Mostrando postagens com marcador arrogância. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador arrogância. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Pecados Capitais: Arrogância

                                 


Dos sete pecados capitais, a arrogância é o mais irritante, na minha humilde opinião.
Os sete pecados capitais são: gula, avareza, preguiça, ira, soberba (arrogância, orgulho, vaidade), luxúria e inveja.
Acredito que cada um de nós tem traços de cada um dos pecados, em maior ou menor intensidade.
Falo isso porque venho observando o comportamento arrogante, e até desrespeitoso, de uma professora que outrora fez parte da equipe gestora da escola. 
Bom, ela não é a única folgada, mas tem um comportamento um pouco pior que as/os demais. Explico.
Ela exala e emana arrogância, é fato. A própria postura corporal e o nariz empinado demonstram arrogância. Anda como se pisasse em ovos, olha a todos de baixo para cima e não tem a menor humildade ou simplicidade para pedir licença ou por favor.
Entra na secretaria como se estivesse entrando em domínio próprio. Não pede licença e logo vai largando óculos, chaves e outras talhas sobre a mesa onde estão os computadores. Senta-se e diz: "Coloca a senha pra mim". OK.
Fala ao telefone, navega pela Internet, toma o café e ataca o lanchinho que o cantineiro nos traz todos os dias.
Mas ontem a arrogância e o desrespeito dela chegaram a extremos, continuo explicando: Ela entrou, sentou-se na cadeira, colocou os pés sobre a mesa e falou ao telefone em viva voz! Aquilo estava incomodando e muito!
Os pais vinham para assinar a matrícula dos filhos ou solicitar documentos e eu tinha dificuldade para ouvi-los. Por favor!
Mas ela continuou falando ao celular no modo viva voz por mais de vinte minutos e ignorou nosso "por favor". Ela deve se achar muito importante e superior ao resto da humanidade!
Terminou de falar ao celular e usou o telefone da escola para fazer outras ligações. Demorou-se muito na secretaria e isso estava me irritando.
Baita falta de noção e de respeito!
Ela deve adorar a secretaria, pois fica lá a maior parte do tempo e eu dou graças a Deus quando vai embora ou vai para a sala dos professores, que é onde deveria ficar.
É professora esganiçada e escandalosa, é professora arrogante e folgada, é gente sonsa, é tanta coisa errada...
E nem vou falar do terreno tomado pelo mato e pelos ratos, do sinal que vai continuar quebrado em 2015 e agora da calçada quebrada e abandonada. Ter que descer do carro para empurrar o portão e sujar os sapatos no barro vermelho que se forma durante as chuvas. Escorregar nesse mesmo barro e tropeçar no cimento quebrado do que um dia foi um calçada boa. 
Estou para ver escola mais abandonada do que essa. Infelizmente.
É isso.


                                       


domingo, 14 de setembro de 2014

Perdendo

                                 


Algum tempo atrás escrevi sobre meu cemitério particular. Volto a falar dele e volto a cavar suas terras para "enterrar" mais "falecidos".
É tanta arrogância, empáfia, nariz empinado e falta de educação mesmo... é gente tão "julgosa", como dizia mamãe.
Gente que julga e se julga. Gente que se acha melhor que o outro, que se acha mais rica, bonita, importante e mais certa que o outro.
Falei ontem sobre o falecimento da senhora tacanha e morbidamente apegada ao dinheiro; ela não levou nada daqui!
As pessoas se esquecem disso e seguem se achando a última bolacha do pacote, mas a última bolacha está quase sempre quebrada!
A vida continua e seguimos em frente e se não somos importantes e não fazemos falta para essas pessoas, para que e por que insistir?
Entrega nas mãos Deus e siga sua vida, diria mamãe.
É o que tenho feito ultimamente e muito! Depois eu que sou a antissocial, amarga, que não procuro a família, que estou assim porque não procuro Deus, que isso que aquilo. Melhor ouvir que ser surdo? Sei não...
Não sou antissocial, apenas gosto de ficar no meu canto e detesto exageros.
Não sou amarga, sou doce até demais, minha glicemia disparou essa semana, mas está tudo bem agora.
Tenho minha Fé, que é muito forte, e não preciso berrar aos ouvidos divinos, Deus não é surdo! Também não preciso, supostamente, falar em línguas que mais parecem itens de um cardápio de restaurante árabe: esfiha, kibe, tabule...
Não julgo vãs as outras fés, crenças e religiões como se a minha Fé fosse a mais certa e não acho certo quando fazem o mesmo para com minha Fé e a dos outros.
Eu fico na minha. Não sou de bate boca, de barraco e essas coisas, só me irrito quando quero ficar quieta no meu canto e lá vêm esses malditos cabos eleitorais me encher a paciência no aconchego do meu lar!
Mas é difícil, se não impossível, fazer essas pessoas entender que eu tenho o direito a ter minhas próprias escolhas, sejam elas políticas, religiosas etc... Que eu não vou mudar para satisfazer a vontade de ninguém e, assim como eu procuro respeitar as opções dos outros, que eles também respeitem as minhas!
Se eu estou assim, com a saúde não muito boa, é por conta de uma série de problemas: diabetes, hipertensão, osteoartrite sistêmica, Acromegalia... 
A solução é simples: fico na minha, "enterro" mais alguns no meu cemitério particular, não me fazem bem ou falta. Tentei, mas não deu, infelizmente.
Sigo com minha vida, sigo com minha importância desimportante, sigo com minha Fé, sigo em frente.
Não vou bajular, paparicar ou puxar o saco de ninguém só para ser aceita, o que eu duvido, e como dizia bisavó Maria Higinia, dona Gina: "Quem se abaixa demais, o rabo aparece! Quem faz de cachorro gente, fica com o rabo no dente! Engulo um boi com as pontas (chifres) e não me entalo, já um mosquito me entala!'. 
Sábia bisavó!
Tenho me entalado tanto!
A gente fica chateada e até triste, mas esses sentimentos são normais em dias de enterro.
É isso.



