Mostrando postagens com marcador coco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador coco. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de junho de 2014

Esquentando Sol

                               



Levantei meio tarde hoje. 
Coluna e joelhos doem bastante e está difícil andar. 
Fiz apenas o essencial pela casa e por essencial entenda-se cuidar dos gatos. Fiz café e estou sem fome.
Ontem tive vontade de comer tapioca e havia feito, mas eis que chega o técnico da NET e tive que atendê-lo. Perdi a vontade.
Talvez eu faça tapioca hoje, mas nenhuma se compara à tapioca do Alto da Sé de Olinda. Queijo coalho assado ali na hora, coco fresco ralado ali na hora.
Gataiada friorenta e manhosa deitada e espalhada pelas camas, livros e sofá. Alguns estão "esquentando o sol" lá fora.
Achava graça quando ouvia isso da minha avó e tias velhas; como alguém pode esquentar o sol? Não é o sol que nos esquenta?
Estou meio mole hoje e pedindo a Deus que essa gripe não me "derrube" de novo.
Vou fazer companhia à Clara Blue que está enrolada nas cobertas
Minha dengosa, charmosa e inteligente Clarinha.
É isso.


                                   
Clara Blue e Léo Caramelo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ameixa

                                     



Dor de cabeça chata que se arrasta por algumas semanas. 
Fui para a cama às onze da noite, tomei os remédios e consegui adormecer; aleluia!
Acordo às três e meia da manhã com a cabeça latejando; viro pra lá e pra cá numa tentativa inútil de encontrar uma posição confortável para meu corpo e cabeça, difícil.
Fecho os olhos, peço a Deus e ao Povo lá de Cima que tirem essas dores de mim, que tirem esse cansaço besta, esse desânimo, essa certa melancolia.
Uma coisa fofa, macia e ronronante deita-se ao meu lado e pede carinho; meu Léo Caramelo, meu menino bonito.
Deslizei meus dedos nos pelos macios de Léo, beijei sua cabeça grande de leopardo das neves e assim ficamos por algum tempo. A dor dissipava-se aos poucos, graças a Deus.
Em seguida escuto correria, coisas derrubadas, miados fininhos, unhas enfiadas no colchão e uma fila indiana formada por quatro filhotinhos fofos e arteiros e a mãe atenciosa e coruja.
Todos parecem saber que não estou muito bem.
Me levanto e o dia ainda está escuro. 
Tomo água, alimento a gataiada que se recusa a comer a ração molhada que estava na geladeira, querem uma ração nova e em temperatura ambiente. Abro uma nova lata, não encontrei os práticos sachês e o jeito foi trazer algumas latas de ração molhada, e alimento meus exigentes felinos. Se minha avó Mãevelha estivesse aqui, diria: "Oxe, e onde já se viu gato de pobre com tanto luxo? Vôte!".
Vou para a sala, ligo a TV, zapeio pelos canais: Telecurso, Animal Planet, Pequenas Misses, O Vestido Ideal, Cake Boss, telejornais.
Odiei as mães das pequenas misses; mães frustradas que obrigam as filhas de dois anos de idade a fazer caras e bocas para ganhar um concurso estúpido. Crianças maquiadas, cansadas, estressadas. 
Mães infantiloides, debiloides, frustradas.
Mudei de canal e começa o telejornal; em seguida entra a voz enfadonha de Ana Maria Braga e adormeço.
Acho que vou gravar um CD com a voz dela e ouvir quando eu tiver minhas ubíquas noites de insônia. 
Acordei uma hora depois; Ébano Nêgo Lindo deitado ao meu lado, envolto em meus braços, patinhas sobre minhas mãos.
Levantei, arrumei o quintal, preparei algo para comer: granola com iogurte de soja. 
Estou com vontade de comer bolo de coco com recheio de ameixa seca que vi num desses programas de culinária; acho que vou fazer.
Detesto noites de insônia, detesto sono interrompido. A gente fica meio mole e sem ânimo o dia todo.
A dor foi embora e tomara Deus que não volte.
E permita Deus que eu não precise mais voltar aos hospitais.
Saúde é o que desejo ter em 2014 e em todos os anos de minha vida.
Amem.
Vou fazer um café forte e doce na medida. Dever ser isso: síndrome de abstinência.
Não dá para ficar sem café.
É isso.











