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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Amor

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Chove agora.
Fez um dia bonito, morno e ensolarado.
Acordei hoje com dores pelo corpo e há dias que estou com dor no ombro direito. São dores por temporada, parece.
Doem as articulações e são aquelas dores persistentes e incômodas. Mas que dor não é incômoda?!
Lavei minhas bonecas e bichinhos de pelúcia. Adoro bonecas de pano.
Deitei um pouco, mas decidi levantar e me movimentar. 
Depois de lavar as bonecas, sentei com Rosinha no colo e apreciei a beleza da tarde dourada; como estava bonita!
O muro descascando e os tijolos aparecendo; achei tão bonito e nostálgico.
O sol atrás das nuvens as deixava tão bonitas.
Sim, sou normal. Apenas aprecio o simples e o belo.
Tive sonhos estranhos, entrecortados e até divertidos. Sonhei que estávamos naquelas ilhas paradisíacas de países exóticos como Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã. Legal.
Viajamos pelo tempo e pelo espaço quando dormimos.
Minha irmã e meu cunhado passaram rapidamente por aqui; é sempre tudo tão rápido. Ela trouxe pão, bolo de cenoura e filé de peixe frito. Reguei o peixe com azeite de oliva e fiz um sanduba; ficou bom.
Gosto de fazer sanduíches diferentes: pão com tomate e alface, pão com banana, pão com o que der na telha.
Tomei café com bolacha coquinho, típica do Nordeste. É levemente adocicada e é bem gostosinha.
Queria algum suco bem gelado; tomar leite nem pensar!
Minha irmã e meu cunhado passaram rapidamente por aqui, meu irmão mais velho também. Eu gosto disso.
Estava lendo algo sobre o amor e sinto na pele, alma e coração como é triste ver morrer o amor que sentimos por alguém. Amamos ou amávamos tanto a alguém, mas por algum motivo triste, temos que matar esse amor.
Não, não me refiro apenas ao amor homem-mulher ou homem-homem, mulher-mulher. Respeito e acho válida toda forma de amor.
Refiro-me ao amor de família, de irmão.
Bom...
A chuva foi rápida e dizem que vai esfriar.
É isso.



                                       Resultado de imagem para colhendo flores


                                   

domingo, 7 de junho de 2015

Em casa

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Feriado prolongado e em casa. Às vezes é até melhor que ficar oito horas na estrada para percorrer um percurso que normalmente se faz em pouco mais de uma hora.
Bom...
Mas tem hora que cansa e fica chato ficar em casa: a programação da TV é muito chata, na maioria das vezes; ouvir música nem sempre é possível, os vizinhos tiveram a mesma ideia antes e tocam suas tranqueiras de mal gosto.
Ler, escrever, cozinhar e cuidar das plantas são outras opções de lazer e ajudam a passar o tempo.
Mas eu estava exausta ontem; passei a madrugada inteira acordada ao som de bombas, explosões, gente rindo e falando alto, carros e motos barulhentos passando pela rua. O que fizeram com a Educação e o Respeito?!
Ainda tentei dar uma cochilada durante o dia, mas não foi possível: barulho.
Eu quero uma casa no campo, numa ilha, em algum lugar silencioso!
Assisti a alguns filmes e estou curiosa para assistir um que fala sobre depressão. O tema é forte e eu preferi assistir a filmes mais leves, bobos até.
Já ando numa fase tão difícil, melhor não. Agora não.
Assisti a filmes que parodiam outros filmes, mas infelizmente, o humor atual tem se resumido a sexo, piadas sobre sexo, corpos femininos seminus e outras baixarias.
Assisti ao simples e belíssimo Tomboy; uma menina de dez anos que se comporta e se veste como menino.
Ontem teve bingo na casa da minha irmã e minhas sobrinhas me ensinaram como baixar música de graça e como definir o toque do celular; me senti um ser das cavernas.
Levantei tarde, fiz café e comi bolacha recheada sabor açaí; tinha gosto de chiclete.
Vou cozinhar mandioca e fazer suco de maçã.
É isso.


