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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Brinde

                                Resultado de imagem para idoso trabalhando



Meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos difíceis. 
Existência difícil.
Mais uma noite mal dormida devido a uma dor de cabeça brutal. Tomei remédios, procurei uma posição para ajeitar melhor o corpo e a cabeça e poder dormir por pelos algumas horas em paz e sem tanta dor.
Dormi um pouco e acordei achando que já era de dia, mas ainda era madrugada.
Amanhece.
Levanto, cuido dos gatos, faço algumas poucas coisas pela casa e me canso. Deito no sofá, mas tocam a campainha e lá vem ofertas dos mais variados produtos; declinei educadamente.
Papai detestava quando mamãe comprava essas coisas "de pé de porta". Se ainda vendessem frutas... Amo frutas.
Coloquei água para ferver e escuto palmas e vozes; é hoje! 
Era o entregador de ração, um senhorzinho bem magrinho que muito lembrava papai. Perguntei pelos entregadores habituais e soube que um saiu mais cedo e outro tirou férias. Por isso o senhorzinho teve certa dificuldade; os outros "meninos" vêm pra cá de olhos fechados.
Fiquei com dó do senhorzinho meio atrapalhado, mas muito educado, simpático e gentil. Fico preocupada, e até incomodada, quando vejo idosos trabalhando e pegando peso e isso tudo porque não dá para viver apenas da aposentaria e/ou para sustentar filho, neto, bisneto folgado.
Bom...
Ganhei um brinde da casa de ração, uma dessas casinhas de tecido para gatos. Parece uma tenda. Liguei para agradecer.
É bom às vezes uma pequena surpresa, uma prenda, um mimo, um xodó só para aliviar um pouco o peso da vida.
E no fim das contas, nem fiz meu café. Eita!
É isso.



                                Resultado de imagem para flores

segunda-feira, 16 de março de 2015

Aconchego

                                  Resultado de imagem para na cama com chuva



Levantei bem animada ontem e fiz algumas coisas pela casa; fiz até bolo de chocolate. Delícia.
E como era de se esperar, fiquei moída e com os pés inchados e doloridos. Normal.
Fui para a cama e medi a pressão antes, sentia uma dor de cabeça bem chatinha. Tomei os remédios e me deitei. Acordei de madrugada com uma dor de cabeça absurda, meu Deus!
A pressão estava controlada, então o motivo era outro.
Levantei e tomei um remédio próprio para essas dores de cabeça mais fortes e que me incomodam desde que eu era pequena. Deram um tempo, mas agora parece que voltam aos poucos e bem terríveis.
Esperei o barulhão matinal passar: manobras dos caminhões, motores ligados, buzinaço da van que leva e traz o menino da vizinha, caminhão do lixo...
Adormeci com Branca e Ébano Nêgo Lindo ao meu lado; eles sabem quando eu não estou bem.
Acordei depois me sentindo melhor, graças a Deus. Liguei para a casa de ração e pedi o "de sempre": ração seca, areia sanitária e alguns sachês de ração molhada nos sabores carne e atum. Detestam frango; acho que aprenderam comigo.
O céu fica escuro e desaba um fortíssimo temporal. Junto com a chuva vem o entregador e o jeito foi esperar um pouco.
Gataiada alimentada, dor amenizada e uma vontade imensa de tomar café. Consegui o feito inédito de ficar mais de três dias sem tomar o precioso líquido.
Mais um dia chuvoso que finda. Será que essa chuva toda vai resolver o problema da falta d'água de São Paulo?
Alice deita-se toda molhada no meu colo e agora dorme. A cobri com o velho e puído cobertor azul que ela tanto gosta.
Gatos adoram caixas de papelão e paninhos; isso os fazem sentir aconchegados.
É isso.



                                    Resultado de imagem para deitar com gatos

                                         


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Jeito

                                



Chuvinha fraca que deixou a tarde ainda mais quente e bela.
Acabou a ração dos gatos, acabou o dinheiro, acabou tanta coisa.
Há tanta coisa acabando...
Parece que quando não temos as coisas aí é que as desejamos mais e o mesmo pode-se dizer sobre os gatos: estão devorando rapidamente a ração que coloquei.
Não, não vou me desfazer dos meus gatos, eles não são objetos! Os tirei das ruas, outros foram jogados no meu quintal e maioria foi abusada, machucada e torturada.
De todas as casas na vizinhança eles vieram direto à minha, por que será?
Estou passando por uma fase difícil, mas vou sair dela. 
Para tudo se tem um jeito nessa vida e só não tem jeito para a morte, diziam meus antigos.
Venci a Morte uma vez, mas vencer nessa Vida é que está difícil.
É isso.


