quinta-feira, 2 de maio de 2013

Gripe

                               


Peguei uma gripe braba, na verdade, foi a gripe que me pegou.
Me pegou e me derrubou bonitinho; fiquei péssima, com dores nas juntas, nos ossos, na cabeça e em todo meu corpinho acromegálico.
Minha cabeça latejava, marteladas arrebentavam minha nuca, doía demais, minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
O bebê dos vizinhos também teve uma noite difícil, nem ele nem eu dormimos direito; dormíamos à prestação e acordávamos com dor.
Eu andava pela casa, conversava com Deus, o Povo lá de Cima e meus gatos.
Pensava se seria melhor ligar para um dos irmãos, ou chamar a Polícia (190) ou o SAMU (192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Mas àquela hora da madrugada?! Pensei em chamar um táxi, mas não teria ninguém no ponto às três horas da manhã. Pensei em ir sozinha, mas não tinha condições de dirigir com a cabeça latejante e isso sem contar com o perigo de uma rua escura.
Tomei um remédio forte que o médico disse para tomar apenas em "ocasiões especiais", quando a dor estive lascando mesmo, sabe?
E estava, meu Deus, como estava.
Tomei o remédio e adormeci, acordei com o choro desesperado do bebê dos vizinhos insensíveis, ignorantes, xucros, intolerantes... Vai longe.
O bebê voltou da creche às seis da tarde e desde então chorava e chora o tempo todo. Dorme um pouco e acorda chorando. Os pais e o tio gazela gritam com o menino e o mandam calar a boca, ficar quietinho, deixar de dengo e outros absurdos.
Pelo amor de Deus! Qualquer pessoa, por mais ignorante que seja, sabe muito bem que se um bebê chora demais é porque algo está errado. Ou essa criança tem dor, ou está com fome ou qualquer outra coisa que atrapalhe ou mude a maneira natural dela agir.
Um bebê não pode falar e expressar o que está sentindo, cabe aos pais verificar e se tiver dúvidas, levar ao médico o mais rápido possível. É o mínimo que podem e devem fazer!
Mas não. Gritavam com o menino, xingavam o coitado e a mãe, essa @#$%! insensível e desnaturada, gritava com o coitado e usava palavrões.
O bebê atrapalhava seus afazeres domésticos, que para ela, são mais importantes que a saúde e o bem estar do filho.
O bebê desce da cama e chora, chora, chora até que finalmente ela vai até ele. Ela grita e diz que está lavando roupa e que ele fique quieto!
Se ela desse atenção, mamadeira e pusesse o menino para dormir, talvez ele não chorasse tanto.
Mas quando o pai chega é outra história; essa desnaturada finge amor e carinho ao menino e faz brincadeiras tolas com ele. Fala alto demais, faz voz infantil esganiçada alta demais, tudo demais.
O bebê agora dorme e tomara Deus que ele fique bom. Tomara que ele e eu tenhamos uma boa e tranquila noite de sono. Amém.
Como sempre falo, tem gente que deveria nascer capada. Gente ignorante, impaciente, fria, sem emoção e sem amor não deveria ter filhos.
Desconfio de gente que não gosta de plantas, ou animais ou os dois.
Desconfio de gente prática demais, objetiva demais, "seca" demais.
Começo a melhorar da gripe, graças a Deus, e me deu uma vontade de comer bolo com chá.
Acho que vou fazer.
Preciso ficar boa, tenho minha casa com meus oito gatos para cuidar.
É isso.





                                   

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