                                      Resultado de imagem para suco de maça

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Melão

                             


Estava na sala dos professores e o funcionário da cantina traz café, chá e o lanche do dia. O lanche varia de frutas a bolachas, entre outros.
A fruta do dia foi melão e eu gosto bastante. Peguei duas fatias, o melão estava docinho e delicioso.
Os professores se serviram de uma ou duas fatias da fruta, exceto uma professora ranzinza, gulosa, grosseira e que se parece com a Bruxa do 71 do  Chaves.
Ela comia as fatias do melão como se nunca tivesse comido aquela fruta antes ou como se não comesse nada há uns três dias, pelo menos.
Como diz um conhecido meu: "Que falta de classe!"
Enquanto devorava a fruta, dizia que aquilo seria sua janta e isso às três e meia da tarde.
Engolia e falava: "Estou de regime. Eu não vou jantar, isso aqui é minha janta. Melão é bom pra emagrecer, já emagreci dez quilos. Melão é bom pra pressão alta, eu tenho pressão alta. Vocês são ruins de boca, então vou comer tudo. Tem muito melão...blá, blá, blá..."
Pensei comigo: "Eita mulherzinha mundiçada, acanalhada; (gulosa, mal educada, porca)!"
Como dizia mamãe, essa professora deve ser do tipo de pessoa que come tudo o que estiver pela frente só para economizar e não gastar o que tem em casa. 
Eita mundiça!



                                       



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Tia Dolores

Macaxeira com carne de sol, feijão de corda e coentro
                                               

Tia Dolores é irmã de mamãe e de tia Antônia.
Tia Dolores é animada, engraçada, brincalhona, comilona e está sempre alegre, ao contrário de tia Antônia que é mais quietona e reclamona.
Tia Dolores não gosta de comer de manhã, e eu sou assim também, mas quando a fome bate, lá pelas dez da manhã, ela devora tudo o que estiver pela frente.
Ela foi à casa da tia Antônia e esta ofereceu-lhe uma besteirinha. É assim como chamamos um pequeno lanchinho, de besteirinha.
Tia Dolores tinha acabado de comer e fora visitar a irmã; agradeceu a oferta e disse que já estava com o bucho cheio: "Quero não, minha irmã. Munto obrigada, acabei de comer nesse instante"
Tia Antônia insistiu e tia Dolores disse: "Já que tu insiste, vou pegar logo é dois pão, oxe!". Ela me contou e eu ri muito.
Outro dia liguei para a tia Dolores e ela disse que estava nauseada, perguntei o que  aconteceu e ela disse: "A gente vai ficando véio e não pode mais comer o que quer, não é minha filha? Neide me deu umas broncas e agora eu só como coisa light".
Neide é minha prima, filha de tia Dolores.
Perguntei-lhe que comida light era essa que ela comia e a resposta foi: "Cuscuz com leite, banana cozida, carne guizada, macaxeira, jerimum, batata doce, feijão de corda com charque..."
Se isso é light imagino o que não é!
Fubá contou que quando foi visitar as tias levou tia Dolores ao supermercado e enquanto faziam as compras ela pegava os produtos/alimentos e dizia: "Olhe, meu filho, essa bolacha aqui é muito boa, visse? Nunca comi não, mas é muito boa".
Fubá riu e achou engraçado a tia dizer que a bolacha era boa se ela nunca tinha comido.
E claro que ele comprou a bolacha e outras guloseimas para nossa tinha nem tão light assim.
Em uma de nossas conversas por telefone a tia me convida para ir visitá-la e eu disse que tenho muita vontade de voltar ao meu Pernambuco querido, mas tenho receio de minha aparência acromegálica causar os espantos e comentários que causa aqui. Ela disse: "Oxe, deixe disso, minha filha! Esses f.d.p pagam suas contas? Venha e se alguém lhe disser algo, mande tudinho para a p.q.p!"
Adorei o conselho.
É isso.


