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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Criando cobrinhas

                                 


Parece que as pessoas resolvem botar filho no fundo por um modismo, por cobrança da família ou por quaisquer outros motivos, menos por instinto materno ou paterno.
Não educam esses filhos, não lhes dão exemplos, não lhes impõem limites e acabam criando cobrinhas que um dia se virarão contra seu criador.
As crianças não são tão inocentes e bobinhas como pensamos e sabem manipular os pais das mais diversas maneiras.
O menino do vizinho ainda não tem dois anos de idade, fará em março, mas já manipula os pais a fazer o que ele quer e para isso lança mão de suas poderosas cordas vocais. Ele grita por horas a fio; chora, grita e faz "ai, ai" como se estivesse sentindo dor. 
O grito estridente parece não afetar aos pais, que deixa o menino gritar à vontade. Isso dura um tempo enorme e eu preciso aumentar o volume da televisão para poder ouvir.
Crianças mal educadas que não cumprimentam ninguém e aí a falha é dos pais, claro. 
Crianças que se jogam no chão do supermercado e dão um show até convencer os pais a comprar/fazer o que eles querem.
Crianças que não respeitam os outros, que incomodam, que atrapalham a conversa dos adultos e mesmo assim os pais não tomam uma atitude.
Pais que deixam os filhos à vontade para explorar a casa dos outros, para bater nas outras crianças que estão no local, para pegar brinquedos ou objetos sem pedir licença ou por favor.
Quando, finalmente, o pai ou mãe resolve tomar uma atitude em relação ao comportamento do filho, o que se vê/ouve são frases "moles" demais e nada de autoridade e imposição de limites: "Não faz assim que a mamãe não gosta... Você quer apanhar?... Você não vai ganhar presente..." 
Viram as costas e largam a criaturinha atormentando os demais e ainda acreditam que o monólogo surtirá algum efeito.
Crianças que correm pela casa dos anfitriões, esbarram nas coisas e nas pessoas e correm o sério risco de cair e se machucar, mas os pais apenas dizem: "Você vai cair, fulaninho!".
Dá é vontade de bater nos pais!
Têm crianças que se viram sozinhas, explico. Pais e mães que não orientam os filhos a como tomar banho direitinho, escovar os dentes, se vestir, se portar à mesa, a falar com as outras pessoas, a usar a regrinha básica da boa educação: oi, olá, com licença, por favor, obrigado, desculpe.
Essas crianças são mal educadas não apenas por culpa própria, mas porque seus pais não se comunicam, não ensinam e não dão o exemplo. Como poderiam aprender se não têm o exemplo em casa?!
Antes de sair de casa mamãe nos alertava: "Vamos à casa de fulana e quando chegar lá finjam que são educados. Se me fizerem passar vergonha, o couro vai comer quando chegarmos em casa!"
Sou dessa época mais rigorosa e de mais respeito para com os outros. Mas hoje está tudo moderno demais, com liberdade demais e educação de menos.
Depois dizem que sou isso, aquilo...
Mas educação eu tive e tenho.
É isso.



                                        

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Pessoas

                                



