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sábado, 21 de dezembro de 2013

Energia

                                   


Plantas amassadas, galhos quebrados, flores caídas.
Livros mordidos, jornal rasgado, sofá arranhado.
Correria, pulos, esconderijos secretos por entre livros, objetos, plantas e tudo o que servir para as brincadeiras dos terríveis filhotes, que já estão com dois meses.
Estão danados, terríveis, brincalhões e com uma energia que parece não ter fim.
Observo os pequenos, suas artes, brincadeiras e pequenas destruições pela casa. 
Me fazem sorrir.
Tanta inocência, tanta energia, tanta vida, tanta alegria.
Tão lindos.
Preciso ir. Vou comprar ração para meus lindos.
É isso.


                                 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Bolsa Qualquer Coisa

                                  



Assistia ontem ao Fantástico e por um momento cochilei; acordo com uma cena dantesca na TV: uma multidão invadindo agências da Caixa Econômica Federal. 
Não entendi bem o que acontecia e quando acordei, vi que eram pessoas correndo desesperadas para sacar o dinheirinho do Bolsa Família; não se sabe como nem quem, mas circulava à boca pequena que o Bolsa Família seria extinto e quem tivesse alguma merrequinha lá, que corresse o mais rápido para sacar.
Nooooooooooooooossa!
Multidões se acotovelando para entrar nas agências do banco, filas homéricas, pessoas preocupadas, agoniadas. Seria mesmo o fim de mais uma "ajuda" do governo paternalista?
Curioso é que pareciam todos animais furiosos correndo atrás da presa que não seria facilmente largada. Vergonhoso, no mínimo.
Nunca vi tanta saúde, energia, garra e vitalidade juntas!
Acho que se essas pessoas direcionassem essa energia toda para arrumar um emprego e trabalhar de verdade a Bolsa Família não seria mais necessária. Ou talvez pudessem participar de campeonatos de atletismo, maratonas e a corrida da São Silvestre; energia, velocidade e preparo físico já demonstraram que têm.
É Bolsa Família, é Bolsa Crack pra vagabundo se drogar com patrocínio do governo, é auxílio reclusão para os filhos dos vagabundos que estão na prisão...
É muita bolsa, muita bondade, muito paternalismo de um governo carinhoso.
Concordo com a tal da bolsa em casos extremos, como para as vítimas da Seca que assola o Nordeste, mas na maioria dos casos, é apenas mais um método "sustenta vagabundo-garante voto" do governo que mantém o povo no comodismo, na preguiça, na miséria e na espera.
Muita gente ali naquela multidão me parecia jovem, saudável e apta a trabalhar, mas trabalhar pra quê? Basta fazer cara de cachorro que caiu da mudança, danar a botar filho no mundo, cruzar os braços e abrir as pernas, literalmente, e depois se inscrever para receber o benefício. Fácil.
Tem bolsa alguma coisa para quem estuda, trabalha e é honesto?
"Muidifici", diria meu povo antigo.
Tenho vergonha dessa gente tacanha que vive catando as migalhas que lhes jogam em vez de trabalhar pelo próprio pão.
É isso.








sábado, 5 de janeiro de 2013

Visita Ilustre

                              

