sexta-feira, 15 de novembro de 2013

15 de Novembro

                                



Sexta-feira, 15 de novembro, feriado. 
Aniversário de mamãe. Nunca me esqueço.
É madrugada já e está tudo tranquilo, graças a Deus.
Apenas os cachorros latem, ônibus e carros passam e algumas pessoas indo ou vindo de/para algum lugar. Mas não há nenhuma festa de aniversário ou de qualquer coisa de algum vizinho. Louvado seja Deus Nosso Senhor Jesus Cristo. Amem.
Veremos amanhã.
Fui ao banco, paguei algumas contas, passei na casa da minha irmã Rosi e tomei café da tarde. Voltei e passei no pet shop do bairro; comprei ração para gatinhos e ração molhada. 
Deveria ter ido ao mercado, mas estava sem ânimo e meio cansada. Deixei para ir depois.
Paro o carro e desço para abrir o portão, escuto o miado estridente, carente e desesperado de Cássio. O chamo, ele vem e o cubro de carinhos e muitos beijos. 
Cássio apresenta comportamento estranho, arredio e desconfiado. Não sei o que aconteceu enquanto fiquei alguns dias no hospital, mas esse breve período de ausência afetou o comportamento do meu gato.
Mas Cássio está bem. Está sujinho, mas está bem.
Hoje os gatinhos da Boreal completam um mês e experimentaram alimento sólido pela primeira vez. Coloquei ração molhada para eles e Clara Blue foi a primeira a atacar; foi tão bonitinha, ficou tão brava, queria a ração só para ela e fazia aquele som de ataque e defesa para os outros irmãos.
Pétala veio desconfiada, cheirou e depois comeu.
Aldebarã foi mais lento e demorou mais para identificar o cheiro do alimento e comê-lo.
Observei que todos os três filhotinhos têm um defeito congênito na cauda. Todos têm o rabinho torto, em maior ou menor grau. Clara Blue tem as patas de coelho, igual ao Léo Caramelo.
Estão todos grandinhos, espertinhos, muito fofos e lindos.
Foi bom eu ter saído por algumas horas. Mesmo tendo saído para pagar contas e cumprir obrigações. O fato de sair ajudou a quebrar a rotina de solidão e melancolia.
Um vez uma moça novinha e muito linda disse que quando estivermos nos sentindo muito sós e com a alma doendo o melhor a fazer é sair. Mesmo que seja uma simples volta no quarteirão, mas isso já ajuda a quebrar a rotina pesada da solidão e da melancolia.
Estou ensaiando para falar/escrever mais sobre a melancolia e a depressão, mas não é fácil. É como assumir um vício, um erro, uma falha.
Mas somos humanos e não somos máquinas. Não podemos escolher como vamos nos sentir naquele dia, naquele momento. Não temos botões com opções de emoções: "Agora vou apertar a opção 'alegre', 'triste', 'animado'...etc".
Parece que a Sociedade nos obriga a sermos e estarmos sempre alegres, animados, com mil planos na cabeça e com muita energia para fazer de tudo um pouco.
Não é assim na vida real.
Não sei de onde vem essa melancolia, esse desconforto, esse sentir-se só no meio da multidão. Não sei se é algo cerebral, químico, físico, espiritual ou um pouco de tudo.
Sempre fui assim.
Fui sempre assim.
É isso.


                                   



                                              



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