                                 



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Financiamento

                              


Esvazio o saco de ração e só deu para colocar um pouquinho para cada um. Me mostra uma solução, meu Deus. Que quando eu voltar para casa eu volte com a ração deles, amem.
Trabalho preocupada, com a cabeça em casa e nos gatos; vou encontrar uma solução.
As meninas da limpeza e da cozinha organizam uma "vaquinha" para comprar ingredientes para o almoço, não tenho um centavo, minha Nossa Senhora!
Sigo com o trabalho e por volta do meio dia a moça da limpeza me pergunta se gosto de panqueca, sim. Ela sai e volta em segundos com um prato colorido: arroz, panqueca e aquela saladinha colorida; almoço delicioso! E estava bem puxadinho no sal, adoro! Depois me lasco com a pressão alta.
Nordestinos têm as mãos pesadas para temperos, principalmente no sal. Adoro!
Almocei, trabalhei e depois chegou minha hora de ir, mas com o pensamento nos gatos. Saí da escola e fui ao pet shop onde sempre compro: Vou comprar no F, de financiado, financiamento.
E se o dono da loja negar? Vai negar não, tenho fé em Deus, diria mamãe.
Volto para casa com ração seca, alguns sachês e dois pacotes de areia sanitária, que alívio, meu Deus! 
É melhor ter amigo na praça que dinheiro na caixa, diria mamãe.
Os gatos dormem, chove bastante e estou com vontade de tomar café.
É tão bom um café novinho quando a gente está com o bucho cheio, diria mamãe.
Mamãe diria e diz tanto.
É isso.


                                    

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Segunda-feira

                               



O dia foi bom hoje, ao contrário do que dizem da segunda-feira.
Ganhei livros e ganhei uma caixa com doze latinhas de patê para gatos, claro.
Foi um brinde da loja onde sempre faço a "feira da gataiada". O bom dessa loja é que eles entregam o que compramos, pois eu não tenho condições físicas de carregar sacos de dez, vinte quilos ou até mais.
Se mamãe estivesse aqui, diria: "Mas tu amanhecesse com o ganhador aberto!"
Reguei as plantas; estão tão bonitas.
É isso.


                               


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Exausta

                                 


As dores articulares estão cada vez mais fortes e incômodas. O joelho direito dói, pesa, entreva e dificulta o caminhar.
Levantar da cama, cadeira, sofá etc... está difícil e não tenho muita firmeza nas pernas.
Saí do trabalho e fui ao banco; procurei vagas na avenida e na rua lateral, nada, o jeito foi deixar no estacionamento do simpático e sorridente velhinho de cabelos brancos. O problema é que fica meio longe para eu andar até o banco e se acho vaga rua, quase impossível, não tenho que andar tanto.
Chego ao banco e ainda tenho que subir escadas; foi custoso, mas consegui.
Rapei da conta os últimos cinquenta reais que tinha; acabara a ração dos gatos e comprei o que deu. 
Banco, rua, casa de ração e finalmente chego em casa. Estava exausta!
Alimentei meus bichanos lindos, troquei areia e a água e desabei no sofá com Alice e Loretta. O corpo doía, as pernas doíam e uma fraqueza me abatia.
Acordei com os gritos da molecada pouco inteligente que insiste em jogar bola na rua curta, estreita e tomada por carros e caminhões. As mães, igualmente irresponsáveis, só ficam no grito e a molecada ignora e segue no risco de um atropelamento ou coisa pior.
Detesto essas mães escandalosas que só sabem gritar mas não sabem educar seus filhos.
É o tempo todo gritando os nomes do filhos, tanto que já decorei todos!
Levantei com fome e comi manga, uva e melão; adoro frutas. Fiz um caldinho de fubá, dá sustança, como dizia mamãe e meu povo antigo.
Vontade de tomar café, mas a essa hora não combina muito.
Estou com sede, vou tomar água.
É isso.



