terça-feira, 25 de março de 2014

Se...

                                     

Rebeldia, falta de educação, desrespeito, desinteresse, deboche, desafio...
São alguns termos e palavras que definem a Educação atual. Definem também alunos e até professores.
Já falei aqui sobre a falta excessiva de professores, têm dias que faltam dez professores de uma vez, e a escola fica um caos. Poucos funcionários para botar alguma ordem nos corredores lotados de alunos que correm, pulam, gritam, se provocam...
Salas dispensadas mais cedo. Três aulas consecutivas sem professores e os alunos sem ter o que fazer. 
Escola não oferece opções de atividades para alunos em aula vaga. Têm sim aulas de dança do ventre, violão, sabonete e outras na parte da manhã, mas o local onde são ministradas não oferece conforto e praticidade; são, na maioria, ministradas no pátio e com excesso de barulho, vai e vem de alunos, professores e funcionários.
A escola fica em um terreno grande, um quarteirão, mas o espaço é pessimamente aproveitado. Um grande terreno baldio, vazio e abandonado fica logo atrás da quadra e está tomado por mato e ratos. Mencionei o fato diversas vezes a várias pessoas e todos apenas lamentam e falam a língua do "SE": "Seria bom se nesse terreno fosse construída uma biblioteca, sala de informática, salão de jogos... Seria bom se o estacionamento fosse ampliado, se mais salas de aula fossem construídas..."
Se, se, se.
Soube que a própria comunidade se interessou pelo fato e ofereceu a compra do material de construção e a mão de obra, mas a oferta foi recusada porque seria ilegal e não estaria de acordo com os trâmites burocráticos governamentais. Seria preciso a visita e inspeção de um engenheiro civil, análises, cálculos, riscos, licitações, documentações, assinaturas, carimbos e tudo o que envolve a má vontade, a burocracia e a complicação para se conseguir algo.
Perguntei por que não enviam as sugestões para os órgãos competentes e assim ficaríamos sabendo, ou não, a posição deles, o que acham do projeto, por exemplo.
O terrenão está lá, cheio de mato que só cresce com as chuvas.
Quanto à possibilidade de ampliar o estacionamento, fui informada que isso não seria viável porque ficaria meio distante da entrada e atrairia a atenção de pessoas indevidas.
As aulas iniciaram em janeiro e até hoje o relógio do sinal está quebrado e temos que dá-lo manualmente, ou dedalmente, o que é mais correto.
Falei, questionei, pedi para que um novo relógio fosse comprado e sempre ouço o mesmo: "Tem que aguardar, já encomendamos, mas ainda não chegou"
Encomendaram de quem? De algum país distante?! Será que não encontraria esse bendito relógio em alguma loja de eletrônicos na Santa Ifigênia?!
Para tudo tem uma resposta pronta cheia de má vontade, preguiça, comodismo e até maldade, algumas vezes.
Às vezes sinto-me com um exército de um homem só.
É dar murro em ponta de faca, como dizia mamãe.
É isso.



                                   


                                     


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