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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Quebra Queixo

                                                      

Adoro coco e tudo o que é feito com coco.
Suco de coco, manjar de coco, bolo de coco, pudim de coco e quebra queixo.
Quebra queixo é um doce feito com coco grosseiramente ralado, açúcar e água. Fica uma delícia e adoro os pedações de coco.
Papai sempre trazia quebra queixo para mim e quando eu ia vê-lo em seu trabalho na barraquinha de doces, ele dizia para eu pegar o doce com um colega seu. O colega caprichava e me dava um quebra queixo enorme, pegajoso e delicioso.
Lembro de um desenho do Pica Pau em que um náufrago mora sozinho em uma ilha e só come coco e seus derivados; tem até um livro com "mil maneiras de cozinhar com coco". É um dos poucos desenhos de que gosto; acho o Pica Pau mau caráter, aproveitador, falso, mentiroso, manipulador e só quer se dar bem mesmo que para isso prejudique os outros.
Ontem comprei quebra queixo, mas não tinha o mesmo sabor do quebra queixo que papai trazia para mim.
É isso.

                            

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Roupinhas e Desenhos Animados

                                         

Fui ao pet shop para comprar ração e areia sanitária para minha gataiada e enquanto aguardo ser atendida fico observando em volta; vejo vários produtos para animais como ossos, bolinhas com guizo, caminhas e roupinhas entre outros.
Procurei saber o preço das roupinhas só por curiosidade e me assustei com o que vi. Para começar, detesto roupinhas para bichos, roupa foi feita para vestir pessoas, mas há exceções, claro. Animais que habitam em lugares muito frios agradecem uma capa quentinha, mas...
O preço das roupinhas para cães é mais caro que o preço de roupas para gente! E, na boa, muitos animais refletem a personalidade de seus donos e os cachorrinhos vestidos com aquelas roupinhas ridículas se parecem mais com pessoas medíocres, fúteis, tolas... Desculpa aí.
Acho que pessoas que têm o hábito e o comportamento de vestir cachorrinhos como se fossem bonecas ou crianças no mínimo não tiveram infância, não sabem o que fazer com o dinheiro que deve estar sobrando ou não têm o que fazer mesmo.
Tenho meus seis gatos e os alimento com ração de boa qualidade, os levo para consultas com a veterinária, dou-lhes remédios quando necessário e o mais importante: dou-lhes amor. Gasto o que posso com o que é necessário, não sobra para futilidades.
Para quem gosta de vestir cachorrinhos e até outro bichinhos, tudo bem, vai, mas será que o animal sente-se confortável enfiado naquelas roupinhas afrescalhadas?
E por falar em animais e roupas, tenho um certo problema com desenhos animados onde os bichos têm comportamento humano. Não sei o porquê, mas me incomoda ver desenhos animados de animais vestindo roupas, indo à escola, jantando à mesa e outros hábitos humanos. Tem um desenho chamado "Arthur" que é assim. Outro desenho que detesto é "Os 7 monstrinhos", acho ridículo uma senhora baixinha mãe de sete criaturas estranhas: uma egocêntrica, outro com nariz fálico, outro que perde a cabeça, outra que não se sabe se é menino ou menina, outro com a língua de fora e por aí vai.
Nunca entendi também porque o Pato Donald usa só a parte de cima da roupa e não usa calças, já com o Mickey é o contrário. 
Assistia aos desenhos He-Man e She-Ra e todos usam maiô. Será que foi daí que veio a moda de cantoras se apresentarem de maiô? Vai saber...
Pode ser algo psicológico, mas não gosto e tenho medo de palhaços e pessoas com cara pintadas como mímicos e estátuas vivas. Não gosto de animais de desenhos animados com comportamento humano.
Não sei, mas deve ter alguma explicação. Tem gente com medo de barata, borboleta, cobra, altura, lugares fechados etc, e eu tenho medo do que citei acima.
Eu hein?
É isso.

                                             

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sala, Sofá & TV

                                       


Achávamos lindo, elegante e coisa de gente rica uma casa com sala. E para a sala ficar mais linda ainda deveria ter um jogo de sofá, uma mesinha de centro e uma estante com TV em cores e muitos livros.
Era padrão. Era lindo. Era nosso sonho.
Morávamos em casas simples, como poucos móveis, muita gente e muitos sonhos.
Um dia fui à casa de uma colega para fazer trabalho de escola e fiquei encantada com a sala que era igual a que eu sempre sonhara.
Volto para casa, para nosso pequeno cafofo de dois cômodos e banheiro do lado de fora. Tínhamos medo de ir ao banheiro quando anoitecia e segurávamos o máximo que podíamos até convencer alguém a nos acompanhar. A casa era pequenina e o quintal era enorme; a rua era escura e imaginávamos algum perigo a nos sondar. Tudo coisa da nossa imaginação. 
Vou à imobiliária para pagar o aluguel e a mocinha me entrega uma carta dos donos da casa e me avisa que teremos um prazo de trinta dias para deixarmos o imóvel; a casa seria vendida.  
Volto para casa preocupada; para onde iríamos agora? Conseguiríamos encontrar uma nova casa nesse prazo? E se encontrássemos uma casa com sala? Puxa vida! Seria muito legal e poderíamos ter sofá, estante e TV em cores! Uau!
Papai conversa com o guarda da metalúrgica onde trabalhava e ele tem uma casa para alugar. A casa fica na mesma rua da metalúrgica e papai podia ir almoçar em casa.
Vamos ver a casa e tratar da limpeza e organização para a mudança. Fico muito feliz, pois a casa tem uma sala!
Nos mudamos e levamos nossos poucos móveis de quarto e cozinha; não tínhamos móveis de sala porque não tínhamos sala.
Papai e eu vamos às Casas Bahia para compramos nossos primeiros móveis para nossa primeira sala: um sofá de três lugares, duas poltronas (era moda na época), uma mesa de centro, uma TV em cores e uma estante dupla. A pequena estante que tínhamos tornara-se pequena demais para nossos livros e a TV.
Em uma semana é feita a entrega e a montagem da estante.
Nossa sala está completa. Que lindo!
Meus irmãos Naldão e Rogério ficam encantados com a TV colorida, podem assistir a seus desenhos favoritos e vê-los em cores. Adoravam ver a explosão de cores quando o príncipe Adam pegava a espada (hummmmmmmm) e se transformava em He-Man. Adorávamos ver os Thundercats, A Caverna do Dragão (o Mestre dos Magos e o Vingador nunca me enganaram e aquele pônei maldito também não) e tantos outros desenhos animados e filmes em cores. As novelas e programas de auditório também.
Finalmente tinha uma sala em minha casa e quando uma colega de escola dizia que adorava chegar em casa, tirar os sapatos, sentar-se no sofá, colocar os pés na mesinha de centro para assistir TV em cores, eu podia dizer orgulhosamente: "Eu também".