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quinta-feira, 19 de março de 2015

19 de Março



                                    Resultado de imagem para 19 de março sertanejo plantando


Fui ao Atacadão e fiz minhas compras, finalmente.
Não gosto de comprar de "quilinho" e gosto é de ver tudo cheio: armário da cozinha, geladeira, fruteira... Gosto de fartura.
Meu irmão foi comigo e havíamos combinado de cada um empurrar um carrinho: ele com as compras e eu apenas usando como apoio. Não deu muito certo.
As pernas fracas e moles; os pés sem força para pisar no chão. Um funcionário percebeu minha dificuldade e trouxe uma cadeira de rodas. Fizemos as compras, graças a Deus.
A parte sempre chata do Atacadão é quando os funcionários fecham os corredores e manobram empilhadeiras; não podemos escolher os produtos que queremos.
Seguimos em frente e acabei esquecendo de voltar para pegar varal, pó para maria mole, milharina para fazer cuscuz e outras coisinhas. 
Achei os preços dos ovos de Páscoa menos abusivos que os vistos em outras lojas e comprei duas barras de chocolate de um quilo; os preços estavam bons.
Me arretei com o preço do ovo recheado com marshmallow de limão e decidi fazer o meu próprio. Não estou achando dinheiro em árvore para pagar quase noventa reais em um mísero ovo de menos de quatrocentos gramas, oxe!
E também não sou dondoca ostentação para pagar caro por coisas e produtos só para ostentar e humilhar os pobres. Sou pobre mesmo.
Bom...
Voltamos para casa e meu irmão descarregou as compras. Ainda bem. Eu demoraria um tempão e ficaria exausta depois.
Está tudo escuro e os trovões anunciam mais chuva. Março cinzento, frio e chuvoso.
Hoje é dezenove de março, dia de São José, e dia de iniciar a plantação de milho, jerimum, macaxeira, batata doce e outros alimentos que serão colhidos entre São João e Santana (junho e julho, respectivamente). Permita Deus que a fartura de alimento seja grande no meu sertão nordestino.
E em todo canto do mundo. Amem.
Papai e mamãe completariam hoje quarenta e nove anos de casados. Nunca me esqueço dessas datas.
Estou com vontade de fazer pudim de tapioca. Tem a massa da tapioca, leite condensado e coco ralado; os principais ingredientes.
Gosto dessas coisas. E gosto mais ainda é de ter essas coisas em boa quantidade e fartura.
É isso.



                                  Resultado de imagem para marshmallow de limão


                                   


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sabor e Saudade

                                     



Segunda-feira lenta. 
Dia morno e nublado.
Alguns raios de sol passam por entre as nuvens mais desavisadas.
Segunda-feira lenta, tudo é devagar e a gente se pega a divagar.
Passei na lojinha no meu irmão e vi minha sobrinha Rafaela. Tão linda, tão falante, tão graciosa. Perguntei se ela havia almoçado e ela disse que comeu tudinho.
Encontrei outras pessoas; conhecidos, parentes e até alunos.
Perguntaram se eu ainda faço aquelas "coisas boas" de comer e eu respondi que sim. Lembraram que mamãe estava sempre na cozinha preparando algo e nós a ajudávamos ao passo que também aprendíamos.
Era tão bom.
Às vezes preparo minhas guloseimas e adoro fazer isso. Cozinhar é um dos meus hobbies e passa tempo favoritos. Gosto de experimentar, testar, inventar...
Fiz esses dias um bolo de coco cremoso que mais parece pudim. Fica a camada de coco ralado na base do bolo e na parte de cima fica cremoso igual a pudim.
Ontem deu vontade de comer algo doce e fiz mousse de chocolate.
Mas eu gosto mesmo é do sabor de abacaxi com leite condensado. Lembra mamãe, lembra final de ano, as compras de Natal, os sonhos, as esperanças...
O pudim de Natal, ou "pudinho", como dizia papai, é um clássico e sempre teve presença garantida em todas as reuniões familiares de fim de ano e em outras ocasiões.
Trabalhei com uma moça que reclamava do pudim de leite da avó dela. Em todas as reuniões e eventos familiares lá estava o bendito do pudim. Rimos, mas eu disse a ela que agora ela reclama, mas quando a avó dela não estiver mais aqui e a saudade apertar, ela vai lamentar e vai sentir falta da avó e do pudim.
E estou com vontade de comer abacaxi com leite condensado, com vontade de fazer pudins, sorvetes, pavês...
Preciso comprar novas formas de bolo, as minhas estão todas velhinhas, tortas e amassadas.
Muitas são do tempo de papai e mamãe ainda.
É chegada a época das festas, dos preparos, das guloseimas, da saudade.
Às vezes acho que as coisas têm gosto, têm sabor e a saudade tem gosto de abacaxi com leite condensado, de tomate com açúcar, de farofa de ovo, de bolo de araruta, de mel de engenho com farinha de mandioca, de bolacha "cremi cráqui" com café no xicrão do meu avó Paipreto.
É tanta saudade.
É isso.






