domingo, 14 de setembro de 2014

Perdendo

                                 


Algum tempo atrás escrevi sobre meu cemitério particular. Volto a falar dele e volto a cavar suas terras para "enterrar" mais "falecidos".
É tanta arrogância, empáfia, nariz empinado e falta de educação mesmo... é gente tão "julgosa", como dizia mamãe.
Gente que julga e se julga. Gente que se acha melhor que o outro, que se acha mais rica, bonita, importante e mais certa que o outro.
Falei ontem sobre o falecimento da senhora tacanha e morbidamente apegada ao dinheiro; ela não levou nada daqui!
As pessoas se esquecem disso e seguem se achando a última bolacha do pacote, mas a última bolacha está quase sempre quebrada!
A vida continua e seguimos em frente e se não somos importantes e não fazemos falta para essas pessoas, para que e por que insistir?
Entrega nas mãos Deus e siga sua vida, diria mamãe.
É o que tenho feito ultimamente e muito! Depois eu que sou a antissocial, amarga, que não procuro a família, que estou assim porque não procuro Deus, que isso que aquilo. Melhor ouvir que ser surdo? Sei não...
Não sou antissocial, apenas gosto de ficar no meu canto e detesto exageros.
Não sou amarga, sou doce até demais, minha glicemia disparou essa semana, mas está tudo bem agora.
Tenho minha Fé, que é muito forte, e não preciso berrar aos ouvidos divinos, Deus não é surdo! Também não preciso, supostamente, falar em línguas que mais parecem itens de um cardápio de restaurante árabe: esfiha, kibe, tabule...
Não julgo vãs as outras fés, crenças e religiões como se a minha Fé fosse a mais certa e não acho certo quando fazem o mesmo para com minha Fé e a dos outros.
Eu fico na minha. Não sou de bate boca, de barraco e essas coisas, só me irrito quando quero ficar quieta no meu canto e lá vêm esses malditos cabos eleitorais me encher a paciência no aconchego do meu lar!
Mas é difícil, se não impossível, fazer essas pessoas entender que eu tenho o direito a ter minhas próprias escolhas, sejam elas políticas, religiosas etc... Que eu não vou mudar para satisfazer a vontade de ninguém e, assim como eu procuro respeitar as opções dos outros, que eles também respeitem as minhas!
Se eu estou assim, com a saúde não muito boa, é por conta de uma série de problemas: diabetes, hipertensão, osteoartrite sistêmica, Acromegalia... 
A solução é simples: fico na minha, "enterro" mais alguns no meu cemitério particular, não me fazem bem ou falta. Tentei, mas não deu, infelizmente.
Sigo com minha vida, sigo com minha importância desimportante, sigo com minha Fé, sigo em frente.
Não vou bajular, paparicar ou puxar o saco de ninguém só para ser aceita, o que eu duvido, e como dizia bisavó Maria Higinia, dona Gina: "Quem se abaixa demais, o rabo aparece! Quem faz de cachorro gente, fica com o rabo no dente! Engulo um boi com as pontas (chifres) e não me entalo, já um mosquito me entala!'. 
Sábia bisavó!
Tenho me entalado tanto!
A gente fica chateada e até triste, mas esses sentimentos são normais em dias de enterro.
É isso.



                                              



                                       




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