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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Frango e Batata

                                           


Mamãe havia partido e em casa ficaram papai, Renata, Naldão e Fubá.
Renata era a chef da casa e preparava o jantar para quando todos chegassem do trabalho. O cardápio era sempre alguma carne com batata: carne moída com batata, carne com batata, salsicha com batata, frango com batata, qualquer coisa com batata.
Uma vez fui ao supermercado e Renata foi junto, pois precisa comprar, adivinha o que? Batata!
O preço da carne subiu e o consumo de frango aumentou; era frango todos os dias. Frango frito, assado, cozido, empanado, com molho, torta de frango, qualquer coisa com frango.
Fubá chega do trabalho e pergunta: "O que vai ter pra janta, Renata?"
"Frango com batata"
"De novo?! Pelo amor de Deus! Não aguento mais comer frango, daqui a pouco vou criar bico!"




                                                   

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Graças a Deus

                                             


Final de mês, dia do pagamento que demorava a chegar, as coisas acabando, mamãe coçando a cabeça e dizendo: "Está acabando tudo, graças a Deus".
Dia do pagamento, dinheiro, supermercado, compras, cozinha abastecida, graças a Deus.
Mamãe abre as embalagens, se concentra, reza, agradece por aquele alimento, pede que nossa mesa seja farta, graças a Deus.
Algumas pessoas estranhavam esse hábito de mamãe de agradecer a Deus pelas coisas que acabavam, pelas dificuldades, por tudo.
Uma vez mamãe abriu a embalagem do pó de café, despejou o conteúdo no pote e riscou o fósforo e tocou fogo no pacote vazio. Conversava, mamãe falava pelos cotovelos, preparava o café, acendia um cigarro e não percebe o plástico quente a pingar. 
Alguém teve a brilhante ideia de dizer a mamãe que queimar embalagens vazias de alimentos traziam sorte. Tá.
Mamãe seguiu o conselho mas se esqueceu de queimar a bendita embalagem em um lugar seguro e longe dos seus próprios pés!
Um pingo cai sobre seu pé e forma uma bolha com uma queimadura que demorou semanas para cicatrizar. 
Demos uma bronca em mamãe: "A senhora parece piolho, vai pela cabeça dos outros! Nunca vi isso de queimar as coisas pra dar sorte. Oxe! Cada coisa que o povo inventa! E o pior é que a senhora acredita".
Mamãe parou com o ritual piromaníaco, seu pé melhorou e ela continuou agradecendo pela tempestade e pela bonança. Graças a Deus.


                                               


                                               
                              
                                           

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Maluquez

                                       


Maluquez. Maluquice. Maluco Beleza.
Fui ao supermercado para comprar pão integral, feijão e café; tudo com o dinheiro contadinho. 
É duro ser pobre! Um dia terei dinheiro e a primeira coisa a fazer após pagar as contas (se sobrar algum) é construir um abrigo para alojar, defender, proteger, cuidar, alimentar e amar animais abandonados ou que sofreram algum tipo de abuso por parte da pior espécie que existe na face da Terra: o bicho homem.
Mas até lá...
Comprei apenas o necessário porque o dinheiro era pouco e contadinho e enquanto aguardava minha vez na fila, fiquei olhando para os pacotes de pão de queijo expostos no grande freezer horizontal do supermercado. Que vontade! Quando tiver dinheiro sobrando (hahaha), voltarei aqui e comprarei pão de queijo.
Isso foi semana passada.
Abro agora o freezer para degelar e limpar a geladeira e o que encontro? Dois pacotes de pão de queijo congelados!
Como diz Bibi: "Titi, você é maluca e véia"
Acho que ela tem um pouco de razão. Só um pouco.
Vou fazer um bom, forte, quente e macho café, como dizia mamãe e assar alguns pães de queijo. 
Graças a Deus, estou tendo uma tarde de paz. Estou dando uma geral pela casa, lavando roupa e parando para escrever quando me surge alguma ideia ou inspiração. Se eu deixar pra depois, acabo esquecendo. É a idade.
O problema agora é convencer Ébano Nêgo Lindo a sair do meu colo.
Que reine a paz.


Ébano e Léo
                                         

quinta-feira, 29 de março de 2012

Piolhenta

                                                  


Fubá estava no estacionamento do supermercado e manobrava o carro quando uma motorista faz sinal pedindo passagem. Ele permite que a moça passe mas alguns metros depois, na saída do supermercado, Fubá é quem pede passagem mas a motorista nega.
Fubá irrita-se e diz: Você pediu passagem e eu dei; agora eu peço passagem e você não dá! Sua piolhenta!".
O riso foi geral e o "piolhenta" pegou.


Fubá, com seu 1.90m e mais de 100kg no amado "Fuquinha Azul"