                                     

                                      



sábado, 9 de novembro de 2013

Cor

                                



Céu azul. Dia quente e bonito.
Trabalhei bastante pela casa e isso foi e é bom.
Lavei roupas, limpei o quintal dos gatos, apreciei minhas belíssimas plantas, mimei meus gatos e preparei guloseimas calóricas e deliciosas.
De vez em quando pode.
Tenho tido dias cinzentos, chuvosos e tristes e não apenas no sentido figurado. 
Se as coisas tivessem cor, a tristeza seria cinza. Cinza chumbo; cinza pesado.
Mas trabalhar é o melhor remédio e funciona bem comigo.
O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas uma vez dado, tudo fica mais fácil.
Quando eu era criança dizia para mim mesma que nunca seria ou ficaria triste e detestava as personagens choronas das novelas antigas; era um dramalhão danado. Mas eu cresci e entendi.
Já falei sobre o tema aqui.
Bom...
Trabalhei bastante e o dia passou rapidinho.
Muito trabalho ao som da boa e velha MPB e do bom e velho Rock 'n' Roll.
Falei sobre guloseimas...
Fiz pudim de abacaxi, o favorito de papai, meu cunhado Pepê, meu irmão Fubá e outros membros da família.
Fiz também creme gelado de abacaxi que, segundo consta, tem muitos fãs.
Hoje me "baixou" Dona Benta, como dizia mamãe quando me via na cozinha às voltas com panelas, formas, colher de pau e ingredientes.
Adoro cozinhar. Adoro preparar guloseimas doces e deliciosas. Faço de bom grado e o resultado costuma ser bom.
É noite agora e está tudo bem.
É isso.


                                   

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Doce de Leite

                                 


Estava com vontade de comer um docinho, como dizia mamãe, mas não tinha nada interessante nesse sentido.
Ligo a TV e zapeio pelos canais; paro em um canal de culinária e estão preparando um bolo cujo recheio será de doce de leite. Fiquei com vontade.
Quando mamãe sentia vontades repentinas de comer um docinho ou uma coisa diferente, ela dizia: "Oxe, mas até parece que estou de bucho!"
Não estou de bucho, mas ando tendo muitas vontades doces, literalmente.
Já comi tapioca com leite condensado e coco ralado.
Já comi pudim de leite condensado. Simples de fazer e muito saboroso.
Hoje tive vontade de comer doce de leite, mas não tinha, resolvi fazer.
Coloquei uma lata de leite condensado na panela de pressão e com água cobrindo a lata. Assim que "pegou" pressão marquei uns trinta minutos e depois desliguei a panela.
Deixei esfriar totalmente para poder abrir a lata de leite condensado. Não pode abrir a lata ainda quente, corre-se o risco de queimadura com a "explosão" do doce.
Fiquei meio apreensiva e com medo de não dar certo e a lata explodir com a panela de pressão e tudo. Ave Maria!
Depois de longa espera, é chegada a hora de abrir a lata e ver o resultado. E não é que deu certo?!
Não ficou muito enjoativo e acredito que amanhã ficará ainda melhor. Comi ainda meio morninho para frio e estava bom. Comi com pão integral e ajudou a matar a vontade de doce por hoje.
O gostoso mesmo é comer com pão da padaria, o pão francês, os outros pães quebram o galho.
Estou querendo fazer mousse de abacaxi, maracujá, chocolate e outras guloseimas.
É isso.

                                     

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Jaca, Pinha, Atemoia, Fruta do Conde, Abacaxi...

                                           

