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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ar Condicionado

                                            


Mamãe usava uma expressão só dela para dizer que algo não era bom, não a fazia bem. Ela dizia: "Não me dou-me com isso".
Eu digo o mesmo em relação ao ar condicionado. 
Sempre que fico algum tempo em ambiente com com ar condicionado, saio de lá com dor de cabeça e nariz entupido. 
Fiquei um tempão na Farmácia Alto Custo, depois no consultório médico e depois na loja onde presenciei a cena dantesca. Todos os lugares que fui/vou estão com seus aparelhos ligados no máximo e o ambiente fica até gelado. Uma senhorinha que conversava comigo enquanto aguardávamos nossa senha pediu ao segurança que desligasse ou moderasse a temperatura; estava muito frio.
Não me dou-me com ar condicionado.
O choque térmico é o problema. Saímos de um calorão, entramos numa fria, literalmente, e voltamos ao calorão. Como dizia minha avó Mãevelha: "Isso ofende os pórmão (pulmões) da pessoa!". No meu caso, ofende (prejudica) minha cabeça e começam os "ites"(inflamação + infecção): rinite, sinusite, meningite. Já tomei um bocado de antibiótico e sou suscetível à infecções devido à fístula liquórica (complicação presente em cirurgias de base de crânio. É necessário abrir passagem pela meninge, camada que envolve o cérebro,  para se chegar até o tumor. Essa passagem fica aberta e daí perde-se líquido cefalorraquidiano).
Já fiz uma cirurgia para a correção de fístula liquórica mas foi destruída pela radiação da Radiocirurgia. Terei que fazer outra. Minha Nossa Senhora das Candeias, iluminai meus caminhos!
A parte chata das cirurgias na/de cabeça são o incômodo e o desconforto do pós operatório. Claro, toda cirurgia gera um desconforto, mas acho que incomoda mais quando é na cabeça/cérebro.
Não consigo encontrar uma posição confortável para deitar e apoiar minha cabeça sem que doa. É difícil respirar com o tampão entre a boca e o nariz para recolher sobras da cirurgia. Toda a cabeça e o rosto doem.  
Mas se é um caminho que preciso percorrer...Irei.
Tem sempre gente boa comigo. Graças a Deus.


Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Oxum


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

À espera de uma cirurgia

Ainda no aguardo para fazer a cirurgia de correção de fístula liquórica.
O neurocirurgião havia pedido/marcado a cirurgia para 28/06, mas o convênio não autorizou. A data a seguir seria 22/07, mas o convênio disse que o pedido estava em análise. Finalmente foi autorizada para 08/08, mas peguei uma infecção nas vias aéreas superiores e foram 14 dias de antibóticos e depois mais 21 dias com outro tipo de antibiótico.
Resumo da ópera: Não fiz a cirurgia e se a tivesse feito eu já estaria recuperada e pronta para a radiocirurgia. Agora nem uma coisa nem outra!
O neurocirurgião responsável pela radiocirurgia já entrou em contato comigo para me pedir exames e relatórios médicos; tudo será analisado para ver se faremos o procedimento ou não.
O problema agora é o que médico responsável pela cirurgia de correção de fístula liquórica está preocupado com o fato e/ou a possibilidade de eu fazer duas cirurgias e uma destruir ou desmanchar o que a outra fez. Confuso.
Se tudo fosse feito como pedido a princípio, estaríamos eu e os médicos livres desse problema. E eu livre para voltar ao trabalho que tanto gosto.
Mas para quê facilitar se podemos complicar?
Essa semana que passou recebi correspondência do convênio me alertando para a portabilidade dos planos de saúde. Acho que foi uma indireta para eu mudar de plano. Acho que já dei muito prejuízo; foram até agora cinco cirurgias e dez internações, sem contar exames caros como Tomografia e Ressonância Magnética.
Essa demora me causa stress e insônia. Claro que há outros problemas envolvidos e tudo vem a acrescentar o que já está difícil.
Mas...Como já dizia o grande Vicente Mateus: "Quem está na chuva é para se queimar".

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mais...

Recebi hoje carta do Instituto de Radiocirurgia Neurológica lembrando-me sobre a necessidade de realizar novos exames para uma suposta nova radiocirurgia.
Digo suposta porque às vezes o procedimento não é necessário, tudo dependerá do resultado dos exames.
Mas antes disso eu preciso continuar o tratamento com antibióticos - mais 20 dias, já foram 14 - e depois retornar aos médicos para avaliação e cirurgia de correção de fístula liquórica.
Outro "mas": preciso também fazer tratamento com anti-inflamatório para tratar uma inflamação que surgiu no osso tarso do pé esquerdo e agora subiu para a perna. Acredito que só tomarei os anti-inflamatórios quando me recuperar da cirurgia (estou sendo muito otimista, contando com a autorização do convênio!).
O ortopedista aconselhou a fazer primeiro o tratamento com os antibióticos e os neurocirurgiões e o endócrino também. Meu cérebro merece mais atenção e cuidados nesse momento.
As dores de cabeça voltaram mais fortes e está difícil controlar a hipertensão.
Os exames de sangue ficaram prontos e os levarei para os médicos e farei cópias para levar à Farmácia Alto Custo para poder pegar meu remédio, Sandostatin-LAR 20mg (acetato de octreotida). Ainda bem que temos essa farmácia e o governo compra/importa remédios caros e que não são vendidos em farmácias comuns.
Essa semana que se inicia será de mais visitas a médicos para levar os exames feitos e pegar guia com pedidos para a realização de novos exames; ligar para o convênio e pedir senha de autorização para realizar os exames e, naturalmente, me estressar com a musiquinha irritante e com o blábláblá infindável da mensagem gravada até conseguir falar com um ser humano!
Ouvirei que o pedido"vai estar sendo analisado" e que "vão estar entrando em contato" comigo para "estarem dando" uma posição sobre o assunto. Tá.
Ainda tenho que comprar mais remédios, o que não é nada barato. Geralmente compro os genéricos e mesmo assim a conta é alta. Isso é mais um fator de preocupação. Não só me doem a cabeça e os ossos em crescimento, mas ultimamente o bolso tem doído muito.
Tenho que pagar consulta para um dos neurocirurgiões, pois ele não é cooperado ao convênio. A consulta não é nada barata! Mas é necessária. Tenho que fazer. Farei. Custe o que custar. Custa R$ 400.00. Putz!
Estou mais acostumada a tudo isso: médicos, exames, consultas, cirurgias, remédios...
Algumas vezes permito-me ser humana. Tenho minhas revoltas, pergunto meus porquês, comparo minha vida com a de outras pessoas. Por que eu? Por quê?
A resposta é: tem gente em pior situação que a minha. Eu voltei a andar, falar, comer e a fazer tudo o que eu deixei de fazer durante o período que fiquei em coma .Eu estou viva! E se estou viva é porque uma outra chance foi-me dada. Graças a Deus! Posso pagar um convênio, e aquelas pessoas que dependem da saúde pública? Deus!
Tenho sim meus momentos, tenho direito de tê-los. Sou humana, não sou perfeita.
...E como dizia minha titânica mãe: "Eu já comi toucinho com mais cabelo!" e "Dias melhores virão".
E como dizia meus pai: "São duas coisas que eu não conheço: medo e preguiça".

Papai e Mamãe.
José Soares e Marlene Gomes