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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Pão e Bolo de Santo Antonio

                                   



Levanto cedo e ligo na TV nos telejornais. Reportagens direto da igreja de Santo Antonio no bairro do Pari, bairro tradicionalmente italiano.
Vasos com lírios brancos sobre mesa com pães e bolo de Santo Antonio, o santo casamenteiro. Tadinho.
As moças "véia do caritó", como dizia meu povo antigo, fazem tortura física e psicológica com o santo; colocam-no de ponta cabeça em copo com água, tiram-lhe o Menino Jesus e só o devolvem quando arrumarem um marido. Não é fácil ser santo casamenteiro. As encalhadas piram.
Missas a cada hora, hora e meia e as encalhadas participam da maioria e ainda pegam bolo e pão na esperança de terem seu pedido atendido.
Acho que Santo Antonio dever ter o apoio de um grupo de assessores para assuntos matrimoniais, porque sozinho o coitado do santo pira!
Lembro que uma conhecida chegou à nossa casa trazendo pão e bolo de Santo Antonio e mamãe pensou que ganharia as guloseimas, mas ledo engano, a conhecida foi lá com o intuito de vendê-los!
Mamãe arretou-se e disse que sabia fazer pão e bolo muito mais gostosos que aquele e, além do mais, pra que raios ela queria bolo do santo se ela já estava casada há décadas e tinha seus seis filhos?! Oxe!
Pelo menos dessa Santo Antonio estava livre. Ufa!
É isso.


                                    

Sexta-Feira Treze

Ébano Nêgo Lindo


Ontem foi dia dos namorados e hoje é dia de Santo Antonio e é também uma sexta-feira treze. Amanhã será sábado quatorze. Ainda bem.
Século XXI (21), alta tecnologia, comunicação rápida e pessoas do mundo todo trocando mensagens via redes sociais; moderno.
Sim, mas o preconceito continua. As pessoas não evoluem ao mesmo passo que a tecnologia.
Ainda há, e muito, preconceito contra animais pretos, principalmente gatos. As ONGs e pessoas, os protetores, que cuidam e protegem animais pedem que não doem bichos pretos numa sexta-feira treze.
Tem gente que usa os bichinhos para fazer rituais religiosos. Sou contra. Acho que há outras maneiras de agradar o santo, deuses, orixás e todo o mundo superior ao nosso. Com todo respeito.
Por que não plantar árvores, fazer mutirão para retirar o lixo de áreas verdes, fazer trabalho voluntário, ajudar animais de rua etc?
Já não bastasse o barulho assustador dos fogos de artifício, a bicharada ainda sofre com o preconceito pelo puro e simples motivo de terem os pelos negros. Ridículo, boçal, cruel, estúpido!
Vou ficar em casa hoje; vou proteger meus negros lindos: Aldebarã e Ébano Nêgo Lindo.
Quanto ainda falta para a humanidade evoluir?
É isso.


                                
Ébano Nêgo Lindo abençoando Aldebarã. Que todos os animais sejam amados e respeitados, independente da cor de seu pelo. Amém





sexta-feira, 29 de junho de 2012

São João

São João
                                   
São João é comemorado no dia vinte e quatro de junho.
São João mais Santo Antônio e São Pedro fazem parte da tríade junina.
São João era dorminhoco, sossegado, "na dele".
São João tem cabelos cacheados e quando um nordestino encontra alguém assim, diz: "Olha os cabelos de São João".
Antigamente saíamos pelas ruas do bairro a catar madeira para nossa fogueira. Levávamos carrinho de feira, sacos e sacolas para trazermos a madeira; encontrávamos facilmente pedaços de pau pelos terrenos baldios e pelas chácaras.
Dizíamos: "Mãe, nós vamos catar madeira pra fazer a fogueira de São João, viu?"
"Tomem cuidado e vão com Deus".
Hoje isso não seria possível. Hoje não há mais chácaras e terrenos baldios, hoje há muito trânsito e muito perigo. 
Antes "batíamos os quatro cantos do mundo", como dizia mamãe, íamos aos mercados, padarias, às casas da parentada e nada demais acontecia. Não tinha essa confusão moderna que temos hoje. É até um crime deixar crianças andarem sozinhas pelo bairro.
Uma pilha de madeira no quintal, bolos de fubá com coco e erva doce esperando para serem devorados, pinhão cozinhando, quentão, alegria.
Fogueira acesa e batatas doces colocadas sobre as brasas, milho assado e cozido também.
Era tão bom.
Mas não temos mais ruas de terra e quintais grandes.
Temos asfalto e quintais pequenos e cimentados.
Mas o São João continua bom!
Crianças enfeitadas e vestidas de caipirinhas dançando quadrilha nas festinhas juninas da escola. Acho tão bonitinho.