Pessoas amargas e infelizes não suportam ver os outros bem.
Pessoas amargas e infelizes descontam suas frustrações em quem não pode se defender sozinho: crianças, animais, idosos e pessoas com alguma fragilidade.
Pessoas amargas e infelizes não procuram evoluir para se libertar dessa amarra que elas prenderam em si mesmas e, em vez disso, procuram jeitos, métodos e maneiras de tirar a paz daqueles que vivem suas vidas em harmonia, ou tentam,  com os demais.
Pessoas amargas são infelizes, invejosas, difamadoras, cegas e burras, pois não param para pensar e ver que são evitadas e esquecidas por quem gosta de viver em paz; só são aceitas por aqueles igualmente infelizes e amargos.
Toda a vizinhança é "gateira e cachorreira", mas a criatura amarga a que me refiro cismou de cismar com meus gatos e comigo.
Estou no mesmo endereço há algum tempo e essa criatura morava em outro bairro com o marido e os filhos e só vinha pra cá para visitar a mãe idosa. Tempos depois a coisa ruim se instalou de vez na casa da mãe e o ex marido deu graças a Deus, mas eu não!
As duas casas ao lado da dela são de pessoas gateiras e os bichanos desses vizinhos vivem a passear pelo telhado da criatura amarga, mas até aí tudo bem com ela, o problema são meus gatos.
Essa criatura já jogou água quente em um gato e bateu com a vassoura no outro e ainda incita as filhas pequenas a bater nos cachorros da rua e isso porque ela tem uma simpática cachorrinha que vem ao meu portão pedir comida. Eu alimento a canina e faço isso pelo animal e não pela monstra!
Essa nobre senhora deixa as filhas pequenas, entre quatro e seis anos, só de calcinha brincando na rua e na companhia de meninos taludos e já com certos interesses. 
Natal passado ouvimos a gritaria, era um domingo de manhã, e todos os vizinhos correram para ver o que era: as meninas só de calcinha, andando em sua bicicletas novinhas na rua vazia. Ao longe viram um mendigo se aproximar, se assustaram com a aparência dele e foi aquele berreiro.
A criatura tem o apoio de outra criatura ruim e essa é a "mãedrasta" que não tem paciência para com o próprio filho de apenas dois anos. São gritos agudos e horrendos que assustam e fazem os gatos correrem. O menino fica sem fôlego por alguns segundos e volta a chorar um choro dolorido, agoniado, sofrido. Quando o pai está em casa ou chega uma visita, a "monstra 2" finge paciência e carinho e chama o menino pelo nome no diminutivo, mas quando está só com ele... Tenho dó demais dessa criança.
A "monstra 2" matava animais quando morava em sua terra natal, pois alega não gostar de bichos. 
Ninguém é obrigado gostar, mas não precisa matar!
Já falei sobre essa alma escura e sem luz aqui, mas ela fez parceria com outra igual. Coisa ruim atrai coisa ruim.
Essa é outra frustrada que vive um casamento infeliz e desconta sua amargura no pobre menino.
Desconfio quando vejo mães muito frias que não fazem um carinho no filho; conheço algumas assim. Elas são frias, "secas", mas não maltratam de forma física e/ou psicológica, "apenas" não são amorosas. Mas pensando bem, maltratam sim seus filhos ao não dar-lhes uma alimentação adequada e servir-lhes de exemplo de coisas boas. Crianças viciadas em refrigerantes, salgadinhos e outras porcarias e que têm chiliques quando lhes são oferecidos alimentos saudáveis. Só faltam correr quando veem uma fruta!
Coincidentemente, essas mães frias são pessoas que não gostam de animais, plantas e não têm paciência para com crianças. Gente assim já devia nascer "capada".
Sim... tem muita madrasta muito mais amorosa que muita mãe biológica que só pariu a criança, mas sentimento é zero!
Como pode ter gente assim?!
É isso.



                                          

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Em nome do filho

                                     



Meu trabalho na secretaria da escola está me rendendo boas ideias e inspirações para escrever, pena que seja uma inspiração mais para o lado da crítica do que para o elogio.
Uma pena.
Hoje, na escola, foi um pai de aluno para fazer a matrícula do filho querido, mas na hora de dar as principais, básicas e necessárias informações, o gentil progenitor se atrapalhou todo: não sabia o nome completo do filho e da esposa e muito menos a data de nascimento de seu rebento!
Tivemos que pesquisar com o que tínhamos e finalmente conseguimos as informações necessárias, e, no fim das contas, os nomes e sobrenomes dados pelo pai amoroso estavam incorretos e/ou incompletos.
O mundo anda tão complicado.
Pretendia escrever mais, mas estou cansada e entrevada hoje.
Acho que é falta de café.
Não fiz café de manhã porque perdi bastante tempo puxando os sacos de lixo pra fora e quando acabei, já era hora de tomar um banho rápido, me trocar e ir para a escola. 
Achei que tomaria café lá, mas encontrei chá na garrafa térmica. Gosto de tomar chá à noite e em noites frias e pela manhã gosto de café.
Amanhã farei café.
É isso.



                                            





sábado, 18 de maio de 2013

Éramos

                                 


