quinta-feira, 16 de maio de 2013

Caráter

                                 


A educação vem primeiramente dos pais e depois da escola, a influência dos amigos, da Sociedade etc...
Os filhos seguem e repetem os exemplos que veem e vêm dos pais e agem conforme porque pensam que assim é certo, uma vez que os pais fizeram e fazem o mesmo. 
Explico.
Mentir, dissimular, culpar o outro, se esconder, fugir, jurar até o fim que não fez nada daquilo que está sendo acusado e ainda por cima culpar outra pessoa. E nessa história, qual seria o papel dos pais?
Educar, dar bons exemplos, explicar o que é certo e errado, ensinar a respeitar o outro e seu espaço.
Digo tudo isso porque tenho vizinhos que acobertam as artes do filho de dez anos. O moleque mente, põe a culpa nos outros, nunca assume o que faz, é dissimulado, cínico, cara de pau e o pior de tudo, o pai passa a mão cabeça do infame e acredita em tudo o que ele diz! Parece que os adultos que reclamam das artes do moleque é que são os culpados e não o dito cujo. Ridículo, para dizer o mínimo.
Esse é o mesmo menino que fica sozinho na rua, uma rua escura, deserta e perigosa. À uma da madrugada ele anda de skate e que se dane que quiser dormir e tem que levantar cedo no dia seguinte para trabalhar.
Esse é o mesmo menino que atrai uma multidão de outros moleques dos recantos mais perigosos do bairro e fecham a rua com cones para jogar futebol.
Esse é o mesmo menino que grita, que fala palavrões, que diz que sabe beijar mais gostoso que os moleques maiores.
Esse é o mesmo moleque que arranca as plantas da calçada, quando eu as plantava, que joga lixo nas garagens dos vizinhos, que joga chiclete mascado nas garagens, que joga pedra e atinge carros e janelas e que quando reclamamos, ele se esconde e o pai diz que não foi o filhinho inocente de jeito nenhum!
Como dizia mamãe: "Aí o moleque cria asa!".
Esse menino não tem limites e o pai é um boca aberta que acredita em tudo o que filho fala. O moleque desmente os vizinhos na maior cara de pau e o pai o apóia, claro.
Estava agora a pouco assistindo ao Jornal Nacional quando escuto um barulho forte, abro a porta da sala que fica bem defronte à casa do moleque desgraçado e ele ao me ver, se abaixa e se esconde atrás do carro do pai bunda mole. Outros vizinhos também saíram para ver o que tinha acontecido e todos tinham histórias semelhantes para contar.
Ninguém tem sossego nessa rua por causa desse moleque dos infernos! O moleque fica acordado até de madrugada, falando alto, assistindo TV em altíssimo volume e isso quando não bate bola sozinho na rua ou anda de skate. 
Se ele tivesse pais "normais", certamente teria uma boa educação e saberia que a madrugada é feita para dormir, principalmente para crianças da idade dele!
Saberia que se jogar pedra nas garagens, obviamente vai atingir e estragar algum carro e isso acarretará em custo financeiro que certamente sobrará para seus pais pagarem aos donos do carro.
Esse moleque brinca na rua sob o sol quente, sob chuva; faça calor, faça frio e esse #@$%! não pega uma gripe que o deixasse de cama por pelo menos uma semana! Seria uma semana de paz abençoada. Amém.
Mas o pai toma as dores do filho e o moleque cresce livre, leve e solto e com total liberdade para fazer o que quiser e bem entender porque sabe que o pai permissivo até demais o protegerá e apoiará contra as injustas reclamações dos vizinhos malvados.
Fico pensando e me perguntando que tipo de adulto esse moleque será? Que caráter esse moleque terá?
Será bem do tipo que sai por aí em alta velocidade, atropela inocentes e ainda arranca-lhe braços ou pernas. O pai vai à delegacia, paga a fiança e volta para casa com o filhinho mau caráter.
Pelo que podemos claramente ver por meio dos jornais e da mídia em geral, só cresce o número de filhinhos de papai que aprontam suas artes e burradas e saem quase sempre impunes. 
É isso o futuro do Brasil?
Lamentável.


                                 

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