sábado, 12 de outubro de 2013

Aniversários

                               



Frio.
Dor nas articulações.
Tomei remédios, melhorou, mas a pressão subiu.
Dor de cabeça latejante: pressão alta.
Quando vou me livrar disso tudo, meu Deus?
Vou tomar um banho quente, tomar o remédio da pressão e depois ir ao aniversário da minha sobrinha Beatriz.
Semana passada foi o aniversário da minha sobrinha Rafaela.
Hoje também é aniversário do meu sobrinho Vinicius.
É a sobrinhada fazendo aniversário.
Semana passada cometi o erro de tomar uma batida de coco que mais parecia suco; estava docinha e cremosa.
Depois tomei um chopinho (Um chops e dois pastel, como falamos em paulistês").
Me dei mal.
Eu não bebia há muito tempo e a mistura de batida de coco com chopp não deu muito certo. Tomei muita água e comecei a melhorar.
Hoje vou de suco e refrigerante mesmo, mas quando melhorar, vou me vingar e apreciar uma boa caipirinha. 
Minha vingança será "maligrina!"
Mas, em contrapartida, vou atacar os docinhos sem dó nem piedade! 
Vou lá.
Pelo menos terei um começo de noite sem gritaria de vizinhos e sem sua horrenda música tocada em alto volume. Isso está se transformando em um inferno!
Se liga e reclama na imobiliária, aí é que os Zé Ruela tocam mais alto ainda!
Fico na minha, deixo os caras ouvirem aquela aberração e depois ouço meu bom e velho Rock 'n' Roll. 
O curioso é que assim que começo a tocar Rock, logo em seguida os vizinhos desligam sua música. Estou começando a achar que na verdade eles gostam é de Rock!
Acho que tocam a música deles só para depois terem a certeza de que ouvirão Rock 'n' Roll.
Os caras são espertos.
A cabeça dói.
Coisa chata, meu Deus.
É isso.



                                       



                                         

quinta-feira, 28 de março de 2013

Quaresma

                               



Finalmente encontrei as sardinhas que tanto queria. Havia pouca quantidade e o preço dobrara.
É a velha lei da oferta e procura.
Cheguei em casa e pus-me a limpá-las e a gataiada ficou extasiada.
Cortei uma sardinha em pedacinhos e dei a eles; comeram de lamber os beiços.
Estava lembrando que no nosso tempo não havia essa variedade de ração para cães e gatos e eles comiam a sobra de nossa comida.
Os gatos adoravam quando mamãe comprava baciadas enormes de sardinha, cavalinha, pescada branca, peixe seco e outros, principalmente durante a Quaresma.
Mamãe afiava a faca para começar a tratar dos peixes e ao ouvir o som da faca sendo afiada, os gatos corriam para dentro de casa e ficavam miando desesperados aos pés da pia e de mamãe.
Não sobrava uma cabeça de peixe para contar a história. As tripas eram chamadas de "fato" por mamãe, minha avó Mãevelha e meu povo antigo; diziam: "Limpe e bote os fatos do peixe pros gatos comerem".
Os peixes maiores tinham as cabeças conservadas e depois cozidas em sopas. Eu tinha nojo de ver aquela cabeçona de peixe envolta em caldo e legumes, eca.
O consumo de coco e seus derivados era e ainda é muito grande durante a Quaresma, principalmente no Nordeste.
Tia Antonia acabava com o estoque de coco seco dos feirantes e mercados locais, ela já fazia a encomenda um mês antes e víamos caixas e mais caixas de madeira cheia de cocos.
Eu adorava furá-los para tomar a água e Mãevelha ficava doida comigo, dizendo que isso estragaria o coco.
Até enjoava.
E tudo era de coco: arroz de coco, feijão de coco, cuscuz de coco, peixe de coco...
Algumas pessoas não comem carne apenas na Sexta-Feira Santa, mas meu povo antigo não comia carne de jeito nenhum durante a Quaresma inteirinha.
Então da-lhe peixe e coco.
Minhas sardinhas serão fritas e o coco será usado para colocar sobre o chantilly do bolo de coco, claro.
Esse bolo bateu recorde de público e crítica e até superou o "pudinho" de Natal de papai.
Minha sobrinha Beatriz adora e daqui a pouco irei prepará-lo para ficar bem geladinho para amanhã.
É isso.
Desejo uma Boa Páscoa a todos.