                                              



                                       




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Atribuição

                               



Fui à escola hoje para a atribuição de aulas de 2013.
Encontrei antigos e novos colegas. Alguns me cumprimentaram, perguntaram como eu estou e se volto para a escola esse ano.
Outros colegas me ignoraram, como uma das duas amigas inseparáveis e que se julgam donas da escola.
Uma professora me olhou como se eu fosse nojenta ou tivesse uma doença contagiosa e uma outra, que tem um rei na barriga, levou o filho junto e o moleque cochichava no ouvido dela e segurava sua cabeça para fazer com que a mãe olhasse para mim: "Mãe, essa moça parece homem".
Por ser professora e trabalhar na e com a Educação, a postura dessa colega deixou a desejar. 
Mas como disse o diretor da primeira escola em que trabalhei: "Liga o f... e seja feliz!".
E tanto na chegada como na saída, fui objeto dos olhares de dúvida de pais e mães de alunos que lá estavam para fazer a matrícula de seus doces pimpolhos.
Ficamos das onze horas da manhã até quase as três da tarde fazendo atribuição, escolhendo turmas, organizando os horários e falando sobre as classes especiais que teremos. São alunos com dificuldade de leitura, escrita e interpretação de texto, mas têm também aqueles espertos no meio da turma que são bobinhos para estudar, mas são excelentes para fazer bagunça, desrespeitar o professor e usar sua parafernália eletrônica em sala de aula.
É mais ou menos o que papai falava: "Se faz de morto para ..."
Adorei pisar em solo tão querido, apesar da arrogância de alguns.
Causou-me dores e entrevamento o sentar e levantar das baixas carteiras dos alunos. Senti na pele, e nos meus ossos,  que realmente não dá mais. Infelizmente.
São muitas turmas, muitas aulas, três pisos para subir e descer entre as trocas de professores. Eu não tenho mais saúde para isso. Fico triste.
As aulas iniciarão em primeiro de fevereiro e eu queria tanto ver minha turminha das quintas e sextas que agora estão nas sétimas e oitavas séries.
Não fosse essa dor maldita e esse entrevamento, eu voltaria. Com todos os problemas, com todo o stress, tempo curto e cobrança do coordenador pelas notas e faltas dos alunos, eu trocaria tudo isso por minha saúde de volta.
Veremos.
É isso.

                                   

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Satisfeito

                                         


Paipreto recebia visitas de fazendeiros e auto proclamados coronéis.
Recebia também a visita de gente comum moradora da região e dos pretendentes à mão -e a todo o resto - das filhas solteiras.
Ao contrário da humildade e timidez das pessoas mais simples, o traço mais marcante dos auto proclamados coronéis era a arrogância: "Como vai vosmecê e a família, seu coroné?"
"Do jeito que você tá vendo! E que interesse você tem em saber de minha família?"
Uma tarde o coronel estava conversando com Paipreto quando chega outra visita, às vezes era um desafeto, e para cutucar a onça com vara curta, Mãevelha perguntava: "Seu Coroné, o sinhô vai esperar por seu José pra modi ir simbora?"
"Oxente! Esperar por quê? Não vim com ele e nem nasci agarrado com ele! Vôte!"
Paipreto e Mãevelha ofereciam almoço ou alguma refeição, de acordo com a hora da visita: "O sinhô quer mais um bocadinho dessa carne?"
"Quero não. Eu tô sastifeito. Se eu quiser mais eu mesmo pego!".
Quando o arrogante coronel finalmente ia embora, Mãevelha comentava com Paipreto: "Vôte, que homi mais inguinórante!"
As visitas continuaram sempre frequentes com meu Paipreto sendo um bom escutador de causos e histórias e minha Mãvelha uma boa e educada anfitriã.