Mamãe tem estado muito presente recentemente. Devem ser as preocupações com os filhos que sempre a preocuparam tanto.
Não estamos tão bem; uns de saúde, outros devido a problemas financeiros, outros com problemas que envolvem tudo isso e algo mais.
Sonho muito com mamãe e, como era de se esperar, ela está sempre trabalhando, sempre ocupada, sempre envolvida com algo.
Estávamos em uma casa simples, antiga, limpa e precisando de algumas reformas. Janelas meio quebradas, portas e gavetas tortas e precisando de novos puxadores e maçanetas, guarda roupas e cômodas velhinhos e muito usados. Tudo muito simples, mas muito limpinho.
Eu chegava de algum lugar e encontrava mamãe arrumando as roupas; mamãe adorava cuidar das roupas. 
Roupas branquinhas, muito bem lavadas e passadas por mamãe. Mas no meio da roupa branca eu encontrava meus dois aventais, um rosa e um azul, e dizia para mamãe que eles estavam sujos de pó de giz e não deveriam estar juntos com a roupa branca. Pensei comigo: "Acho que mamãe se confundiu".
Vou até a sala e tento abrir uma janela, mas metade dela está meio caída e tenho receio de abri-la, quebrar o vidro e papai vir com as broncas e sermões dele.
Começa a cair uns pingos de chuva e decido tirar uns travesseiros e almofadas que estavam no quintal para tomar sol. Penso comigo que papai não teria tempo de cuidar dos travesseiros e almofadas e ficará feliz por eu ter lembrado de fazê-lo.
Estamos eu e mamãe e depois chegam papai e meus irmãos, um a um. Foi uma sensação tão boa, meu Deus.
Estávamos todos na mesma casa, ao lado de papai e mamãe. Éramos apenas filhos de papai e mamãe. Éramos todos livres de problemas, de doenças, de achaques e dores físicas e emocionais. Apenas éramos.
Éramos livres. Não tinha o peso da vida e do tempo a nos pesar e a machucar os ombros.
Éramos uma família e chegávamos à casa simples um a um. Era um reencontro tão bonito, tão cheio de amor, paz, união, alegria.
Éramos apenas filhos de papai e mamãe.
Não tínhamos doenças, problemas, mágoas, dores, revoltas... nada disso. Éramos livres de tudo o que nos prende e nos faz sofrer nesse mundo "véio" de meu Deus. Apenas éramos.
Havia tanta leveza, tanto bem querer, tanto dengo, lundu, amor...
Tanta paz e serenidade.
Éramos apenas os seis filhos de papai e mamãe.



                                           


segunda-feira, 18 de março de 2013

Menino Bonito

                               



Sonhei que estava em um lugar cheio de gente; havia crianças e adultos e todos num frenético vai e vem. Todos estavam muito ocupados e ninguém parava.
Reparo em um menino solitário, cabisbaixo e triste e que era ignorado por todos que passavam apressadamente por ali.
Era um menino bonito, de pele claríssima e cabelos lisos e escuros. 
Me aproximei do menino triste e bonito e o abracei bem forte. Ele me abraçou fortemente e disse, sem palavras, que me pertencia, mas eu também era culpada por não deixá-lo vir ao mundo.
Foi um turbilhão de sentimentos confusos, controversos, tristes e bonitos.
Fiquei mal por deixar aquele menino tão só, mas não podia mais trazê-lo comigo.
Acordei com a sensação de culpa, tristeza e preocupação.
Dizem os mais evoluídos que nem sempre vêm ao mundo aqueles que esperavam ter nascido e outras vezes alguns nascem mas ficam por aqui só por alguns minutos, horas, dias, meses ou anos.
Talvez esse menino me pertencesse; não como um objeto, mas como uma vida que deveria ter saído de mim, mas eu não permiti. Ou o tempo e as circunstâncias não o permitiram.
Sempre pensei em estudar, me formar e só depois de algum tempo ter filhos. Mas foi tarde demais. Quando me vejo bem, descubro a Acromegalia e já não dava mais.
Conheço acromegálicos que têm filhos, mas o tiveram antes de descobrir a doença e quando ainda eram muito jovens. Eu não queria ter filhos aos vinte e poucos anos, é cedo demais. Acredito que uma pessoa de vinte e poucos anos ainda é imatura para ser pai ou mãe. 
Vejo tantos pais e mãe jovens, irresponsáveis e imaturos que apenas têm os filhos e os largam aos cuidados dos avós.
Eu quis fazer tudo certo, mas deu tudo errado.
Esperei demais e não contei com a infame presença da Acromegalia que colocou um ponto final nos meus sonhos maternos.
Eu sempre quis uma filha, Mariana, mas queria um menino também e escolhia os nomes mais simples e bonitos para ele: Artur, Heitor, João, Francisco, José, Pedro...
Nomes simples e bonitos e sem excesso de letras dobradas e estranhas ao nosso vocabulário. Nada de nomes com K, W, Y, LL, NN, TT e por aí vai.
Mas nem Mariana nem o menino bonito, não veio ninguém.
É isso.


