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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Religar

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Essas minhas doenças estão tirando o melhor de mim. 
Frustração, raiva, revolta e muitos porquês.
Esperança, planos para um futuro com saúde também.
Estava muito triste ontem e lutei muito para não ficar hoje também.
Lembrei de mamãe: "Com tanta coisa pra fazer pela casa e tu de cara pra cima!".
Fiz meu café, sem ele o dia não começa bem. Acho que sou dependente de cafeína.
Escrevi, falei com minha irmã e minha sobrinha, duas inocentes que não sabem como jaca é uma fruta deliciosa.
Foram ao Zoológico de Guarulhos ontem e lá fotografaram uma linda jaqueira carregadinha. Por que não trouxeram pelo menos umas quatro jacas pra mim?
Beatriz diz que sou mundiçada e que jaca fede à gasolina. Fede coisa nenhuma! Jaca tem um perfume divino!
Depois desse diálogo frutífero com elas, resolvi não dar brecha para a tristeza e fiz algumas coisas pela casa e no meu ritmo de tartaruga manca. Fiz coisas que gosto: coloquei roupas na máquina, sentei na cadeira lá fora com os gatos em volta, plantei as sementes de feijão, milho e melão que preparei e reguei as plantas. Estão tão lindas.
Em uma brechinha entre o chão e o muro, brotou um limoeiro ou uma laranjeira, ainda não sei. Está lindo e cresce a cada dia.
Queria tirar de lá e colocar em um vaso maior e com mais terra, mas tenho medo de machucar a mudinha ou que ela não goste da mudança. 
Vou pedir ajuda aos Seres de Luz da Mãe Natureza.
Tenho minha Fé e não sigo determinada religião X ou Y; o mundo anda tão violento, intolerante, brutal, cruel.
Ataques terroristas em Paris na sexta-feira passada. Enxurrada de lama em Mariana, Minas Gerais, e muitas vidas perdidas; tanto humanas como animais.
Vivemos em um mundo intolerante onde grupos radicais querem dominar, impor e fazer valer sua vontade e suas crenças medievais.
Não podemos fazer isso ou aquilo, a verdade é só a que está escrita em determinado livro. E os outros livros? E a verdade dos outros? Por que impor a ferro e fogo aquilo que acreditam? Por que não trocar conhecimento?
Radicalismo, fanatismo, manipulação, ignorância.
Por esse Brasil varonil, chamaram a filósofa Simone de Beauvoir de "baranga" e boçais ditos religiosos alegaram que "querem doutrinar" os alunos, as pessoas, o país. Mas olha só quem fala em doutrinar!!!
Assisti ao filme "A Teoria de Tudo", sobre o brilhante cosmólogo Stephen Hawking, de quem sou fã de carteirinha. Gosto de cérebros pensantes e não apenas de carinhas bonitinhas, como está tão em voga.
É perguntado ao cosmólogo como e de onde ele tira forças para viver com uma doença debilitante, sendo ele um ateu, e ele responde: "Enquanto há Vida há Esperança".
Não sou ateia, mas não sigo religião alguma. Encontro Deus nas coisas simples que gosto, principalmente nas coisas da Mãe Natureza.
Tenho uma Fé muito forte, como já disse antes, e isso me basta.
O mundo anda tão complicado...
Bom...
Cuidei das plantas e isso me faz bem. Elas me religam com o Criador.
Religião =  do Latim Religare. Ligar Criador e Criatura.
É isso.



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sábado, 27 de junho de 2015

Benção

                                   Resultado de imagem para bençao


Aguardava ser chamada pelo médico e uma senhora inicia conversa comigo. Outra senhora se aproxima e a tagarelice continua; interessante.
Todas as três distintas senhoras, inclusive eu, têm problemas ortopédicos: coluna, joelhos, ombros... É a vida, que vai ficando dolorida à medida que envelhecemos.
A primeira senhora, de olhos claros e cabelos oxigenados, me pergunta como faço para lidar com as dores, o entrevamento e a parte emocional também; afinal, corpo e mente são afetados quando não estamos bem de saúde.
Ela me pergunta qual minha religião, se tenho fé e se frequento algum templo, igreja, loja, sinagoga, mesquita, terreiro...
Eu respondo que tenho fé, mas não tenho e nem sigo nenhuma religião específica e gosto muito do Espiritismo Kardecista, das religiões Afro-brasileiras e toda essa coisa mística, bonita...
A outra senhora, vestida no modo padrão de sua religião: cabelos presos em um coque, saia comprida em um dia de muito frio em São Paulo, arregala os olhos e diz: "Tá repreendido!"
Por quê?! 
Não temos, cada um de nós, o direito de buscar conforto espiritual onde e com quem temos mais afinidade?
Somos obrigados a seguir à uma única e exclusiva fé?
Temos o direito de diminuir e até destruir os símbolos de outras fés, machucar pessoas só porque consideramos NOSSA fé a mais correta?
O que tenho visto e ouvido muito, além do "tá repreendido", é o substantivo "benção", usado para se referir aos objetos, coisas e valores materiais conquistados, ganhos ou presentados.
Desde pequena aprendi que benção, ou bênção, é uma coisa divina, uma dádiva, um alívio em momentos difíceis, um alento nas horas mais pesadas.
É aquela esperança que surge não se sabe de onde; a fé e a esperança, o acreditar que tudo vai dar certo e com isso seguir em frente acreditando que a fase ruim vai passar. Isso, para mim é benção.
Mas os tempos mudaram, religião hoje é comércio e vende-se de tudo: de fronhas a menorah (candelabro judaico), com seu significado real deturpado para servir ao propósito de se ganhar dinheiro às custas daqueles que foram convencidos a acreditar.
Querem a cura gay, como se ser gay fosse doença.
Muitos pastores, ditos ex gays, pregam a cura gay, mas não deixam para trás seus trejeitos e modo de falar.
Têm ex marido, ex amigo, ex colega, mas ex gay não.
Sei que toco em um assunto delicado, mas por que não posso falar sobre esse mesmo assunto? Que direito têm uns de diminuir o outro, seja na sua fé ou na sua opção sexual, por exemplo?
Tanta soberba e arrogância... 
Será que leram a bíblia direitinho? Soberba é um dos sete pecados capitais: gula, luxúria, preguiça, avareza, ira, inveja e soberba.
Meu Deus do céu, que frio é esse? 
Tá repreendido!
É isso.