                                  

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Chance

                             



Fiquei em casa aguardando o entregador de ração que já é reconhecido pelos gatos.
Ele trouxe ração seca e molhada mas se esqueceu de trazer o fardo de areia, cinco pacotes de quatro quilos cada. A parte boa é que o entregador descarrega tudo e bota dentro de casa para mim; facilita a vida.
Cismei de fazer muita coisa ao mesmo tempo, mas acabei me cansando e me entrevando. Parei.
A cabeça começou a doer de forma diferente da dor da sinusite, é a pressão alta: 18x10.
Tomei os remédios que cada vez mais parecem fazer menos efeito.
Estava pensando comigo e falando com Deus e o Povo lá de cima: "Pobre e doente, meu? Não dá para ser ou um ou outro? Assim fica difícil!"
Estou com vontade de fazer bolo mas me faltam alguns ingredientes, principalmente ovos.
Vou ver se consigo comprar amanhã. O mais importante foi resolvido hoje, a ração da gataiada.
Amanhã será outro dia e será melhor. Se estamos vivos e se a cada manhã levantamos da cama, é porque uma nova chance nos foi dada. Acredito nisso.
Sonhei de novo com uma casa cheia de gente barulhenta e feliz e eu comia bolo de macaxeira e queijo coalho.
A cabeça dói e fervilha.
Boa noite a todos.
É isso.


                                

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Abraço Amigo

                            




Volto para casa e ao virar a esquina vejo a cachorrada na minha calçada.
Devem estar com fome, pensei.
Têm outras casas, mas só vão à minha, só procuram a mim.
Desci do carro para abrir o portão da garagem e recebi o abraço mais fraterno, verdadeiro e amoroso que pode existir: Fofão, o cachorro magrinho e peludo me envolve em um demorado abraço com suas patas magras e compridas. O abracei, nos abraçamos. 
Os vizinhos me olhavam como se eu fosse louca.
Guardei o carro, entrei e voltei em seguida com ração e água fresca.
Fofão, Nina, Ananias, Bonitão, Loirinho e Café...
Todos alimentados e felizes.
Peço a Deus que eu sempre tenha saúde.
Amem.



                                 
                                  

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Povo Feliz

                             


Fui ao Pet Center para comprar a ração da gataiada e para ver os pobres animaizinhos presos em gaiolas. Detesto!
Deveria ser proibida a venda de animais, de qualquer espécie!
Com tantos animais abandonados, pra quê e por que comprar?!
Bom...
Uma cena me chamou a atenção e foi um misto de encanto, saudade, certa tristeza e revolta... Explico.
Crianças pequenas, entre os dois e quatro anos, em fila e com as mãozinhas sobre os ombros do coleguinha da frente passeando pelos corredores da loja. Lindo!
Todos encantados com os animais, todos tão bonitinhos! As crianças e os animais.
Olhei encantada para aqueles pequenos e me bateu uma saudade do tempo em que eu trabalhava com gente miúda.
Tristeza e revolta por não poder trabalhar com aluninhos pequenos, eu queria tanto.
Demanda energia, pique, preparo físico...
Demanda ter boa aparência, o que a própria Natureza e a Acromegalia não me permitiram.
Tenho um bom curriculum, uma boa bagagem cultural, mas não posso dizer o mesmo da tão cultuada, idolatrada, salve salve, aparência física.
O mundo está se transformando em um curral de gente igual.
"...Eh oh oh, vida de gado
povo marcado, eh, povo feliz"
É isso.


                                       

segunda-feira, 24 de março de 2014

Furão

                                 


Fui ao Pet Center da Marginal Tietê para comprar o saco de dez quilos de ração para os gatos e comprei também, como sempre, ração molhada e areia sanitária.
Parei por um momento próximo ao aquário para ver o tubarão preguiçoso e os simpáticos peixinhos, principalmente o meigo e sorridente baiacu. Sempre uma simpatia, essa criaturinha.
Vi coelhos fofinhos, é tempo de Páscoa e a venda desses bichos aumenta, ariscos e lindos.
Páscoa é época de chocolate, olhando por uma óptica comercial e deliciosa e sem envolver questões religiosas, e não da venda de animais inocentes que se transformarão em um problema após a passagem do feriado. A animação é apenas antes e durante, mas depois que acaba, as pessoas caem na realidade e percebem (!) que coelhinhos comem, fazem cocô, xixi, precisam ter suas gaiolas limpas etc... Melhor presentear com ovos de chocolate e coelhinhos de pelúcia.
Vou ao segundo andar para pegar a areia sanitária e lá estão filhotes lindos de cães e gatos à venda por módicos preços que giram em torno dos três mil reais. Acho isso tão desumano, cruel, insensível...
Cobram um preço tão alto por bichinhos fofinhos, mas os mantêm em uma jaula de metal frio. Solidão, tristeza, vontade de sair dali, brincar, correr em um espaço maior... 
Já falei sobre isso aqui, mas cada vez que volto ao Pet Center, saio de lá com o coração partido e desejando ser milionária. Rica não, milionária, é preciso ter muito dinheiro para fazer o que eu gostaria tanto de poder fazer um dia: comprar todos os animais e levá-los para um ambiente agradável, saudável e livre.
Aves, roedores, peixes, cães, gatos e furões. 
Vi uma simpática família de furões à venda e o preço de cada um era de aproximadamente quinhentos reais. Em que se baseiam para calcular o valor/preço de um animal?
Os furões são fofinhos, sapecas, ativos e muito bonitinhos, mas têm caninos afiados de um roedor carnívoro, como o é.
Vejo um gatinho cinzento deitado na caixa de areia e ao me aproximar ele se levanta, estica o corpo e arranha o vidro da jaula. Olha para mim e mia; ele queria sair dali. E quem não queria?
Fiquei com um sentimento de impotência e muita tristeza, mas fiz-me forte e disse ao lindo felino que um dia voltaria para buscá-lo. 
Claro que não tenho três mil reais para comprar um animal, sou contra a compra e venda de animais e preferiria usar o dinheiro com alimentação, cuidados médicos etc...
Fiquei pensando no gatinho cinzento que se parece muito com minha Clara Blue, minha Clarinha.
É isso.
                                   Clarinha