                                  
                   
                                


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Instinto Materno

                             


Não lembro se já falei sobre esse tema, mas preciso retomá-lo.
Falei sobre o casal de vizinhos que ignorava o filho, principalmente a mãe, e por conta disso o menino desenvolveu doenças respiratórias e alérgicas; uma sintomatização do problema real: abandono emocional e afetivo.
Este casal mudou-se da casa e nela agora moram seus parentes que têm o mesmo comportamento ruim para com os filhos.
No começo morava uma casal com o filho bebê de sete meses e observei o comportamento deles para com o menino. O pai é muito carinhoso, beija o filho, conversa carinhosamente com ele, mas a mãe é "seca", grossa, fria e grita o tempo inteiro com o bebê como se ele tivesse dez anos ou mais.
Ela é impaciente e deixa o bebê só no berço enquanto faz as tarefas domésticas e se irrita quando a criança chora: "O que é que você quer, seu banguela, seu feio?, Você é muito ignorante, não vou lhe dar mais nada!". Isso porque o bebê deixou cair um brinquedo que ela lhe dera.
O menino chora muito quando está a sós com ela e eu fico com dó.
Há alguns meses chegou uma parente deles com a filha de um ano e meio e o tratamento dessa moça para com a menina é ruim também.
A menina chora o tempo inteiro, chora por atenção. A menina é infeliz, vive sob uma pressão e um stress terríveis.
A mãe grita com ela, ameaça, a humilha, a deixa chorando só e a deixa de castigo sozinha no quarto.
Chama a filha de égua, fdp, sua c... e outros nomes feios. É uma tortura psicológica e emocional dos infernos! Deus me perdoe.
Esses dias a menina fez xixi nas calças, pois a mãe quer que a filha deixe as fraldas a qualquer custo e a avise quando quiser fazer suas necessidades. Lembrando que a criança tem apenas um ano e meio!
A mãe amorosa disse: "Você mijou na roupa de novo? Eu já não lhe falei pra me avisar quando quiser mijar, sua égua! Pois agora vou deixar você assim e só vou lhe trocar quando eu quiser!".
A criança chorava e isso me causou tanta pena.
E para ajudar a piorar a situação para a vida infeliz dessas crianças, tem o tio folgado e aviadado que também atormenta essas pobres vítimas de gente estúpida, ruim e ignorantes.
Desculpem o termo, não tenho preconceito contra gays, mas esse cabra me irrita não por ser efeminado, mas por ser mau, frio e tornar a vida dessas crianças num inferno maior ainda. 
Ontem eu quis denunciar esses infames, mas fiquei com receio, pois são meus vizinhos de parede; parede finíssimas, diga-se de passagem.
As casas são geminadas e escuta-se tudo, desde as músicas ruins aos gritos de tortura e abuso contra essas pobres crianças.
Eu lavava a garagem e escuto a menina chorando e a mãe mandando que se calasse, o tio fresco a segura e diz: "Só vou lhe soltar quando você parar de chorar". Eu queria ter força e saúde para tirar a menina das garras desse infame e meter-lhe as mãos nas fuças, filho duma égua, safado, sem vergonha!
Observei, como sempre faço, que a violência e o abuso físico, verbal, psicológico e emocional provém das mães. O pai da menina ainda está em sua cidade natal e vem a São Paulo depois de resolver algumas pendências, segundo soube.
O pai do menino sai de madrugada para trabalhar e só volta no começo da noite e quando chega é aquela festa, o menino sorri, grita de alegria, é feliz.
Hoje mesmo ouvi o tio afrescalhado e a mãe da menina gritando com ambas as crianças; os pais do menino trabalham e o deixam em casa com essas duas criaturas abomináveis.
O bebê balbuciava, eu acho lindo os sons que os bebês emitem, e o tio abestado mandou o bebê calar a boca e ficar quieto: "Chega de 'dada gugu', fique quietinho, fique".
É nessas horas que sinto a presença de Deus e confirmo Sua Existência, porque se eu estivesse em boas condições físicas, daria uns cola brinco nos escutadores de música ruim desses nojentos!
Lembro de meu professor de Psicologia, Mr. Nathan Slaughter do Departamento de Psicologia do Merritt College em Oakland, California. O professor é meio "secão", durão, não muito afeito a firulas e puxa saquismo dos alunos e colegas. Ele disse que não existe instinto materno e isso foi criado pela igreja para que as mães tenham um bom comportamento para com seus filhos.
Não são todas as mães que amam seus filhos, muitas os tratam mal e os culpam por seus problemas. Somos animais e algumas fêmeas de outras espécies comem seus filhotes após o nascimento.
Não são todas assim, existem mães boas e amorosas que cuidam bem dos filhos, mas essas pobres crianças vizinhas não tiveram essa sorte.
Infelizmente.

