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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

É isso

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Mais uma semana difícil.
Uma gripe acompanhada de sinusite, rinite e otite; muitas "ites". Tem sido assim ultimamente, temporadas curtas de boa saúde e outras longas de dores, entrevamento, gripes e as "ites". Está demais.
O ruim da gripe é que ela derruba a gente e eu, que ando tão fraca e adoentada, sou fácil de derrubar.
Ânimo e vontade de fazer as coisas, não tenho tido muito.
Ando meio triste, cansada, revoltada, desanimada e às vezes tenho vontade de desistir de tudo e deixar ver o que vai acontecer. Mas lembro que tenho vidas que dependem de mim, que quero ver meus sobrinhos formados e encaminhados na vida e tem muita coisa que eu ainda quero fazer.
Vivo trancada dentro de casa e só saio quando vou aos médicos, laboratórios ou a algum raro evento em família. Dependo dos irmãos, alguns, para me fazer ou trazer o que preciso.
Quero fazer as coisas em casa, mas meu corpo não é tão ágil como minha mente. Vou devagar e têm dias que estou devagar demais e isso ora me irrita, ora me entristece.
Amanhã farei mais exames para levar ao médico do Grupo de Coluna e uma nova cirurgia será necessária para ajustar os parafusos que estão frouxos. 
E tem mais.
Estava e ainda estou muito ansiosa; tive que aguardar a autorização para fazer a tomografia computadorizada e um novo Raio X, que será pago.
Mais uma preocupação e mais gastos extras com exames e táxi. Não está fácil não.
Se fosse só a Acromegalia, eu estaria até que bem, mas tenho essa coluna doente, joelhos tomados pela artrose, pelas dores e entrevamento.
Tenho tanta saudade da escola, dos pequenos, de tudo.
Por que tudo o que eu gosto tanto é tirado de mim? 
Fez muito calor hoje e transpirei bastante; vou tomar um banho antes de me deitar e esperar o vizinho tagarela calar a boca lá pelas duas da manhã.
Falta de educação do caramba.
É isso.




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sexta-feira, 27 de março de 2015

Raiva

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Ando meio triste e revoltada. Uma raiva somada à frustração.
É revoltante e dá uma raiva danada a gente querer fazer as coisas e ter limitações. Frustrante.
Demorou um tempão para arrastar do saco de lixo do quintal dos fundos até a calçada. Conto os quadrados do piso e sinto um alívio à medida que os números vão diminuindo: está cada vez mais perto o fim dessa agonia.
Ontem preparava minha janta e me arretei. Tudo é difícil, custoso, trabalhoso e doloroso. 
Encaixar o andador perto da pia. Afastar o andador quando precisar abrir a geladeira. Puxar uma cadeira e sentar quando precisar olhar o bolo que assa no forno. Ter que sentar para descascar frutas e legumes; ficar muito tempo de pé deixa as pernas fracas e trêmulas.
Estender a roupa no varal é outro sacrifício, pelo amor de Deus!
Isso tudo me causa uma revolta e gera uma raiva dolorosa.
Não, não sou uma pessoa amarga. Não desejo o mal a quase ninguém e, se puder ajudar eu ajudo, mas nunca prejudicaria a quem quer que seja.
A raiva é pela saúde cambaleante, as pernas fracas, a coluna doente, as articulações duras e entrevadas, as dores...
Eu que gosto de trabalhar, de cuidar da casa, das plantas, livros e gatos... Ter que reduzir o que antes fazia com tanta naturalidade; tomar cuidado para não cair, tomar remédios para controlar as dores, depender de táxi ou carona... Não quero essa vida pra mim não.
Quero uma vida simples e com saúde, é o que quero e peço. Amem.
Comprei tapioca, leite condensado e coco ralado; vou fazer um bolo amanhã para comer com café.
É isso.



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domingo, 14 de setembro de 2014

Perdendo

                                 