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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mato

                                

Amo plantas, bichos e todas as coisas da Mãe Natureza; é público e notório.
Sou julgada por minha aparência, por minha cara feia, acromegálica e de poucos amigos.
Mas como diz o ditado: "Quem vê cara não vê coração".
Sou muito de ficar na minha, mas interajo com qualquer pessoa que fale comigo. Sou educada. Sou gente. Não sou bicho.
O que acho curioso é o fato de ser criticada por gostar de plantas, livros e bichos.
Segundo os evoluídos, pessoas que gostam de animais e plantas têm um bom coração, uma boa alma. Acredito.
Sou criticada por pessoas que se julgam e se acham tão espertas, tão certas, tão donas da verdade, tão tementes a Deus.
Por que temer a Deus se Ele é o Grande Pai Criador de todas as coisas?!
Por que não gostar e até odiar animais se Deus os criou também?
Por que não gostar de plantas e dizer que tudo é mato sendo que Deus também criou as plantas?
Por que essas pessoas que se dizem e se julgam tão religiosas e que não tiram o nome de Deus da boca  são tão "secas", frias, insensíveis? Não gostar de bichos e plantas até entendo, mas detestar o que foi criado por um Deus que eles tanto "adoram" e "temem"?!
Não faz sentido.
Meus gatos são lindos, bem tratados, respeitados, protegidos e amados por mim 
que não sou perfeita e nem temo a Deus, eu respeito e troco umas ideias legais com o Cara. Deus é o Cara.
Minhas plantas não são mato e são bem podadas, cultivadas e tratadas por mim que amo e respeito todas as coisas da Mãe Natureza.
A Natureza é Deus e Deus é a Natureza.
Apenas vivo, sinto, entendo e respeito. Não vivo com uma bíblia debaixo do braço bradando aos quatro ventos coisas que não entendo, repetindo frases feitas e palavras difíceis que nem sei o significado.
Não julgo errada a religião ou a fé de ninguém e nem forço ninguém a se converter ou a se "desconverter" em nome do que acredito.
Não estou preocupada com a cura gay, estou preocupada com a Acromegalia e esperançosa pela cura.
Hoje em dia parece que temos a obrigação de sermos de um determinado jeito, de seguirmos determinada religião, de pensarmos e agirmos como acham que mandam alguns auto denominados expertos e escolhidos por Deus.
Como sempre, respeito e fico na minha.
Mas não me venham criticar por amar meus bichos e minhas plantas.
Não venham chamar de mato minhas amadas plantas.
Não venham com ódios e preconceitos contra meus gatos.
Não me julguem por minha aparência e meu carão acromegálicos.
Transformem críticas vazias em atitudes úteis.
Tenho um longo caminho a seguir.
É isso.


                                       



sábado, 28 de julho de 2012

Mega Sena

                                              


Fui ontem ao Pet Center da Marginal para comprar ração dos meus gatos.
Nos Pet Centers do bairro vendem ração solta e em pacotes de três quilos; os pacotes maiores de dez e vinte quilos são bem mais caros.
O preço do Pet Center Marginal é meio abusivo, muito caro mesmo.
Fomos eu, Beatriz e minha irmã Rosi.
Beatriz se incumbiu de mostrar o aquário e os animais da "selva", como ela diz. Coelhos, porquinhos da Índia, ratos, aves, peixes...
Fiquei comprando as rações enquanto as duas foram ver os bichos e dali a pouco Beatriz volta até onde eu estava e diz: "Mostrei tudo para minha mãe, tia Rejane. Sabia que aquele lagarto gorducho está mais gordo ainda?! Tem um monte de passarinho colorido, vem ver".
Mas antes paramos em frente ao aquário para que ela mostrasse à mãe o preguiçoso tubarão e os outros peixes. Notei que o simpático e sorridente baiacu não circulava pelo aquário e estava deitado quietinho entre algumas pedras. Ele não veio nos cumprimentar, ele não parou para me ouvir, ele não sorriu. Será que está doentinho?.
Que Deus cuide dele e ele fique bom. Amém. 
(Juro que sou normal, apenas acredito que tudo nesse mundo, nessa vida é e está conectado. Essa é minha crença, minha religião. Com todo o respeito a todos, como sempre digo. Encontro Deus nas coisas da Natureza e no silêncio; Deus não é surdo, não precisa de tanta gritaria. Na boa).
Bom.
Fomos ver as aves e lá encontramos uma linda arara vermelha que virava a cabeça para nos ouvir melhor e dizer: "Oi, tudo bem?". Conversei com a belíssima ave e ela ouvia atentamente. Disse-lhe: "Vou jogar na Mega Sena e se eu ganhar eu venho te buscar".
A ave disse: "Por quê?"
"Porque eu adoro bichos e quero você pra mim". 
A arara riu, abriu as asas e exibiu sua belíssima plumagem.
Minha irmã acha que sou meio maluca.
Eu sou normal.
É isso.