quinta-feira, 26 de março de 2015

Cândida

                                 Resultado de imagem para limpeza


Quando chegamos a São Paulo estranhamos o modo de falar paulistano e o modo como nomeavam as coisas. 
Cândida = água sanitária.
Abóbora = jerimum
Mandioca = macaxeira
Fedor = catinga
E por aí vai.
Hoje nosso sotaque é bem mais paulistano, mas sem nos esquecer de nossas origens, principalmente quando estamos arretados.
Lembrei da cândida/água sanitária ontem, quando a diarista veio fazer a limpeza da casa. Ela abusou na dosagem e ficou um cheiro insuportável e que me deixou espirrando e com dor de cabeça até agora.
Rinite, sinusite e todas as "ites" estão atacadas.
Ela usou um galão de dois litros só no minúsculo banheiro! E a casa ficou empesteada com o forte cheiro do produto químico. 
Abri portas e janelas para ventilar, mas o estrago já estava feito: passei a noite espirrando e com uma sensação de queimar no nariz.
Falei para ela maneirar da próxima vez.
Tinha outra diarista metida a fashion e que só usava produtos fashion de marca fashion. Um saco!
O que limpa é água com sabão e força nos braços e mãos para esfregar o grude e a mundiça (sujeira, em pernambuquês). Tem muita variedade de produto de limpeza e os de marca fashion são muito caros. 
A nova diarista pediu para eu comprar alguns produtos de limpeza, como: sabão em pedra, detergente, cândida, desinfetante etc... e eu comprei. OK. Mas quando chegou o dia da limpeza ela veio cheia de frescurite e perguntou: "Não tem tal produto? Que marca de sabão é essa? Tem limpador disso e daquilo?"
"O que tem é o que está aí nessa caixa"
"Mas..."
"Já disse! O que tem é o que está aí, oxe!"
Nessas horas a paulistice dá lugar à "inguinórança", à falta de paciência e ao arretamento pernambucano.
Vou pingar mais remédio no nariz.
É isso.




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