Algum tempo atrás escrevi sobre meu cemitério particular. Volto a falar dele e volto a cavar suas terras para "enterrar" mais "falecidos".
É tanta arrogância, empáfia, nariz empinado e falta de educação mesmo... é gente tão "julgosa", como dizia mamãe.
Gente que julga e se julga. Gente que se acha melhor que o outro, que se acha mais rica, bonita, importante e mais certa que o outro.
Falei ontem sobre o falecimento da senhora tacanha e morbidamente apegada ao dinheiro; ela não levou nada daqui!
As pessoas se esquecem disso e seguem se achando a última bolacha do pacote, mas a última bolacha está quase sempre quebrada!
A vida continua e seguimos em frente e se não somos importantes e não fazemos falta para essas pessoas, para que e por que insistir?
Entrega nas mãos Deus e siga sua vida, diria mamãe.
É o que tenho feito ultimamente e muito! Depois eu que sou a antissocial, amarga, que não procuro a família, que estou assim porque não procuro Deus, que isso que aquilo. Melhor ouvir que ser surdo? Sei não...
Não sou antissocial, apenas gosto de ficar no meu canto e detesto exageros.
Não sou amarga, sou doce até demais, minha glicemia disparou essa semana, mas está tudo bem agora.
Tenho minha Fé, que é muito forte, e não preciso berrar aos ouvidos divinos, Deus não é surdo! Também não preciso, supostamente, falar em línguas que mais parecem itens de um cardápio de restaurante árabe: esfiha, kibe, tabule...
Não julgo vãs as outras fés, crenças e religiões como se a minha Fé fosse a mais certa e não acho certo quando fazem o mesmo para com minha Fé e a dos outros.
Eu fico na minha. Não sou de bate boca, de barraco e essas coisas, só me irrito quando quero ficar quieta no meu canto e lá vêm esses malditos cabos eleitorais me encher a paciência no aconchego do meu lar!
Mas é difícil, se não impossível, fazer essas pessoas entender que eu tenho o direito a ter minhas próprias escolhas, sejam elas políticas, religiosas etc... Que eu não vou mudar para satisfazer a vontade de ninguém e, assim como eu procuro respeitar as opções dos outros, que eles também respeitem as minhas!
Se eu estou assim, com a saúde não muito boa, é por conta de uma série de problemas: diabetes, hipertensão, osteoartrite sistêmica, Acromegalia... 
A solução é simples: fico na minha, "enterro" mais alguns no meu cemitério particular, não me fazem bem ou falta. Tentei, mas não deu, infelizmente.
Sigo com minha vida, sigo com minha importância desimportante, sigo com minha Fé, sigo em frente.
Não vou bajular, paparicar ou puxar o saco de ninguém só para ser aceita, o que eu duvido, e como dizia bisavó Maria Higinia, dona Gina: "Quem se abaixa demais, o rabo aparece! Quem faz de cachorro gente, fica com o rabo no dente! Engulo um boi com as pontas (chifres) e não me entalo, já um mosquito me entala!'. 
Sábia bisavó!
Tenho me entalado tanto!
A gente fica chateada e até triste, mas esses sentimentos são normais em dias de enterro.
É isso.



                                              



                                       




quarta-feira, 13 de março de 2013

Polícia, Sardinha e Ovo de Páscoa

                              


Mais uma noite mal dormida. Somaram-se insônia, as dores nas pernas e nos joelhos e os barulhinhos noturnos. 
Mamãe dizia que nossas pernas doem quando estamos crescendo; e doem muito!
Eu, prestes a completar quarenta e seis anos, dos quais, quarenta aqui nesse meu Santo São Paulo, ainda estou crescendo! Acromegalia do caramba!
Fui dormir bem depois das cinco horas da manhã; às quatro e quinze, chamei a polícia. Acho que já passou da hora de dar um basta nessa palhaçada!
Policiais novinhos, quase meninos ainda. 
Se eu fosse mãe não deixava não. Já pensou, meninos tão novinhos pela madrugada paulistana a combater o mal?
Deitei-me às seis e só consegui mesmo pregar o olho lá pelas oito e meia; de manhã por aqui é uma barulheira danada.
Me levantei às dez e depois das minhas obrigações domésticas e felinas, fui ao banco para pagar mais duas contas. Acho que para esse mês de março foram as últimas. 
Voltei tão cansada e tão dolorida. Deitei um pouco, mas não deu para cochilar; corpo cansado e mente a mil. Não combina.
Ainda faltam os ovos de Páscoa, mas já dei um jeito e acredito que amanhã vá comprá-los.
Quero também comprar sardinhas e prepará-las na panela de pressão, com bastante alho e vinagre. Delícia.
Amanhã estarei melhor dessas dores, é só pensar no prazer gastronômico da sardinha e do chocolate.
Pensar em coisas boas quando estamos meio tristes é um ótimo exercício mental.
É isso.





                                  

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Brasil

                              