                                   

                               



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pais e Filhos: Respeito

                                  


Tenho orgulho de sempre ter respeitado meus pais, mesmo quando eu discordava de suas ideias, da maneira como educavam alguns filhos e quando eu discutia com eles.
Mamãe dizia que todos nós seis éramos iguais para ela, mentira. Ela era machista e mimava mais os filhos homens, principalmente meus dois irmãos mais velhos.
Em contrapartida, papai implicava com meus irmãos e mimava excessivamente minha irmã caçula. 
Por que uns têm que se lascar enquanto outros ficam na boa?
Assisto às vezes aos programas Super Nanny tanto na versão americana quanto na versão brasileira. A nanny americana é na verdade uma inglesinha gorducha e a nanny brasileira é uma senhora argentina e que tem jeitão de diretora de escola.
São famílias disfuncionais; pais que trabalham o dia todo e quando chegam em casa não querem saber de problema. As mães cuidam da casa, dos filhos e se tentam conversar com os maridos, eles dizem que pagam as contas e botam a comida na mesa, então é obrigação delas cuidar dos pestinhas.
Machismo Latino Americano.
Em outros casos são mães que ficam constantemente com o filho caçula no colo e ignoram os outros. Uma mãe gritava com os filhos de cinco e sete anos, os deixava comendo sozinhos na mesa da cozinha enquanto ia para a sala com o bebê no colo para assistir TV. O marido chegava do trabalho, se arrumava e ia para a igreja. 
Não havia diálogo entre pais e filhos.
Outros casos mostraram filhos que não obedeciam os pais, os xingavam, batiam neles e faziam o que bem queriam.
Um menino de sete anos fora muito mimado porque tivera uma doença grave, e agora recuperado, tornara-se um monstrinho.
O moleque abriu o portão e foi para a rua andar de bicicleta e o irmão de dois anos o seguiu. A mãe pedia sempre por favor para o filho obedecê-la e respeitá-la, mas o moleque a xingava e falava palavrões.
Hoje existem leis proibindo os pais de darem palmadas nos filhos. Legal?
Acho que não. Apanhei da minha avó Mãevelha e nem por isso me tornei uma pessoa má, mal caráter ou algo de ruim.
Os pais não educam os filhos hoje e amanhã será a vida e talvez até a polícia que lhes dê uns corretivos.
Achei os pais muito "moles", ausentes, incompetentes, incapazes de educar, impor limites e respeito aos seus pimpolhos.
Como uma criança de dois, quatro ou sete anos pode dominar totalmente os pais? Que adultos serão essas crianças? Em que se transformarão esses pequenos monstrinhos quando crescerem? Em grandes monstros?
Não defendo o espancamento ou violência extrema, mas umas palmadinhas para educar não vão deixar ninguém tão traumatizado como querem impor os defensores da educação moderna. 
O que vemos hoje são crianças, adolescentes e jovens sem limite, sem respeito pelos outros e sem educação.
Estava no Shopping Penha certa vez e me direcionava para a escada rolante, um grupo de adolescentes risonhos e abobalhados acelera o passo e passa na minha frente, só não caí porque me apoiei em minha bengala.
Evito aglomerações porque tenho medo de ser derrubada e só vou à lojas, Shoppings  e afins em dias mais neutros. Fim de semana nem pensar!
São os filhos da condescendência, da liberdade excessiva, da falta de limites e de umas boas palmadas.
A Educação e o Respeito começam em casa.
Tem um ditado inglês que diz: A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo - The hand that rocks the cradle rules the world".
Como dizia mamãe: "Para um bom entendedor um risco quer dizer Francisco".