Bolo de rolo
                                  

sábado, 26 de novembro de 2011

Português & Espanhol

                                        


Papai trabalhava vendendo doces, salgados e café numa barraquinha instalada na calçada de um posto de saúde.
Papai levantava muito cedo, preparava o café e saia com sua sacola pesada para tomar o ônibus.
Algumas vezes papai reclamava do motorista do ônibus que não parava ao sinal de papai, mas parava fora do ponto para ser gentil com as moçoilas de cofrinhos à mostra.
Papai era ignorante, semianalfabeto, teimoso, manhoso, tinhoso, mas muito trabalhador. Até demais. Pena que alguns dos filhos dele não puxou a essa tão nobre característica.
Papai estava se cansando; anos e anos de trabalho duro e o que deveria ser apenas uma atividade para passar o tempo acabou se transformando em trabalho sério para o sustento da casa e de pessoas sem noção.
Papai sabia assinar o nome e escrever algumas palavras muito rusticamente, aliás, foi mamãe que ensinou-lhe as primeiras letras. Papai também falava rápido demais e às vezes até nós mesmos tínhamos dificuldade para entender o que ele dizia. Uma colega de minha irmã Rosi perguntou a ela como entendíamos o que nosso pai dizia e ouviu a resposta:
"É que nós já nascemos com a tecla SAP".
Papai está em sua barraquinha arrumando suas coisas quando uma boliviana se aproxima. Há um número muito grande de hermanos bolivianos em São Paulo.
A boliviana pergunta a papai se tem pastel. Para nós pastel é aquela massa recheada e frita que comemos na feira com caldo de cana. Delícia.
Papai não entende e olha para mim pedindo ajuda. Eu finjo que não entendi também.
A moça continua a pedir pastel e a gesticular, numa tentativa de se fazer entendida e conseguir o que tanto deseja: bolo. É, pastel em espanhol é bolo.
Papai fica nervoso e coloca em cima do balcão vários tipos de bolacha enquanto fala para a moça de língua hispana: "Ói, tem essas bulacha aqui ó. Tem réchiada, doce, saigada e cremi cráqui". 
Mas a boliviana balança negativamente a cabeça e dizia: "No senõr, aquele pastel, así redondo".
Ahhhhhh bom! Agora sim. Ela queria bolo.
"Pai, ela quer bolo".
"Oxe, e pruquê ela num falô antes?"


                                      

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cream Cracker/ Cremi Cráqui

Ou bolacha de água e sal. Nunca soube a diferença.
Mas não dizíamos "cream cracker"; é muito complicado enrolar a língua para pronunciar a palavra, então a adaptamos para a pronúncia do português brasileiro e ficou "cremi cráqui!.
Mãevelha preparava um forte e cheiroso café, punha a mesa e chamava meu avô:
"João, chega meu velho. O café tá mesa e tem as bolachas cremi cráqui que tu tanto gosta".
Paipreto sentava-se à mesa, despejava o forte e cheiroso café no xicrão e comia as bolachas "cremi cráqui".
Paipreto me chamava: "Chega aqui minha filha, vem comer uma bolacha com teu avô".
Mãevelha protestava: "A menina tá brincando no terreiro, João. Se tu chama, ela não vai te deixar comer sossegado. Tu sabe que ela não come, só faz arte. E tu parece que gosta de ver essa danada fazer arte, não é, João?".
Paipreto me chamava outra vez. Eu entrava correndo em casa e ia direto para os braços do meu avô. Sentava-me em seu colo e já tinha uma xícara de café e um prato com bolacha "cremi cráqui" para mim.
Mas eu queria  a bolacha e o café do xicrão de Paipreto.
Mãevelha mais uma vez protestava: "Eu não te disse João, que essa moleca só quer fazer arte e não vai deixar tu comer sossegado? Mas eita homi ateimoso, meu Padim Ciço do Juazeiro!".
Paipreto não dava atenção aos protestos de Mãevelha e me deixava beber seu café e comer suas bolachas.
Eu molhava as bolachas no café e comia. Paipreto depois tomava aquele café com pedaços de bolacha flutuando.
Não havia nem café nem cremi craqui mais gostosos como os de Paipreto.