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terça-feira, 31 de março de 2015

Tão perto e tão longe

                                 Resultado de imagem para tão perto e tão distante de mim


Fui à escola para buscar a papelada do agendamento da perícia e para fazer o recadastramento anual. 
Tentei fazer em casa, como faço sempre, mas meu computador não abria a página; o jeito foi fazer na escola. Deu certo.
Foi bom rever algumas pessoas, foi bom estar no lugar pelo qual estudei e batalhei tanto para ficar, mas que não pude ficar muito tempo.
A velha maldição de Tântalo: o próximo distante, o que está tão perto mas ao mesmo tempo tão longe, o que está ao alcance das mãos, mas tão distante quando tentamos nos aproximar.
Tudo o que eu gosto tem um prazo muito curto de validade. Tudo é tirado de mim, afastado e isso dói.
Que raios de doenças mais bestas! 
Pedi para chamar a moça da limpeza, que é uma simpatia. Ela veio e me deu um abraço bem forte. Adoro abraços fortes, fazem tão bem.
Voltei para casa e observei o dia, o movimento da rua, as pessoas. Uma tarde tão bonita.
Sinto falta das longas caminhadas que eu fazia todo fim de tarde. O sol abaixava um pouquinho e lá ia eu andar pelo bairro.
Estou meio triste, revoltada, com certa raiva e outros sentimentos.
Tudo vai ficar bem. Tenho fé.
É isso.



                                     Resultado de imagem para tão perto e tão distante de mim

                                 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Maritacas

                                 



Fim de tarde e o som da passarada a ecoar pelas poucas árvores que ainda restam nas ruas do bairro.
Poeira e terra acumuladas nas guias das calçadas e os pardais a ciscar e a brincar. São tão bonitinhos.
Pardais a brincar na correnteza da água que ficou da chuva ou de algum quintal que foi lavado.
Maritacas no paredão do prédio vizinho. Verdinhas, barulhentas, bonitinhas.
Meus gatos ficam doidos, sobem no muro, descem, miam, me chamam, olham para mim, olham para as maritacas como quem diz: "Pega pra mim"
Alice ficou brava comigo; queria porque queria que eu pegasse uma das maritacas para ela.
Não tem como pegar, Alice. Nem que tivesse! Desculpe.
Alice fica brava e me olha como quem diz: "Vá se lascar".
Assovio e as maritacas respondem e assim ficamos nessa comunicação sonora por alguns momentos. Os gatos me olham como se eu fosse maluca. Talvez.
Não estou bem fisicamente e isso afeta o emocional também.
A Natureza me acalma.
Meus gatos, os pardais, as plantas, as maritacas...
É isso.


                                  


                                     

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bolinhos

                                               

Meio da tarde e dá aquela fominha, aquela vontade de comer uma coisinha, uma besteirinha, como diz meu irmão Rogério.
Eu sempre gostei de assistir a programas de culinária e tentava fazer as receitas; algumas delas, as mais simples.
Não tinha muita coisa disponível na despensa e eu improvisava com o que tinha: farinha de trigo, ovos, açúcar, sal, leite e fermento.
Eu fazia uma massa mais doce e depois polvilhava com açúcar os bolinhos fritos e fazia outra massa salgada para os bolinhos salgados de Mãevelha. Ela comia dos dois, mas dizia preferir os salgados.
Para acompanhar os bolinhos eu preparava chá Matte Leão e o fazia bem docinho.
O lanche da tarde estava pronto: chá com bolinhos doces e salgados.
Li em algum lugar que a felicidade está nas pequenas coisas; a felicidade é encontrada pelo caminho e não no fim deste.
Era bom ver meus irmãos, Mãevelha e até a bicharada se deliciando com meus bolinhos.
É isso.


                                           
                       
                                                  


                                          



domingo, 27 de maio de 2012

Fim de Tarde

Fim de tarde do meu portão
                                              


Adoro fins de tarde.
Paro para observar a claridade dourada, a luz, a sombra, o comportamento dos pássaros e da Natureza.
Tem gente que não liga para isso, acha que é bobagem; gente que apenas vive a vida prática, fria, insensível às vezes.
Fui tomar minha dose mensal de Sandostatin LAr e claro, teve alguma burrocracia até eu conseguir tomar a bendita injeção.
Volto para casa. Era um belo fim de tarde.
Observo o movimento das folhas das árvores sob o sabor dos ventos, o azul do céu, o dourado da tarde que se despede aos poucos para dar lugar à noite. É o crepúsculo.
Tudo e todos dormem. Tudo e todos precisam descansar. Tudo e todos amanhecem até o dia que cumpram seus ciclos e não amanheçam mais por aqui, mas em outro lugar.
A passarinhada corre para as árvores, é hora de dormir, de se aconchegar em um cantinho e descansar; amanhã mais uma batalha pela vida.
Observo esse movimento, essa mudança diária. Observo a Natureza, a vida, o ciclo.
Às vezes acho que não sou muito normal.
Mas normal é ser frio, prático demais, insensível? 
A vida não é apenas trabalho, obrigações, convenções, muitas vezes fingir aquilo que não é apenas para ser aceito em um grupo, por exemplo. 
Não, isso não é para mim.
Gosto dessa minha relação com as coisas da Natureza.
A vida moderna é tão rápida e tão corrida que são taxados de loucos aqueles que desaceleram um pouco para apreciar a dádiva da vida.
Agradeço por poder ver, ouvir, sentir e viver.
Sou normal.
É isso.