quarta-feira, 8 de maio de 2013

Funk

                                 


Alguém comentou na escola sobre um tal de "Bonde das Maravilhas" que canta e dança a maravilhosa "Quadradinho de Oito".
Educadamente, perguntei ao meu interlocutor: "Que @#$%! é essa?!"
É um movimento cultural, é Funk.
Cultural?! Funk?!
Perdoem-me, mas serei radical e implicante mais uma vez.
Primeiro, qualquer um com qualquer voz canta qualquer coisa, inclusive Funk.
Segundo, moças e mulheres rebolando de bunda pra cima como se fossem uma cadela no cio se oferecendo para os machos.
Desculpem os termos, mas é exatamente isso o que esse tal de Funk representa pra mim com suas músicas e danças vulgares.
Aliás, a vulgaridade travestida de sensualidade está por toda parte e alastra-se pela música, seja ela sertanojo universitário, tecno-brega, pagode etc...
Meus vizinhos barulhentos ouvem uma música cujo refrão é assim: "Mamãe, eu sou puteiro... só como as novas, as velhas não..." Ouvem isso e coisas piores e em uma casa com um bebê de um ano. Por enquanto o menino não entende nada, mas quando começar a entender...
O outro vizinho ouvia uma música dessas inúmeras duplas sertanejas, eu nunca sei quem é quem, e o refrão dizia algo como: "... tapinha na bundinha..."
Estamos nos transformando em um país de babacas mal educados que só consomem lixo produzido para um público habituado a consumir esse lixo descartável.
Outra coisa, cada um que ouça sua música no volume que bem entender e sem se preocupar se está ou não incomodando os outros.
O que está acontecendo conosco? O que estão fazendo com nossa música e nossa cultura?
Nós temos uma cultura tão rica e tão bonita, mas a estamos destruindo com essas novas músicas e danças.
Temos a Capoeira na Bahia, o Frevo e o Maracatu em Pernambuco, a viola caipira no interior de São Paulo, a viola de Mato Grosso, as modinhas de viola de Minas Gerais, o acordeão do gaúcho Renato Borghetti, o Borghettinho.
Aprendi a apreciar a boa música brasileira ouvindo os programas de rádio e o programa Som Brasil com Rolando Boldrin, que hoje apresenta o Sr. Brasil na TV Cultura.
Nenhum dos artistas mencionados precisou rebolar e/ou cantar Funk, graças a Deus, apenas fizeram o que sabem, pois têm talento para isso!
Bons tempos aqueles.
E uma coisa que me intriga nesse tal de "quadradinho de oito": um quadrado tem quatro lados iguais, como pode ser de oito?!
É isso.

O que eu falei sobre animais no cio?



                                      

Um comentário:

  1. Ah, o frevo... Ah, o samba... Ah, a música gaúcha... Amo tanto isso! Fico irritada e até sou mal educada quando as pessoas vem com isso de funk ser cultura e blablabla. NÃO é cultura! De jeito nenhum! Não precisa de voz, só é preciso uma bunda rebolante!
    Não vou dizer que amo MPB, mas gosto tanto de Djavan, de Martinho da Vila, de Jair Rodrigues, de Clara Nunes, de Elis Regina, de Demônios da Garoa, de Adoniran Barbosa... Agora, vai perguntar pra essas 'lindas' do quadradinho de oito (?) se elas sabem alguma coisa sobre eles!
    Brasileiro não tem cultura, é simplesmente isso. Brasileiro enaltece o lixo e joga o luxo no chão! Não vou dizer que sou o exemplo de gente que gosta de música brasileira, mas tenho orgulho dos queu gosto!
    Beijos!

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