo a enveredar pelo mundo diáfano dos sonhos, eis que chega o vizinho como o som ligado em altíssimo volume e tocando música de péssima qualidade. É aquele tipo de música monótona, chata, repetitva; ouviu uma ouviu todas.
Enquanto toca a música de gosto duvidoso, o vizinho conversa com algumas pessoas como se estivesse em uma reunião de família num domingo à tarde.
Era domingo, só que era 1 hora da manhã!
Vivemos na sociedade do barulho e da falta de educação. Lembro que há uns vinte anos não vivíamos com tanto barulho. Lá pelas 22hs só se ouvia o apito do guarda noturno. Era praxe, acabava o Fantástico e todos íamos para a cama. Nós e os vizinhos!
Hoje não. As pessoas perderam o bom senso, o respeito e a educação. Ligam seus aparelhos de som em qualquer lugar, qualquer hora, qualquer ocasião. Agradeço a boa vontade dessas pessoas barulhentas em dividir conosco seu gosto musical. Agradeço, mas é NÃO, OBRIGADA!
Outros vizinhos discutem de madrugada; brigam com os filhos, xingam, falam palavrões e no dia seguinte não têm o menor pudor em nos cumprimentar e agir como se nada tivesse acontecido. Cadê a vergonha?
Será que as pessoas perderam o medo e a vergonha de se expor ao rídiculo? Será que gostam mesmo de chamar a atenção? De se exibir?  Por quê?
Parece-me que a Sociedade desatou-se das amarras impostas pela religião, política, cultura etc... e não sabe o que fazer com o excesso de liberdade recém adquirida.
Liberdade demais, educação de menos. Mete-se os pés pelas mãos.
Parece que essa liberdade toda é uma forma de a sociedade dizer: "Problema seu!". Mas se vivemos em sociedade o problema é nosso, é de todos!