                                        

                                    


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Uniforme

                                  


Assisto agora ao SPTV que mostra reportagem sobre uniforme escolar.
Crianças indo para a escola com roupa comum ou com uniforme velhos do ano anterior.
Já falei aqui e repito: somos seis filhos e nunca recebemos uniforme ou material escolar de governo bonzinho e paternalista; mamãe sempre trabalhou  para comprar pelo menos o básico que garantisse nossa vida escolar.
Usamos muito uniforme e roupa usada que foram doados por vizinhos ou patroas de mamãe.
Mãevelha lavava, costurava, consertava, passava e íamos para a escola com nosso uniforme reciclado. O material escolar era comprado só pela metade, se na lista pedisse cem folhas de papel sulfite, iriam cinquenta e assim por diante. Os livros didáticos também eram comprados e tínhamos prazo para trazer o dinheiro para a professora que os compraria direto da editora e assim conseguiria um preço melhor.
E ela avisava: "Quem não trouxe o dinheiro do livro deve trazer até tal dia, pois teremos prova no dia tal".
Alguns coleguinhas mais legais emprestavam e nos deixavam copiar, mas sempre tinha aqueles fominhas que não emprestavam nada, regulavam tudo e ainda diziam: "Minha mãe não deixa eu emprestar".
Hoje vejo reportagens e mais reportagens sobre reclamações de mães cujos filhos não receberam uniforme nem material escolar. Uma mãe fez cara de vítima e disse que teve que tirar do bolso trinta reais para comprar um par de tênis para o filho. Tadinha! Deve ter tirado do dinheiro que seria para comprar a tinta e a química para alisar e aloirar suas madeixas.
Outra reclamação recorrente é sobre a falta de creches ou a distância até elas. Mães com crianças no colo e a típica cara de vítima e reclamando, claro. Uma delas disse que teve de deixar o emprego para cuidar da filha porque não havia vaga na creche e ela não tinha com quem deixar a criança; não tinha também condições de pagar cento e cinquenta reais para uma escolinha particular. É, mas o cabelinho estava esticadinho e loirinho, combinando totalmente com a realidade nórdica de nosso país tropical.
Se é para reclamar, bancar a vítima e esperar pelo governo bonzinho e paternalista, então não tenha filhos! Vá aos postos de saúde e lá terão disponíveis camisinhas, DIU, pílulas e outros métodos contraceptivos.
Mas dá um trabalho... Talvez queiram que o governo mande entregar em casa os contraceptivos também.
Eu sempre achei que quem criava os filhos eram os pais e não os avós ou o governo!


                                   

Família

                                    




Assistia ao programa "Encontro com Fátima Bernardes" e me chamou a atenção uma matéria feita sobre família.
Foram entrevistados jovens e seus pais e falado sobre mesada, sobre filhos que já constituíram família mas que moram com seus pais.
Uma mãe estava em um shopping com o marido, o filho, a nora e o neto e todos moram na mesma casa. A mãe alegou: "Ele ainda não tem condições de se manter sozinho, por isso nós resolvemos ajudar e todos moramos juntos na mesma casa".
Bom, na minha humilde e "inguinórante" opinião, se esse rapaz teve condições de engravidar uma moça então deveria ter condições de assumir sua própria família!
Filhos não brotam em árvores, nós os fazemos.
Filhos não pedem para nascer e nem para serem feitos, nós os fazemos.
Penso assim: se não temos condições de nos manter, para que então trazer outra pessoa ao mundo? Para empurrar para os avós criarem? Conheço muitos casos assim.
Mamãe dizia: "Mateo que o pariu, Mateo que o balance"
Mas esse é um comportamento recorrente na sociedade atual; jovens fazendo filhos e deixando a responsabilidade para seus pais. 
Acho que já falei aqui, mas vejo muitas avós em porta de escolas para levar e buscar os netos enquanto os filhos e filhas trabalham, estudam, se divertem e agem como se seus filhos fossem apenas um acidente de percurso e obrigação e responsabilidade dos avós. E não duvido nada que em apenas alguns anos esses netos seguirão o exemplo dos pais e trarão bisnetos para os avós cuidarem!
Vida longa aos avós!


                                  

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Arribaçã

                                              


Arribaçã, arribação, avoantes, pombas do sertão; são todos nomes de uma ave que se parece com uma pomba.
Arribaçã canta triste quando precisa deixar seu ninho para fugir da seca.
Arribaçã é comida de nordestino, é fonte de proteína quando a seca assola e devora o Sertão.
Mamãe e papai diziam que os filhos quando crescem são como arribaçã, não veem a hora de deixar o ninho. 
Que a chuva chegue no meu Sertão e se abanque um bocadinho.
Que arribaçã cante de alegria.
Que arribaçã não careça de deixar seu ninho nem o Sertão.
Que os filhos, que como arribaçã deixam o ninho, que deixem para construir seus próprios ninhos e não para fugir da tristeza que é a Seca.
Tomara meu Deus, tomara.