Gato Bengal

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Shampoo Pra Cavalo

                                     


Passei no Pet Shop para comprar mais areia sanitária e ração molhada para a gataiada. Aguardo ser atendida e enquanto isso, converso e brinco com a cachorrinha que acompanha os donos da lojinha e com os passarinhos tão lindos e coloridos que estão à venda.
Se pudesse compraria todos, claro, e lhes daria liberdade. Ou, lhes daria um bom espaço com comida e água abundante.
Detesto ver pássaros engaiolados, cachorros presos à correntes ou qualquer outro animal preso, amarrado, roubado de sua liberdade e dignidade.
Entram duas adolescentes típicas: calça legging justa, bunda empinada, blusinha curta, barriga de fora, cabelos escorridos que vão pra lá e pra cá nas mãos inquietas das meninas-moças. Pobres moças.
Parece que mexer no cabelo é requisito indispensável para se sentir e parecer sexy; é obrigatório, público e notório.
O filho do dono da lojinha ficou todo empolgadinho quando viu as jovens mancebas e prontamente ofereceu seus serviços. O que queriam as jovens? Ração para cães, gatos, peixes, pássaros?
Areia sanitária, remédios, potes e afins?
Não. Nada disso. As escravas da beleza e aparência queriam shampoo para cavalo!
Isso mesmo!
E por quê? Pra quê?
Teriam algum cavalo em casa?
Não. Nada disso.
Leram (o que eu duvido muito, na boa), ouviram dizer, uma amiga usou o tal do shampoo para equinos e o cabelo ficou super sedoso, super hidratado, super brilhoso, super macio, super, super super...
É uma futilidade super.
Não, não tinha shampoo para cavalos, só para cães e gatos. Serve?
Agradeceram e voltaram-se para a saída com suas bundinhas empinadinhas e mãos que jogavam os cabelos de um lado pro outro. Deve ser por isso que queriam shampoo para cavalo.
É cada coisa.
É isso.


                                        




terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Senhora

                                 


Fui ao Pet Center da Marginal e paro por um momento para observar os pobres cães e gatos presos em um espaço pequeno e sem muito conforto.
Animais à venda por preços exorbitantes; eu jamais compraria! Usaria o dinheiro, como já faço, para alimentar e cuidar dos meus bichos e daqueles que vêm à minha porta procurando abrigo, alimento e proteção.
Vi um gato persa, lindíssimo e parecido com meu Ébano Nêgo Lindo, sendo vendido por "apenas" R$ 2.530.00 (dois mil quinhentos e trinta reais). Acho que vou vender meu negão, pensei brincando. Meu gatos são "invendáveis" porque não tem dinheiro no mundo que compre e pague pelo meu amor por eles.
Um rapaz de traços asiáticos puxa conversa comigo e me pergunta as questões de praxe: "Quantos gatos a senhora tem? Vejo pelos pacotes de ração e pela areia sanitária..."
Respondo à sua pergunta e ele me diz: "A senhora é boa pessoa. O mundo precisa de mais pessoas como a senhora".
Agradeci meio sem jeito e aquele comentário tão simples fez o meu dia.
A felicidade é mesmo feita de pequenas coisas.
É isso.