                                


sábado, 23 de março de 2013

Kopenhagen

                               


É uma fábrica de chocolate focada nas classes A e B. 
O povão tem pouca chance e eu me incluo nessa.
Estou louca para provar os ovos de Páscoa da Kopenhagen, principalmente aquelas duas metades que aparecem no comercial e estão recheadas com Nhá Benta e chocolate cremoso. Nossa!
Nhá Benta é um tipo de marshmallow cremoso colocado sobre wafer e coberto com chocolate.
Estou tentando salvar umas economias para me presentear com a delícia meio cara para meus padrões.
Mas penso que depois da Páscoa os preços cairão um pouco, assim como acontece com os panettones de Natal.
Estamos a uma semana da Páscoa e os preços do chocolate, bacalhau, coco e seus derivados estão caros pra caramba.
A Páscoa será próximo domingo, dia trinta de um de março, e na segunda-feira primeiro de abril, lá estarei eu numa loja Kopenhagen para comprar meu ovos de Páscoa!
É isso.



                                  

quarta-feira, 13 de março de 2013

Miscelânea Gastronômica

                                


Fui aos bancos; sim, pobre tem vários boletos que são pagos em alguns determinados bancos apenas.
Depois dos bancos passei no pet shop do bairro para comprar ração para a gataiada; pedi um pouco emprestada do vizinho, mas ninguém comeu. 
Mas num tô dizendo, homi?, diria mamãe. 
Gatos de pobre, mas tudo cheio de luxo.
Na volta da ronda parei na barraca do conterrâneo galego com cara e corpinho de Papai Noel. Ele voltou, graças a Deus. Velho trabalhador, já o filho é a preguiça em pessoa, não à toa tem aquele corpinho de chupeta de baleia. O bicho só come e dorme. Tá loco meu!
Comprei água de coco e uma jaca, fiado. Pago amanhã.
Nesse calorão, uma água de coco bem geladinha é uma delícia! E depois "rapar a carninha" do coco então. Meu Ébano Nêgo Lindo adora a "rapinha" do coco. Esse meus gatos não são muito normais.
Cheguei em casa e abri a jaca; estava meio seca, por isso só comi um pouco mais que a metade. 
Dali a pouco escuto: "Olha o milho!".
Comprei milho cozido, pamonha e curau. Adoro milho e seus derivados, assim como coco.
Mas o curau estava doce demais e depois de duas colheradas acabei jogando fora.
O curau, para nós nordestinos, é  canjica e a canjica daqui é chamada por nós de mugunzá.
Aliás, o açúcar faz parte da cultura brasileira, já disse Gilberto Freyre no seu livro "Açúcar".
Minha avó Mãevelha só usava açúcar mascavo que na nossa época era o açúcar dos menos abastados, os mais ricos usavam açúcar refinado.
Tudo aqui é muito doce; sucos, refrigerantes, doces, bolos...
Eu prefiro aquelas águas com suco de frutas e adoçante, são menos doce. Já os refrigerantes, principalmente a Fanta Uva, é um melado só. Gosto muito não.
Vejo gente colocar açúcar no leite com achocolatado, que já vem doce! Dá até uma gastura.
E assim foi o dia de hoje, uma miscelânea gastronômica.
É isso.