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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Toalha plástica

                                            


Na lista de material escolar tinha um item que era meu sonho de consumo: a toalha plástica para cobrir nossa carteira na escola.
Cada professora pedia uma cor, mas os alunos que já tivessem a toalha do ano anterior poderiam usá-la sem problema.
Era um metro quadrado de plástico quadriculado nas cores amarela, azul, vermelho ou rosa; algumas cores eram lisas e em tons claros.
Algumas professoras adotavam a cor rosa, mas os meninos se recusavam a usar e o jeito foi adotar duas cores: rosa e azul.
Eu achava lindo olhar meus coleguinhas abrir as mochilas, tirar a toalha plástica, desdobrar e abrir sobre a mesa. Colocavam seus lápis, estojo, cadernos e livros sobre a mesa forrada com a toalha tão bonitinha. Eu gostava das amarelinhas.
Cobrir a mesa era hábito dos alunos até a quarta ou quinta série e depois dessas fases os alunos já se achavam grandes e maduros o bastante para usar a carteira sem toalha nenhuma, toalha era coisa de criança do primário, diziam eles.
É isso.


                                           





quinta-feira, 28 de junho de 2012

Uniforme

                                  


Assisto agora ao SPTV que mostra reportagem sobre uniforme escolar.
Crianças indo para a escola com roupa comum ou com uniforme velhos do ano anterior.
Já falei aqui e repito: somos seis filhos e nunca recebemos uniforme ou material escolar de governo bonzinho e paternalista; mamãe sempre trabalhou  para comprar pelo menos o básico que garantisse nossa vida escolar.
Usamos muito uniforme e roupa usada que foram doados por vizinhos ou patroas de mamãe.
Mãevelha lavava, costurava, consertava, passava e íamos para a escola com nosso uniforme reciclado. O material escolar era comprado só pela metade, se na lista pedisse cem folhas de papel sulfite, iriam cinquenta e assim por diante. Os livros didáticos também eram comprados e tínhamos prazo para trazer o dinheiro para a professora que os compraria direto da editora e assim conseguiria um preço melhor.
E ela avisava: "Quem não trouxe o dinheiro do livro deve trazer até tal dia, pois teremos prova no dia tal".
Alguns coleguinhas mais legais emprestavam e nos deixavam copiar, mas sempre tinha aqueles fominhas que não emprestavam nada, regulavam tudo e ainda diziam: "Minha mãe não deixa eu emprestar".
Hoje vejo reportagens e mais reportagens sobre reclamações de mães cujos filhos não receberam uniforme nem material escolar. Uma mãe fez cara de vítima e disse que teve que tirar do bolso trinta reais para comprar um par de tênis para o filho. Tadinha! Deve ter tirado do dinheiro que seria para comprar a tinta e a química para alisar e aloirar suas madeixas.
Outra reclamação recorrente é sobre a falta de creches ou a distância até elas. Mães com crianças no colo e a típica cara de vítima e reclamando, claro. Uma delas disse que teve de deixar o emprego para cuidar da filha porque não havia vaga na creche e ela não tinha com quem deixar a criança; não tinha também condições de pagar cento e cinquenta reais para uma escolinha particular. É, mas o cabelinho estava esticadinho e loirinho, combinando totalmente com a realidade nórdica de nosso país tropical.
Se é para reclamar, bancar a vítima e esperar pelo governo bonzinho e paternalista, então não tenha filhos! Vá aos postos de saúde e lá terão disponíveis camisinhas, DIU, pílulas e outros métodos contraceptivos.
Mas dá um trabalho... Talvez queiram que o governo mande entregar em casa os contraceptivos também.
Eu sempre achei que quem criava os filhos eram os pais e não os avós ou o governo!