                                     


                                                 




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Bellatrix

                                       


Há uns quinze dias, aproximadamente, fui ao pet shop do bairro para comprar mais ração e areia sanitária. Assim que entro na loja ouço um miado fininho e pergunto ao rapaz, que me atende, de onde vem o barulho; vem de uma gaiola que está sobre os sacos de ração.
Vou até lá e vejo um gatinho pequeno, branquinho com manchas douradas, cauda e patas traseiras cinzentas e melancólicos e esperançosos olhos azuis.
O rapaz disse que eram duas gatinhas, uma foi adotada e ficou a outra sozinha.
A pobrezinha ficaria só, trancada na loja durante todo o fim de semana! 
Não, não. É muita frieza e crueldade.
Ser sozinho por opção é uma coisa, ser deixado só é outra.
Perguntei por que ele não levaria a gatinha para casa e soube que ele tem seis cachorros barulhentos e ciumentos; não dava.
A gatinha miava cada vez mais e minha aflição aumentava em igual escala.
Vou levar!
Trouxe a pequena em uma caixa e ao chegar em casa a coloquei no quintal cheio de plantas; ela adorou. Tomou bastante água e depois comeu bem.
A princípio causou certo estranhamento por parte dos gatos mas depois foi aceita e adotada por Boreal e seus filhotes. Até minha Rosinha, meu Nêgo Lindo e Léo Caramelo a aceitaram bem, mas as brancas não querem nem saber.
Boreal lambeu a gatinha e esta aproveitou para mamar; os filhotes se aproximaram e a aceitação na família estava completa.
Dei-lhe o nome de Bellatrix (guerreira), e hoje a pequena brinca com seus irmãos adotivos, mama na mãe que a defende como se filha sua fosse e apronta suas artes pela casa.
Deus, meu Deus. Terei saúde para voltar a trabalhar em breve.
Amém.


                                       


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cadeira

                                       



Dia quente e abafado e pressão nas alturas.
Há alguns dias que estou assim, com a pressão teimosa que insiste em ficar alta. Acabei de tomar mais uma dose do anti hipertensivo e depois irei para a cama. 
Deveria ter saído para comprar ração, café, terra e novas plantas para substituir as que foram pisoteadas, mordidas e arrancadas por Clara Blue e seus irmãozinhos terríveis, mas eu não estava bem e não iria dirigir por aí me sentindo mal e com a pressão alta.
Fiquei em casa e zapeava pelos canais da TV quando de repente ficou sem sinal, isso às três da tarde. Liguei para a NET e supostamente o sinal voltaria às vinte horas, não voltou. Voltou às vinte e três e trinta.
Sem TV, sem telefone, sem Internet.
Sentei-me na cadeira que fica lá fora, ao lado da máquina de lavar roupa, e apreciei a bela tarde, a gataiada espalhada pelo quintal tentando refrescar o calorão que fez. Detesto calor.
Li o jornal e revistas.
Ontem choveu muito e houve alagamentos em algumas regiões.
Os pequenos dormem e eu vou para a cama; os efeitos do anti hipertensivo começam a se manifestar: sonolência.
Amanhã estarei melhor. 
Boa noite a todos.


                                                 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Estradas

                                       



Fez uma tarde linda e precisei sair para comprar ração.
Aproveitei para dirigir por aí, meio sem destino, sem rumo certo.
Gosto de fazer isso.
O trânsito ainda não estava tão caótico nas ruas e rodovias; estivera de manhã, nas saídas para o litoral paulista.
Pensei em comprar a ração da gataiada em algum hipermercado mas estava impossível estacionar, filas de carro aguardando para entrar no estacionamento; mudei de ideia.
Decidi dirigir sem rumo e a bela tarde com céu parcialmente nublado, sol morno e vento frio estavam perfeitos e convidativos.
Adoro estradas. Não tem faróis, pedestres e afins e o caminho é livre, mesmo lento a maioria das vezes. Mas eu não tinha pressa de voltar.
Rodei por aí e decidi comprar a ração no pet shop do bairro mesmo. Não estava a fim de encarar longas filas e carrinhos de compras esbarrando uns nos outros e nas pessoas.
Pretendia comprar presentes de Natal para a sobrinhada; compraria coisas simples mesmo, minha situação financeira não é das melhores atualmente. E foi algum dia?
Bom.
Mas além de não querer encarar o vuco vuco das compras e de gente pra lá e pra cá carregando suas sacolas cheias de compras, sonhos e esperanças, eu não queria mesmo era fazer isso sozinha. 
Acho que é muito mais legal ir às compras acompanhada a ir sozinha. A gente dá uma pausa para tomar um café, fazer um lanche ou até almoçar mesmo. Era tão legal.
Deixarei os presentes para outro dia. 
Os ventos brincando dentro do carro com os vidros abertos, uma boa velocidade, boas lembranças, saudades...
Saudades de mamãe nessa época natalina.
É isso.