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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Batalhas

                                   



Sempre tenho sonhos pesados quando durmo mal e as dores me incomodam. 
O estranho e curioso é que volto a sonhar o mesmo sonho quando volto a dormir. Durmo à prestações.
Subia a rua de ladeira e tentava atravessar para entregar algo que carregava em minhas mãos. Deveria ir à casa de uma moça para fazer a entrega desse algo que não sei o que é e nem sei quem é essa moça; lembro que a coisa que carregava estava embrulhada em um tecido branco.
Estava no meio da rua e se aproxima um adolescente em uma bicicleta. Pensei que ele seguiria, mas não. Ele deixou a bicicleta na calçada e me agarrou por trás, me dando uma "gravata".
Uma moça morena, jovem e de cabelos lisos e negros escuta meus grito e vem até o portão; era na casa dela que eu deveria ir. Ela parecia uma índia e era muito bonita. Gritei por socorro e pedi a ela que chamasse a polícia enquanto eu tentava me desvencilhar desse adolescente.
Era um rapagão alto, magro e muito forte; ele disse: "Você é alta, é forte e vai ser difícil te derrubar".
Acordei com a cabeça explodindo. Acendi a luz, tomei o remédio, fiz minhas orações e pedi proteção a Deus e ao Povo lá de cima.
Tenho gente boa e forte ao meu lado que sempre me protege e me acalanta; agradeço a todos Eles e a Deus por isso.
Li um post nas redes sociais dizendo que Deus só confia as batalhas mais difíceis aos guerreiros mais fortes e acho que sou um deles.
Sinto que terei novas batalhas pela frente. Venci algumas e lutarei outras, a guerra não acabou.
A batalha pela vida com saúde. A batalha contra um doença rara, séria e perigosa causada por um tumor no cérebro.
Isso é só para guerreiros e guerreiras.
É isso.



                                      

                                    


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Secretaria

                                    



Estou há uma semana trabalhando na secretaria da escola; é uma experiência nova.
É só uma semana, mas eu sei o que sinto e meus sentimentos sempre foram e sempre são fortes, intensos...
Não gosto de atender ao telefone e nem o guichê, pois ainda não domino o conhecimento necessário para atender aos pedidos das pessoas, solucionar dúvidas de pais de alunos e dos próprios alunos. 
Organizo pastas, preencho papelada etc...
É legalzinho, mas não é minha paixão. Não foi para isso que me esforcei tanto. Gosto de estar em sala de aula, em contato com alunos e professores. 
Sinto falta da sala dos professores, das perguntas dos alunos e até da correria para entregar notas e faltas no prazo.
Cheguei e vi uma sala sem professor/a e me deu uma vontade imensa de lá entrar e ficar até bater o sinal e depois ir para outra sala.
Uma funcionária da secretaria perguntou se eu gostaria de voltar para a sala de aula, se eu não estaria apta a voltar... Será que eu conseguiria?
O problema é o vai e vem, sobe e desce, entra e sai de salas quando termina uma aula e devemos ir para outra. 
Outro problema é o medo que tenho de cair, de ser derrubada pelos alunos que têm uma saúde de ferro e adoram correr e pular pelos corredores. Eles sobem e descem aquelas escadas com uma habilidade e rapidez de fazer inveja a qualquer carneiro da montanha. Eu uso bengala para me dar mais apoio e estabilidade e isso também seria um problema.
Eu me canso muito rapidamente e não ando rápido e a troca de salas entre as aulas seria mais um problema. 
Só problemas, meu Deus? Oxe!
Dê-me uma luz.
Não sei se caso ou se compro uma bicicleta!
Nem um nem outro!
Melhor comprar livros, plantas, coisas dos catálogos da Avon, Natura, DeMillus e Boticário que minha irmã vende.
Ah, ração e areia sanitária também!
Não sei... Estou em dúvida e é muito chato, frustante, decepcionante a gente batalhar tanto por algo e quando finalmente consegue, ter que se desfazer. É nadar e morrer na praia.
Há anos estou longe da rotina de escritório e muito inserida na vida pedagógica, por isso sinto-me muito perdida quando atendo ao telefone e as pessoas fazem perguntas cuja resposta eu não tenho. Passo a ligação para outras pessoas, mas nem todo mundo gosta.
E eu vou fazer o quê? Só estou na nova função há uma semana!
E se eu pegasse menos aulas? Uma jornada menor? Será que conseguiria me sair bem e sem problemas?
Mas aí o meu rico salário de professora seria também menor e isso implicaria em mais problemas. Eu pago minhas muitas contas: água, luz, telefones, aluguel, seguro do carro, combustível, TV a cabo, alimentação minha e da gataiada... do peixe também...
Deus, meu Deus.
Comecei o ano bem, e agradeço por isso.
Comecei o ano sem as dores terríveis e sem o entrevamento, graças a Deus, mas tenho minhas limitações.
O tempo não volta atrás e a gente só pode seguir em frente a partir daquilo que temos, somos, fizemos, deixamos...
Mas se eu pudesse voltar no tempo e se pudesse mudar algo eu mudaria minha saúde: seria saudável por toda a vida e seguiria em frente sem nunca ter, sofrer e saber o que raios é Acromegalia.
Como dizia meu povo antigo: "Num tô sastifeita não".
É isso.



                                       





domingo, 18 de novembro de 2012

mundo

                             

Estou cansada.
Cabeça dói, ossos doem.
Muitos problemas, mas quem não os têm?
Sinto-me tão só.
Queria caminhar por aí; por estradas sem fim, pela praia, ver o mar...
Caminhar e não mais voltar.
Quando eu partir desse mundo quero voltar mais não.
Que eu doa tudo o que tenho para doer para poder partir em paz, quando chegar a hora de ir. 
Partir sem deixar nada para trás, sem nada dever para não ter que voltar. Quero voltar não, a vida dói demais.
Quero voltar não, acho que paguei o que devia. Paguei e ainda estou pagando pelos erros cometidos noutras vidas e cobrados ainda nessa vida.
Quero caminhar pelo mundo afora, pelos mundos, planetas, universos e galáxias sem fim.
Caminhar pelos oceanos gélidos, pelos mares tropicais, pelos sertões, pelo mundo...
Guerreiros também cansam, doem, sangram, choram...
Amanhã é outro dia e a batalha continua.
É isso.


                                  

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Obrigada/ Thank you

                                          


Estou muito feliz com o progresso do meu blog. É muito legal saber que as pessoas leem o que eu escrevo. 
Escrever esse blog foi uma das melhores coisas que eu poderia ter feito. Falo sobre Acromegalia, causos da minha família, meus gatos e até receitas de guloseimas.
Talvez a Acromegalia não seja tão ruim assim; ela me permitiu esse blog e me aproximou de pessoas que lutam a mesma batalha.
Não sou a única e não estou sozinha.
E isso é bom.
Obrigada.


I´m so excited about my blog. It´s so cool to know that people read what I write.
Writing this blog was the best thing I could´ve done. I write about Acromegaly, my family, my cats, and even cooking recipes.
Maybe Acromegaly isn´t that bad; it allowed me to write this blog and to get  closer to people who face the same problem. People who fight the same battle that I do.
I´m not the only one and I´m not alone.
It feels so good.
Thank you.