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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Postura

                                       


Terceira semana na secretaria e estou melhor adaptada. Ligações, fichas cadastrais, guichê etc...
Hoje foi um dia cheio, bastante movimentado e, como sempre, objeto de minhas análises e observações. Não só o dia de hoje, mas todo o período que tenho trabalhado na secretaria e na escola como um todo.
Já falei/escrevi sobre os temas Educação e comportamento dos alunos, crianças e pessoas em geral.
Sempre comparo a minha época escolar com a época atual e, infelizmente, a má educação impera na grande maioria das vezes.
A cada dez minutos desce um/a aluno/a pedindo para ligar para a mãe vir buscá-lo/a e a desculpa para tal é que está com dor de cabeça. A criatura faz cara de sofrimento, dor e agonia e mereceria ganhar um Oscar de melhor atriz/ator. 
Ligado para a mãe, pai ou responsável, o "pobre" aluno enfermo passeia pela escola, ri e brinca com os colegas até a hora de ir embora. A saúde volta como mágica.
Atendo a duas alunas e pergunto o que querem e ouço: "Nóis qué coisá o negóço do SPTrans (vale transporte)".
Acho que vou rasgar meu "diproma".
Além do ataque à pobre e inculta Língua Portuguesa, esses alunos e alunas ignoram, desconhecem ou pouco se importam com a boa educação, o respeito e uma postura correta ao lidar com as pessoas, principalmente professores, funcionários da secretaria, inspetores etc...
Chegam ao guichê já demandando o que querem; não usam "por favor, com licença, obrigado" e agem como se fossem seres superiores e estivessem nos agraciando com suas ilustres presenças.
O modo como falam conosco e chegam até nós é muito diferente do modo educado, respeitoso e até temeroso que tínhamos no meu tempo de escola.
"O tia, vem aqui. Ah, você tá demorando muito! Depois eu venho".
"O tia, liga pra minha mãe vim me buscar... Já ligou?"
Outro aluno assoviou para chamar a nossa atenção. Estávamos todas entretidas com nossos afazeres e não percebemos a doce criatura debruçada sobre o guichê, ele simplesmente assobiou!
Como é que é?! Liga pra minha mãe.
Como é que é?!
Por favor.
Ah, bom!
Falei com a diretora sobre esse oba-oba de aluno ir à secretaria e pedir para ligar para a mãe. Se não sentem-se bem, que fiquem em casa e /ou vão ao médico com a digníssima mãe, mas ficar enchendo nossa paciência com futilidades, falta de educação e arrogância não dá!.
As aulas iniciaram dia 27/01, vinte e sete de janeiro, e na quarta-feira foi entregue o Kit escolar: cadernos, caderno de desenho, lápis, borracha, apontador, régua, caneta etc... Uma semana após a entrega a aluna me pede uma caneta vermelha e eu pergunto pelo material/kit escolar dela e a resposta foi um dar de ombros e um muxoxo seguido de um "Ah!"
No dia da entrega do tal kit a diretora percebeu que "chovia" pedaços/cotocos de lápis e ao verificar, flagrou alunos quebrando seus lápis e jogando ou pela janela ou uns nos outros. Lindo isso.
Já falei o que penso sobre esse passar de mão na cabeça de gente folgada, acomodada e que se faz de vítima para garantir a ajuda perene de um governo paternalista e, em troca, o governo ganha votos e se mantem no poder.
É...
Pretendia falar/escrever mais, mas o calor associado à pressão alta está me deixando mole e com tonturas.
Boa noite a todos.



                                       



                                            


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Dia

                                           



Primeira semana de trabalho e eu estou cansadinha. O corpinho demora a se acostumar ao novo ritmo, mas estou gostando e estou bem.
Levanto cedo para assistir aos telejornais e acabo cochilando no sofá; é sempre assim.Assisti a um programa de artesanato e depois zapeei pelos canais de TV. Nossa!
Parei no canal Multishow e passava o programa TVZ; decidi dar uma olhada, fazia muito tempo que não assistia. Não perdi nem ganhei grande coisa. Perdi meu tempo.
Os clipes mais pedidos eram exibidos e quando liguei estava na posição número cinco; resolvi ver quem seriam os campeões. Não consegui.
Em quarto lugar cantava Claudia Leite uma música muito da boba, um tal de "Largadinho"; deixei para ver se a próxima prestava e só me decepcionei: Rihana dançando vulgarmente um quadradinho de oito em versão americanizada e cantando uma música monótona, enfadonha e fazendo apologia ao sexo, bebida, ostentação... Que moça chata!
Não dá! Pra mim não dá!. 
Mudei de canal e me desinteressei totalmente pelos clipes que viriam a seguir. Bons tempos aqueles de clipes simples mas com boa música.
E, na boa, se Claudia Leite, Rihana, Jennifer Lopez, Beyoncé, Mariah Carey dependessem de mim pra vender seus álbuns horrendos... melhor nem pensar.
Desliguei a TV e fui cuidar das coisas antes de me preparar para ir ao trabalho. Chego à escola e fico na secretaria; a inspeção esteve no local e recomenda que eu evite subir as escadas. A primeira coisa que fiz foi abaixar o volume do rádio. 
Gosto de música quando estou em casa fazendo as coisas, mas ouvir música enquanto leio, estudo, trabalho etc... não dá.
Trabalhei bastante e nem tive uma folguinha para ler mais umas páginas de Tchekhov. Voltei para casa cansada e esse calorão de deserto só piora as coisas.
Estou na metade do livro e o próximo na lista de espera será mais um de Erico Verissimo, um de meus autores favoritos.
Vou tomar mais um banho e me deitar; estou cansada.
É isso.


                                           

                                                  

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Funcionário Público

                                          


Há um consenso dizendo que funcionários públicos são mal educados, mal humorados, impacientes, arrogantes e outros vários adjetivos negativos.
Sou obrigada a concordar. Talvez nem todos os funcionários públicos sejam tão ruins assim, mas 99.99% são.
Sou funcionária pública também e também sou vítima da falta de simpatia e educação de meus colegas para comigo e para com o resto da humanidade.
Ainda colocam aquelas plaquinhas avisando que desacato a funcionário público é crime. 
Crime é o péssimo atendimento que nos é dado!
Fui à minha escola para levar e pegar alguns documentos e tive que aturar a má vontade, preguiça e desinteresse de uma funcionária da secretaria.
Já somos desrespeitados pelo governo, pelos pais, pelos próprios e alunos e também pelos funcionário da secretaria, que juntos formam A Legião da Má Vontade!
Peguei os benditos documentos e fui ao D.P.M.E (Departamento de Perícias Médicas do Estado) para agendar perícia para readaptação. O simpatiquíssimo funcionário me olhou como se eu fosse mais uma picareta saudável tentando dar o golpe da doença.
Mas não sou picareta, não sou saudável e não sou golpista!
Sou uma pessoa honesta, idônea e trabalhadora!
Agora é aguardar a data da perícia para ser analisada/examinada por um junta médica do setor. Meu ortopedista disse que acha praticamente impossível me negarem o benefício, mas ele mesmo reconhece que há médicos e médicos.
Sabe lá Deus o que se passa pela cabeça de um simpático médico perito.