Minha irmã Rosi ligou ontem perguntando se eu iria sair hoje, sexta-feira, e eu disse que não, sexta-feira é dia de limpeza.
Ela perguntou se poderia deixar Beatriz algumas horas comigo porque ela ficaria a parte da tarde na lojinha do nosso irmão Fubá. Beleza.
Levantei cedo, fiz alguns dos movimentos que aprendi na fisioterapia para aquecer e ajudar a desentrevar, tomei meus remédios e saí da cama que nem múmia. Está difícil e doloroso.
Estou preocupada com minha situação, as dores estão mais intensas e duradouras, as articulações/juntas estão tão duras, pesadas e os remédios não ajudam muito.
Liguei para os médicos, mas só a partir do dia sete. Depois vem o Carnaval... O ano realmente começa depois do Carnaval. Oba, Oba! É o Brasil, o país do futuro.
Bom...
Beatriz chega, mas veio muito mais interessada em conhecer Cássio Antônio pessoalmente a ficar comigo.
Lemos trechos do livro "Diário de um Banana", assistiu TV, fez mil perguntas, perseguiu os gatos e fez inúmeros comentários. Senti uma certa insegurança em um "segredo" que ela me contou e isso me remeteu à minha infância não muito feliz. Fui feliz até os cinco anos sob o amor incondicional dos meus avôs José e Paipreto, lá em Pernambuco, mas ao pisar em terras paulistanas, me lasquei, como diria mamãe.
Sim...
Beatriz disse: "Tia Rejane, eu não sou alta?"
"Claro que é, Bibi! É por isso que eu te chamo de seriema, lembra?"
Perguntei porque ela me perguntara aquilo e ela disse que a filha de uma amiga da mãe dela disse assim: "Você tem seis anos?! Desse tamaninho?!"
Eu disse a ela para não ligar, isso é coisa de gente boba e invejosa e quando alguém falasse isso, ela deveria mostrar o cotovelo e dizer: "Você está com dor de cotovelo!", e se a parada engrossar, chama nóis.
Depois desse simples conselho ela disse que a TV estava chata e se poderia tocar alguns CD´s e eu permiti, claro. Mostrei-lhe alguns dos meus CD´s entre MPB, Rock'n'Roll, músicas étnicas (Irlanda, África, Cigana), Pop etc...
Ela ficou curiosa com a capa do CD dos Ramones e perguntou que tipo de música era aquela e eu disse que é Punk Rock; ouvimos. Depois ela quis tocar a trilha do filme "Eu, Tu, Eles", na voz de Gilberto Gil e depois ouvimos Gipsy Kings.
O vizinho tocava suas músicas horrendas e Beatriz perguntou se aquelas músicas eram legais; não, obviamente não.
Perguntei se estava com fome e ela pediu tapioca com coco e leite condensado. Depois foi ao quintal e me chamou, queria saber se as plantas eram de verdade ou de mentira e eu disse que não gosto de plantas e flores artificiais, só naturais. E ela desembestou a falar: "As plantas de mentira não têm cheiro e aí, os insetos vêm cheirar e são enganados. Não é justo, não é tia Rejane? As abelhas, as borboletas e as joaninhas voam um tempão e quando encontram as plantas, elas são de mentira, aí as coitadas perderam tempo, não é?".
Lembrei do livro "A Abelhinha Feliz", meu primeiro livro, presente da professora da terceira série, Dona Maria Thereza.
Segurou alguns gatos, os mais espertos sumiram; cheirou as flores, tomou água de coco e enquanto eu preparava a tapioca, pedi-lhe que abrisse o armário da cozinha e procurasse o leite condensado e o coco ralado e ela observou: "Nossa, tia Rejane, você compra bastante coisa, né? Parece casa de rico". 
Respondi-lhe que gosto de ver fartura, de não faltar nada, de procurar o que comer e encontrar, graças a Deus. Fez-me lembrar de quando mamãe voltava da casa do tio José de Recife com a sacola cheia de alimentos. Essa é uma das memórias mais fortes e emocionantes para mim.
Depois de comermos a tapioca fomos para a sala e ela pediu para usar o computador; deixei, claro.
Ela viu o ícone na tela e disse: "É o Google? Vou colocar uns jogos legais, quer ver? Têm três tipos de jogos, mas eu vou colocar o mais fácil porque você não vai conseguir jogar os outros, é muito difícil".
De fato, ela colocou um joguinho de fogo e água e eu era o fogo e obviamente, claramente, redondamente, caí na água e apaguei. Me atrapalhei com as teclas e não tenho essa coordenação de mão e olho,( "eye-hand coordination). Acho curioso e interessante como jogadores de jogos eletrônicos conseguem usar vários comandos ao mesmo tempo e seguir com o jogo; se fosse eu, o jogo duraria uma eternidade e ficaria para sempre na mesma fase, dá não.
Não tenho esse talento, sou ignorante assumida e só sei ler e escrever razoavelmente, e olhe lá.
São os tempos modernos.
Beatriz me visitou após muito tempo, geralmente eu que vou à casa dela, e essa menina linda, teimosa, inteligente e "terrivi" proporcionou algumas horas de paz em meio às artes e traquinagens e trouxe boas lembranças.
Em um dado momento me perguntei: "Onde é que desliga a pilha dessa menina? É muita energia, 'guento' não. Afe Maria!'.
Baixarei as fotos da ilustre visita a seguir.
É isso.

                               

                             




terça-feira, 29 de maio de 2012

Curiosidade & Banho

                                             


Fui hoje à Farmácia Alto Custo para buscar minha injeção de Sandostatin-LAR.
Eu deveria ter ido ontem, mas o trânsito estava travado; hoje foi melhor.
Entreguei a papelada para conferência e foi-me dada a senha para retirar o remédio na sala ao lado; havia "apenas" cinquenta e três pessoas na minha frente. Esperei uma hora e quinze minutos até chegar minha vez e até que não foi tão demorante assim, como diz Bibi, já esperei mais de três horas.
Estava sentada com a caixa de isopor no colo e um garotinho se aproxima e pergunta o que é que tem ali dentro e eu digo que é gelo.
Acho que ele pensou que na caixa de isopor haveria bebida, sorvetes ou outras guloseimas geladas.
Meu número é chamado e vou ao balcão entregar a papelada mais uma vez, assinar, entregar cartão do SUS e pegar meu remédio. 
Voltei para casa e tomei banho. É uma coisa que aprendi com Mãevelha, tomar banho quando retornar de locais como farmácias, hospitais, cemitérios, velórios e locais onde haja energia forte e carregada.
Não sei se tem fundamento, mas desde criança faço isso e via minha avó, minha mãe, minhas tias velhas fazendo o mesmo.
Mamãe dizia que o banho além de nos limpar fisicamente, limpava as energias pesadas e as mandava para o fundo do mar sagrado e assim ficaríamos limpos e protegidos. Amém.
É isso.