sexta-feira, 20 de junho de 2014

Reconfortante

                                


Melhorei um pouco da gripe mas a pressão alta teima em se manter altíssima!
Ainda tenho tosse e uma dorzinha chata nos ossos da face e crânio. Não é a dor de cabeça típica, essa mais parece com a dor de quando os parafusos foram tirados da minha cabeça após a Radiocirurgia.
Tenho tido sonhos significativos, alguns me deixam preocupada e outros me confortam.
Mamãe e minha avó Mãevelha ao meu lado e a sensação de carinho, amor e proteção é tão boa, tão grande, tão reconfortante.
Homens da roça, trabalhadores, gente simples e honesta. Estavam em uma plantação de banana e cortavam os cachos com muita rapidez e habilidade. Eu perguntava como sabiam quando era o momento certo de tirar as bananas e eles me explicavam gentilmente.
Entrava em uma antiga casa de fazenda; fogo de lenha em fogão de barro, senhoras negras trabalhando na cozinha, muita agitação. Estão sempre trabalhando. Observo tudo em um canto e uma delas me diz, enquanto lava a massa branquinha da mandioca (aipim, macaxeira): "Minha filha, tu tá perto dos cinquenta anos, num tá? Então se cuide, viu?"
Mas o sonho mais estranho, maluco e sem sentido foi o de naves espaciais invadindo o planeta e atirando contra tudo e contra todos. Eu, hein!
Nos filmes os marcianos sempre invadem os Estados Unidos, por que invadiriam um cortiço em um bairro simples de São Paulo?!
Eu corria, me escondia dentro de uma casa simples e via o raio de luz da nave a me procurar. Oxe!
Deve ser efeito dos remédios, da gripe e da pressão alta combinados.
Acordo com duas coisas fofas, uma atrás de mim com a patinha no meu pescoço e a outra encostada no meu peito e com os bracinhos esticados e tocando meu rosto.
Eram Branca e Bellatrix. Depois vieram Aldebarã, Ébano Nêgo Lindo, Pétala, Clara Blue, Morena Rosa...
Alice sobe em mim, me olha bem e mia: "Estou como fome".
Levantei, os alimentei, fiz meu café e liguei a TV e me deitei no sofá; era ainda seis horas da manhã. 
Uma manhã cinza e gélida em São Paulo.
É isso.



                                     

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