Jaqueira


                                            
Adoro frutas, principalmente as mais exóticas e, naturalmente, mais difíceis de achar aqui em São Paulo. Entendo que são mais caras devido à dificuldade de transporte e conservação dessas frutas. A pinha, por exemplo, é muito frágil e se desmancha quando madura.
Aliás, pinha é para nós nordestinos, aqui em Sum Paulo é chamada de ata, atemoia ou fruta do conde. Mas independente do nome, são todas deliciosas.
Meus irmãos e irmãs não são chegados a essas delícias exóticas e preferem as tradicionais manga, melancia, mamão, maçã...
Eu adoro todas e fico mais contente quando o Natal se aproxima e os caminhões carregados com frutas estacionam pelas ruas do bairro ou próximo às feiras oferecendo seus produtos.
Esses caminhões também podem ser encontrados ali na marginalzinha de acesso à Rodovia Fernão Dias, próximo à Ponte Aricanduva. É uma efervescência frutífera.
Mas de toda essa cornucópia frutífera a jaca é minha favoritíssima. Meus irmãos e irmãs não gostam, mas eu adoro. Infelizmente, o único problema da jaca são sua casca grossa e aquela baba gosmenta e grudenta. 
Lembro de uma jaqueira enorme lá em Buíque, Pernambuco. O árvore tinha uns vinte metros de altura e as jacas maduras caíam no chão e se abriam numa explosão de cheiros e sabores. E as pessoas de lá nem ligam tanto para essas frutas maravilhosas. Devem estar acostumados a tê-las em seus quintais e nas ruas da cidade.
Todos os anos, nessa mesma época natalina, vem um senhor de Mato Grosso com seu caminhão carregado de jacas do tipo mole e dura. Os preços são bons e por isso compro apenas umas duas ou três pequenas jacas para durar a semana. Se compro uma muito grande, acaba estragando. Quer dizer, quase estragando. Pois o bom é comê-la fresca, recém aberta.
Tem outro senhor pernambucano que também vende jacas vindas da Bahia, mas ele é muito careiro. Vixe Maria. Ele quer R$ 15.00 a R$ 20.00 por uma jaca! Devo ter cara de madame.
E por falar em Bahia e Mato Grosso, as jacas dessas regiões são mais doces e saborosas. Acho que deve ser o clima quente e o solo. Mato Grosso também é quente e por isso compartilha da legitimidade jaquense do nordeste e de outras coisas boas: a beleza natural, o sabor de suas frutas e a simpatia de seu povo.
Dias desses meu irmão Fubá volta do CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e me traz uma jaca. Fiquei muito feliz.
E para retribuir o presente frutífero, preparei duas guloseimas deliciosas com outra fruta que também gosto muito: abacaxi. Minha irmã Rosi não gosta de abacaxi. Não sabe o que está perdendo!
Fiz um pudim de abacaxi, o pudinho que papai gostava tanto e um creme gelado de abacaxi.
Já deixei aqui a receita do pudim de abacaxi, mas na próxima postagem colocarei novamente e junto com a receita do creme de abacaxi.
Beleza?
Como são simples as coisas boas da vida.


Pinha ou fruta do conde


Ata ou atemoia

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pudinho de Natal de Papai (Pudim de abacaxi)

Mamãe trabalhou em uma casa de família como diarista e além de trazer consigo recortes de jornal, revistas e tudo o que achasse que me seria útil na escola, trazia também receitas.
Eu adorava assistir aos programas de culinária; ainda hoje gosto. Gosto de receitas simples, sem muita frescura e sem ingredientes difíceis de encontrar. Coisa simples sem nada de luxo.
Uma vez mamãe trouxe um pedaço de pudim de abacaxi e a receita anotada numa folha de caderno.
O pudim foi pouco para tanta gente gulosa.
Mamãe esperou receber o pagamento para poder comprar os ingredientes necessários para fazer o pudim; para nós, leite condensado era artigo de luxo e pudim era coisa de rico! Adorávamos lamber a lata mesmo correndo o risco de nos machucar.
Como era caro para nós, mamãe decidiu deixar para fazer o pudim no Natal. Era época que ela e papai recebiam o décimo terceiro salário e seria possível nos permitir alguns luxos: roupas e sapatos novos, bolachas (somos paulistas, meu!), doces, sucos, frutas, peru, pernil...tudo fazia parte das compras de Natal.
Era nossa época favorita. Tanta comida, tanta fartura! Não fartava nada, graças a Deus!
Mamãe preparava a comida e eu a ajudava e assim aprendi a cozinhar.
Papai adorava esse pudim, era seu favorito. Sempre pedia para eu fazer.
Hoje papai não está mais aqui, mas deixou apreciadores do "pudinho de Natal"; Pepê, meu cunhado favorito é um deles.
A receita é muito simples. A seguir:

Caramelize uma forma redonda (pode ser outro formato, mas redondo fica mais bonito).
Coloque fatias finas de abacaxi. Reserve.
Numa panela coloque:
1 litro de leite
1 lata de leite condensado
3 gemas
3 colheres de amido de milho (maizena). Adicione mais caso precise.
açúcar (se achar necessário).

Leve tudo ao fogo mexendo sempre até engrossar. Despeje na forma caramelada e forrada com fatias de abacaxi.
Deixe esfriar e leve à geladeira. Depois de gelado, desenforme e sirva.
Simples, fácil e delicioso!