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domingo, 29 de abril de 2012

Faustão

Beatriz tem cinco anos e ainda não entende a relação entre tempo, dias da semana, meses...
Ela sabe que é quinta-feira porque é dia de balé e sexta-feira porque é dia de levar brinquedo na escola.
Sábado é dia feijoada, de lavar roupas, de feira e pastel com caldo de cana.
Domingo é dia de Faustão.
A mãe fala que vai lavar seu uniforme e ela pergunta: "Quando eu vou pra escola, mãe?"
"Segunda-feira".
"Segunda-feira é depois do Faustão?"


                                             

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pogobol

                                            


Trabalhava em meu primeiro emprego e a primeira coisa que comprei foi um brinquedo para Fubá. Ele tinha visto o comercial na televisão e me pediu o brinquedo de nome estranho.
O brinquedo se chamava Pogobol e parecia com o planeta Saturno: uma bola de borracha circundada por um anel plástico.
Comprei o brinquedo e dei a Fubá que ficou encantado com a novidade. Ele brincava o tempo todo e parecia não se cansar nunca, tanto que nem percebeu os calos que fez nos pés e a pele esfolada pela fricção com o brinquedo.
Fubá brincou muito com o Pogobol.

Skate de Bebê

                                                


O skate era o brinquedo da moda e virou febre entre a molecada.
Fubá vê um comercial na TV mostrando um skate grande e com poderosas e potentes rodas que fazem manobras radicais.
Fubá pede a mamãe para comprar o tal skate e ela diz para ele esperar o dia do pagamento.
Chega o bendito dia do pagamento e mamãe vai ao bairro da Penha comprar o tão desejado skate de Fubá.
Ele espera ansioso e nós também.
Algumas horas depois mamãe abre o portão e a vemos entrar com um pacotinho debaixo do braço. Estranhamos e achamos que ela não comprou o skate. O que teria acontecido?
Perguntamos a mamãe: " Mãe, cadê o skate que a senhora foi comprar para o Fubá?"
"Oxe. E vocês não estão vendo o pacote aqui não, é?"
Nos entreolhamos e notamos a decepção de Fubá ao abrir o pacote e encontrar o pequeno skate.
Mamãe estranha nosso desânimo e pergunta: "Mas o que é que tem de errado com esse skate? Não era isso que Fubá queria?"
"Oxe, mãe. E a senhora chama isso de skate? Só se for skate de bebê".


                                              
                                           

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O menino que engoliu o trem e prendeu a orelha na geladeira



Ronaldo é o caçula dos meninos e desde bebezinho é chamado de Fubá.
Fubá nasceu grande, com mais de quatro quilos e era chamado pelos médicos e enfermeiras de "O pai do berçário". Além do seu tamanho, Fubá também tinha/tem outras partes em seu corpo que são bem grandes: a cabeça e as orelhas.
E por causa do cabeção e dos orelhões, Fubá foi vítima de muita gozação e aporrinhação (bullying) por parte da molecada da rua e da escola. E por nós também - ninguém é de ferro.
Fubá aprontou muita arte quando menino. Minha Nossa Senhora!
Uma vez ele brincava com um carrinho e empurrando com muita força, fez com que o brinquedo fosse parar debaixo do armário. Fubá abaixa-se para pegar o carrinho, mas não conseguindo alcançar, arrasta-se para debaixo do móvel. Alcançou e puxou o brinquedo, mas tem certa dificuldade para se levantar: a cabeça ficou presa entre o armário e o chão.
Fubá tentar sair sozinho, não consegue e entra em desespero. Chora e chama por mamãe, que grita: "Acode aqui. O menino prendeu a cabeça debaixo do armário!".
Papai, mais um grupo de pessoas que estavam em casa ajudam a levantar o móvel para Fubá poder sair.
Uma das pessoas presentes no resgate olha para Fubá e diz: "Também, com uma cabeça dessa!".
O que Fubá respondeu é impublicável.
De outra feita Fubá está na cozinha fazendo seu pratinho e com uma das mãos segura o prato e com a outra abre a geladeira para pegar suco. Como só tem duas mãos, Fubá resolveu usar a cabeça, literalmente.
Ele empurra a porta da geladeira com a cabeça e acaba prendendo uma das orelhas. Ele puxa a cabeça, se remexe, vira para todos os lados e nada de se soltar. 
Fubá chora e grita por socorro: "Ajuda aqui!"
Todos correm para ver o que aconteceu e chegando à cozinha nos deparamos com a seguinte visão: Fubá com o prato de comida numa mão, um copo com suco na outra e a orelha presa na geladeira.
Ninguém conseguiu segurar o riso. Fubá fica mais nervoso e diz: Vão ficar parados aí? Me solta, p...!"
Fubá é salvo novamente.
Num belo dia, Fubá compra uns doces que trazem pequenos brinquedos como brinde e num desses doces vem um trenzinho.
Fubá muito guloso e zóião, come o doce e lambe o trenzinho de brinquedo até deixá-lo limpinho, mas distraído engole o brinquedo.
Desespera-se. Tenta colocar o trenzinho para fora; não consegue, chora e pede nossa ajuda. De novo.
Mamãe pergunta: "O que foi dessa vez, Fubá?!
Meu pobre irmãozinho responde e pergunta ao mesmo tempo:
"Engoli o trem. Vou morrer?"
Papai, rindo muito, responde: "Morre nada! Se não saiu por cima, amanhã ele sai por baixo. Se avexe não!".