Triste e lamentável as mortes dos jovens em boate na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Tenho grande apreço pelos gaúchos, como já disse aqui, principalmente gaúchos caminhoneiros que viajam sós ou com suas famílias pelas estradas do Brasil.
Uma ampla cobertura pela imprensa e destaque nas mídias estrangeiras.
A sempre sorridente Sandra Annenberg falava e entrevistava ao vivo parentes das vítimas ou apenas conhecidos que estavam lá para ajudar.
O bonitão e competente William Bonner também falava ao vivo do local.
Caminhões do Exército Brasileiro, alimentos e água enviados por pessoas que se solidarizaram com a tragédia.
Palavras e lágrimas da Presidenta Dilma Rousseff dizendo que ajudará as famílias das vítimas.
Muito bacana e humano tudo isso. Lindo.
Mas eu gostaria muito que Sandra Annenberg fizesse caras e bocas de choro, trejeitos de quem sente o sofrimento do outro se fosse e quando fosse ao Nordeste do Brasil e visse a seca dizimando, matando e destruindo as famílias e seus animais. Queria ver sua expressão facial ao ver o gado seco e esturricado morto pela fome e pela seca.
Eu queria ver Wiliam Bonner em uma roupa mais leve para suportar o escaldante calor nordestino enquanto relata a gente pobre, humilde, sem estrutura e sem ajuda que caminha léguas até encontrar um resto de água suja e salobra em algum açude perdido por aquelas paragens.
Eu queria que a presidenta Dilma Rousseff voltasse seus olhos, suas lágrimas e sua ajuda para as famílias de miseráveis que minguam na seca.
Fome, sede, seca, miséria, sofrimento, abandono, morte e muito mais estão sempre presentes na vida do sertanejo nordestino. Não à toa, somos antes de tudo fortes.
Tem que ser se quiser sobreviver.
A Região Nordeste parece que não faz parte do Território Brasileiro, parece que é um outro país longínquo, esquecido e ignorado, cuja população não passa de gente de baixa estatura, cabeça chata e pele queimada pelo sol.
Os únicos atrativos no Nordeste são as belas praias e seus cantores, a maioria saltitante e repetitivo.
Talvez o Nordeste não faça parte do Território Nacional porque não tem gente bonita, branca, de olhos claros e com melhor educação e situação financeira.
Nordeste tem gente bonita sim! Gente culta e muito educada!
Reportagens sobre a seca são sempre curtas e ninguém se mobiliza para arrecadar alimentos e água e mandar para os famélicos de lá.
Reportagens sobre outras tragédias em outros estados são longas, recebem muita atenção da mídia e o país todo se mobiliza para ajudar, até mesmo os moradores do país distante que é o Nordeste.
Não pretendo desrespeitar ninguém, muito menos sua dor e seu sofrimento, mas nordestinos também sofrem, também sentem dor no estômago vazio e na alma cheia de esperança.
O Nordeste é um país esquecido, abandonado e ignorado, mas sempre fez e é parte desse Brasil.
Há séculos, décadas e anos a seca assola o Sertão e isso virou rotina e coisa sem importância.
Talvez falar de gente jovem, bonita e classe média que foi se divertir seja mais importante do que falar de gente que morre de fome um pouco a cada dia.
Desculpem mais uma vez e repito que não pretendo desrespeitar ninguém e lamento a dor e o sofrimento de todos, mas o povo nordestino também é gente.
É isso.





                             




domingo, 13 de maio de 2012

Setembro

                                                                  


Além de maio, setembro é outro mês marcante para mim.
Alguns eventos tristes, fortes e marcantes aconteceram em setembro.
Lembro exatamente da bela tarde de Primavera de vinte e oito de setembro de 1989. Céu azul, nuvens brancas, tarde dourada e uma forte, tensa e intensa escuridão dentro de mim.
Já travei batalhas solitárias para segurar a dor que me devorava e para parecer normal aos olhos das pessoas... Dor, angústia, medo, dúvida.
Ouvia no rádio de pilha de mamãe canções da nossa MPB (música popular brasileira) e me intrigavam as canções Paralelas e Manhãs de Setembro da cantora Vanusa.
Pétalas, Meu Bem Querer, Faltando Um Pedaço de Djavan; músicas de Lulu Santos, Zé Ramalho, Fagner...A boa e velha MPB e não os "tche re re, eu quero tchu tcha" de hoje. Na boa.
Eu doía, sofria, chorava... tudo por dentro.
Não sei.
Tenho sonhado diariamente com mamãe e tenho essa agonia dentro de mim.
Tenho tido flashes de imagens do meu coma e me assustam.
Tenho medo das coisas que vi e peço a Deus que quando chegar minha hora, que eu vá em paz, que eu feche os olhos para esse mundo e os abra já na companhia de papai, mamãe, meu Paipreto, avô José, Mãevelha e o meu povo antigo na casa verde e azul. Na santa paz de Deus. Amém.
Não vou mais acordar chorando.
Metade de agosto e setembro inteiro em coma; era 2009.
Mas tem coisa boa também, graça a Deus, eu "vi" uma delas durante um flash, durante um apagão rápido de segundos no qual viajo até o arquivo do coma e lá revejo e relembro as coisas que vi e/ou me foram mostradas.
Esses flashes dessas viagens rápidas me assustam.
Em alguns meses será o aniversário de três anos dessa agonia, da dor, sofrimento, medo, solidão, culpa, injustiça, frio, fome, sede e uma vontade enorme de me libertar daquela tormenta, meu Deus.
Sei lá, música, coma, flashes, medo, desconforto...Vou parar por aqui.
Os dias ruins já se foram...
Dias Melhores Virão.
Estão a caminho.
Por favor, Deus, eu já doí demais.


Mar, meu doce mar